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Conquista é resultado da implementação de medidas simples, engajamento de colaboradores e monitoramento de indicadores
 Foto: Arquivo HMAP
Foto: Arquivo HMAP Hospitais estão entre os ambientes que mais consomem água, já que funcionam 24 horas por dia, recebem grande fluxo de pessoas e precisam atender a rigorosos padrões de limpeza, higienização e controle de infecção. Nesse contexto, e diante da crescente preocupação global com a preservação ambiental e o uso consciente dos recursos naturais para as futuras gerações, o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP), unidade da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), construída e mantida pela Prefeitura e gerida pelo Einstein desde 2022, prioriza iniciativas voltadas à economia de água.
Os resultados já são expressivos: entre 2023 e 2025, o hospital registrou uma redução de 20% no consumo mensal, passando de 2.862 para 2.270 metros cúbicos. Para dimensionar esse impacto, segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS), uma família de quatro pessoas consome, em média, 24 metros cúbicos de água por mês. Isso significa que a economia alcançada mensalmente pelo hospital equivale ao abastecimento mensal de cerca de 25 famílias, um avanço significativo que reforça o compromisso da unidade com a sustentabilidade e a eficiência na gestão hospitalar.
Ações simples, mas estratégicas, e o monitoramento constante de indicadores garantem o sucesso da gestão hídrica do hospital. Entre as principais iniciativas implementadas, destacam-se:

“Investir na economia de água não só fortalece a sustentabilidade ambiental e reduz nossa pegada hídrica, como também contribui diretamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, afirma Mariana Cavalcante, gerente de operações do HMAP. Ela ainda explica que essas iniciativas geram ganhos operacionais e financeiros para o hospital. “Assim, temos uma menor sobrecarga em bombas e reservatórios, redução de manutenções corretivas e diminuição de riscos de infiltrações e vazamentos. O que se economiza em água e manutenção pode ser investido na assistência ao paciente”.
Uma das áreas de maior consumo de água no hospital é a cozinha. Para reduzir desperdícios durante a higienização de utensílios, como pratos e talheres, é utilizada uma máquina automática que consome seis vezes menos água que a lavagem manual, garantindo limpeza eficiente, economia de recursos, tempo e esforço da equipe. Para panelas e utensílios mais pesados, outro equipamento realiza o desencrustamento de gordura com o auxílio de produtos químicos biodegradáveis, otimizando o processo sem impactar de forma negativa o meio ambiente e mantendo os padrões de higiene necessários.
O HMAP também investe em tecnologias de limpeza que contribuem para o uso racional da água. Entre elas estão os mops, que substituem baldes e reduzem significativamente o consumo durante a higienização dos ambientes, e as máquinas automáticas de lavagem de pisos, capazes de limpar grandes áreas utilizando uma quantidade muito menor de água em comparação aos métodos tradicionais.
Identificar as áreas que mais consomem água e pontos críticos permite direcionar ações estratégicas e envolver toda a equipe na preservação do recurso. Mas, além das melhorias estruturais, é essencial engajar os colaboradores. “Promovemos treinamentos de conscientização com o time de Gestão Ambiental, reforçando os impactos do desperdício de recursos naturais. Também realizamos anualmente a Semana do Meio Ambiente, voltada a sensibilizar colaboradores sobre os benefícios do uso racional da água e de outros insumos, estimulando práticas mais responsáveis no dia a dia, inclusive para além do ambiente de trabalho”, explica.
Checklist digital
Para tornar as inspeções mais ágeis e eficientes, o HMAP desenvolveu um aplicativo exclusivo para a gestão das manutenções ligadas ao consumo de água. A ferramenta tem dois objetivos principais: reduzir o tempo de resposta em reparos e garantir a melhoria contínua dos processos. “O sistema funciona por meio de rondas programadas, realizadas com base na planta do hospital e com uso de geolocalização”, explica a engenheira ambiental do HMAP, Alice Hirle.
Nessas inspeções, os colaboradores preenchem checklists digitais específicos para cada equipamento, como torneiras, bacias sanitárias, chuveiros e máquinas da cozinha, avaliando aspectos como vazamentos visíveis, adequação da vazão e presença de dispositivos de economia, como arejadores. As informações coletadas ficam registradas em tempo real e permitem tanto a correção imediata de falhas quanto o mapeamento do desempenho dos equipamentos ao longo do tempo. Dessa forma, o hospital consegue planejar substituições, avaliar a eficiência dos processos e adotar novas tecnologias com base em dados precisos.
Próximos passos
O HMAP conta, atualmente, com seis reservatórios de água, que juntos armazenam 108 mil litros, garantindo autonomia de 22 horas em caso de interrupção no fornecimento. A meta é ampliar essa capacidade para 36 horas, aumentando a segurança no abastecimento.
Para alcançar esse objetivo, estão previstos novos investimentos, como a escavação de um poço artesiano, a captação da água da chuva para reuso em atividades que não exigem água potável e a implantação de um sistema automatizado de irrigação nos jardins. Outras iniciativas incluem a automação do sistema de ar-condicionado, que reduz desperdícios indiretos de água e energia, a instalação de medidores setoriais e a adoção da telemetria, permitindo monitoramento em tempo real e correção imediata de desvios.
O diretor do hospital, Pedro Vieira, ressalta que o compromisso vai além das paredes da unidade. “Essas ações reforçam o compromisso do HMAP com a sustentabilidade e projetam um futuro de maior eficiência operacional, alinhando o hospital às melhores práticas de gestão ambiental. Reconhecemos que a degradação do meio ambiente tem impacto de forma direta e severo na saúde das pessoas, especialmente de populações em vulnerabilidade. Por isso, cada medida implementada para reduzir desperdícios e ampliar a eficiência no uso da água vai além da gestão hospitalar: é um compromisso com a saúde coletiva e com um futuro mais sustentável”, conclui.
O Einstein, responsável pela gestão da unidade, tem investido em ações que visam reduzir o consumo de água, com foco na revisão de processos internos, no desenvolvimento de projetos de eficiência hídrica e na adoção de metodologias de gestão que permitem acompanhar indicadores, identificar desvios e implementar medidas de prevenção e mitigação. Essas iniciativas refletem o compromisso da organização em equilibrar a expansão de suas atividades com a responsabilidade de reduzir impactos ambientais e contribuir para a preservação dos recursos naturais.