Segundo a OMS, em todo o planeta, o afogamento é uma questão de Saúde Pública por ser uma das principais causas de morte entre crianças e jovens de 1 a 24 anos de idade, com risco maior para os pequeninos menores de cinco anos. Ao todo, cerca de 236 mil pessoas morrem afogadas anualmente
No último dia 19, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) 192 de Aparecida de Goiânia recebeu o chamado de uma avó que relatava que a netinha de 3 anos de idade tinha se afogado na piscina. Prontamente, a senhora foi orientada por telefone sobre os primeiros socorros para recuperação dos sinais vitais, um socorrista de motolância partiu para o local e logo uma equipe com ambulância chegou para finalizar o atendimento e levar a criança para um hospital, que agora está internada se recuperando.
Esse e tantos outros fatos semelhantes comprovam a importância de prevenir afogamentos, como proceder nessas situações e a necessidade de chamar o socorro médico o quanto antes, assunto que recebe destaque internacional nesta semana do 25 de julho, Dia Mundial de Prevenção aos Afogamentos.
A esse respeito, o médico intervencionista do SAMU de Aparecida de Goiânia, Gabriel Andrade, um dos responsáveis pelo salvamento da menininha de 3 anos no último dia 19, lembra que, em todo o País, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o afogamento é a segunda maior causa de mortalidade em pessoas de 5 a 14 anos de idade e a terceira maior causa de morte externa.
O profissional destaca que nos primeiros seis meses de 2022 o SAMU de Aparecida de Goiânia atendeu a 5 ocorrências de afogamento, número que já foi maior em outras épocas, mas que ainda é significativo e pode se agravar no período de férias, quando mais pessoas frequentam piscinas, lagos, rios e oceanos. “É muito importante que escolas e outras instituições ensinem esses primeiros socorros, orientando as pessoas para essas situações que podem acontecer principalmente com nossas crianças. São medidas simples que podem salvar vidas num momento decisivo e até o socorro especializado chegar. Contudo, o melhor mesmo é prevenir, redobrar os cuidados e a atenção”, reforça Gabriel Andrade.
Gabriel Andrade recorda, emocionado, o apelo da avó da menininha de 3 anos: “Recebemos o chamado por volta de umas duas horas da tarde, era a avó desesperada. Ela contava que a criança havia se afogado na piscina da residência e estava desacordada. Aí procedemos com as orientações necessárias para que os sinais vitais voltassem. A avó disse que a criança estava roxa e com dificuldade de respirar. Então orientamos sobre compressões no tórax, informamos quantas seriam necessárias e falamos também sobre a respiração boca-a-boca, que é importante para restabelecer a parte ventilatória, da respiração”.
“Para nós, que temos filhos, é ainda mais duro porque isso pode acontecer também com nossas crianças, então foi uma ligação muito emocionante. Teve um momento que falei “faz a ventilação, sopra a boquinha dela”, e aí veio de repente, ao fundo, no final, um choro forte, e eu falei “olha, é isso que eu queria ouvir. Naquele momento já tínhamos mandado nossas equipes, a motolância e a ambulância estavam a caminho nessa ocorrência que, desde o início, mobilizou vários profissionais: o pessoal que recebeu o chamado, os telefonistas, depois a regulação médica e um médico da intervenção que chegou lá, deu o suporte final e encaminhou e menininha para o hospital”, conta o médico.
Gabriel Andrade enfatiza que “é muito importante que escolas e faculdades ensinem para as crianças e os adultos sobre os perigos e como proceder em casos de afogamento porque a gente nunca sabe quando vai enfrentar uma situação dessas. Medidas simples como uma reanimação cardiopulmonar (RCP) pode salvar vidas nos primeiros momentos. A compressão e a ventilação, que é a massagem torácica, ou o simples ato de soprar dentro da boca da criança, isso pode restabelecer uma vida. ”
O profissional ainda frisa que é essencial que que os pais ou responsáveis estejam junto sempre que uma criança está na água e fiquem atentos. “Além disso, a criança deve ter sido treinada, deve ter tido aulas de natação e precisa saber como se comportar seguindo as orientações dos salva vidas e dos bombeiros sem ultrapassar os limites. Se não sabe nadar, que não fique na borda da piscina nem entre no mar. E os adultos, se ingerirem bebidas alcoólicas, não devem ir para as partes fundas. São medidas simples que evitam tragédias. Sobretudo, repito: Tenham sempre atenção, nunca é demais, principalmente em relação às crianças. E se for acampar, se for no mar ou num rio, use o colete salva-vidas”, afirma Gabriel.
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