Prefeito concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (15), oportunidade em que também defendeu intermediação do Ministério Público para assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, é contra o reajuste da tarifa do transporte coletivo (que passaria de R$ 3,70 para R$ 4). O prefeito, que também preside a Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) – que tem 11 integrantes -, só vota em caso de empate. Ainda assim, em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (15), Gustavo afirmou que, como gestor público, “tem que se posicionar” e que “deve satisfações à sociedade”. “Saibam aqui do meu posicionamento em relação a este assunto. E se houver empate, voto contra”, disse ele aos jornalistas. “Silenciar-me é passar a mensagem de que concordo com algo que, definitivamente, não concordo”, enfatizou.
O prefeito de Aparecida estabeleceu uma única condição para rever seu voto: melhorias no sistema, a serem implantadas pelas empresas concessionárias, ainda que aquelas, segundo Gustavo, sejam a curto, médio e longo prazos. “Defendo um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) a ser assinado por todas as partes envolvidas, principalmente pelas empresas”, exemplificou. “Em anos anteriores, vimos, por exemplo, que foi formalizado uma espécie de ‘pacto’. Não funcionou. Muita coisa não saiu do papel. Um TAC confere mais ‘validade’ e ‘confiabilidade’ ao que está sendo discutido”, ponderou.
De acordo com o prefeito, ainda nesta segunda-feira o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (SET) receberia ofício, assinado por ele, com uma série de reivindicações elencadas após sucessivas reuniões dele, Gustavo, com a titular da 50ª Promotoria de Justiça, Leila Maria de Oliveira, e com demais integrantes da Câmara Deliberativa. “A participação do Ministério Público,mesmo que o órgão não tenha direito a voto na reunião que discutirá o reajuste, é imprescindível. Ainda mais para assinarmos o TAC, mencionado anteriormente”, explicou. “Não se trata de uma guerra da CDTC com as empresas de transporte coletivo. Se trata da defesa dos usuários”, acrescentou.
Data, local e horário
Na mesma entrevista coletiva, o prefeito anunciou dia, horário e local em que os membros da CDTC se reunirão para, entre vários assuntos, deliberar sobre o aumento da tarifa. A princípio, o encontro está agendado para quinta-feira próxima (dia 18), às 9 horas, no auditório do Fórum de Aparecida de Goiânia.
Ao divulgar estes dados – em anos anteriores, a reunião ocorria a portas fechadas e sem divulgação prévia à imprensa -, Gustavo diz que dá mais transparência ao debate. “Passa da hora de esta discussão [sobre as melhorias] ser ampliada, de sair do papel e se tornar realidade”, disse o prefeito.
Veja as principais reivindicações listadas pelo prefeito:
– Aumento no número de veículos (pelo menos 67, de acordo com estudos feitos em planilhas da própria CMTC) e do número de viagens (cerca de 470) em horários de pico (o aumento pretendido será coordenado de forma a permitir à CMTC aferir a logística utilizada pelas empresas).
– Presença dos organizadores de fila, com pelo menos dois profissionais por terminal a cada turno. E principalmente em horários de pico da manhã e da tarde (com melhor treinamento para estes organizadores).
– Pontualidade.
– Limpeza dos terminais.
– Maior participação da sociedade no acompanhamento da gestão do transporte coletivo por meio de um Conselho Comunitário Consultivo.
– Câmeras de monitoramento em toda frota.
– Climatização da frota: a partir de agora, os veículos adquiridos pelas empresas já chegariam às ruas equipados com ar-condicionado.
– Aumento da segurança, principalmente nos terminais e nos veículos do Eixo Anhanguera.
– Reforma dos terminais do Eixo Anhanguera.
Especificamente em Aparecida de Goiânia:
– Revisão da logística das linhas de ônibus na cidade (que melhore a ligação entre bairros e o atendimento em setores prioritários – polos e outros).
– Criação da subsidiária da RMTC em Aparecida de Goiânia.
Outros temas que deverão ser debatidos pela CDTC e pelos seus integrantes com impacto no sistema de transporte coletivo:
– Melhor estruturação da CMTC para fiscalização mais efetiva das empresas concessionárias.
– Discussão de reajustes vinculados a metas de melhoria no sistema. Criam-se metas de qualidade de atendimento e metas de melhorias do transporte de uma forma geral.
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