Palestra discute combate ao abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes em Aparecida

Por Rodrigo Augusto

16 de maio de 2018

Por Rodrigo Augusto

16 de maio de 2018


Foto: Jhonney Macena

A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) ministrou na tarde desta quarta-feira, 16, no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) do Setor Internacional Park a palestra ‘Algumas Marcas são Para Sempre’. O objetivo da iniciativa é discutir medidas de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Profissionais de diversos órgãos como Conselho Tutelar e Secretaria de Saúde participaram do evento informando pais, responsáveis e agentes públicos sobre a importância da discussão, prevenção e do tratamento para casos que envolvem a violação sexual de menores de idade.

A mobilização ocorre em alusão ao 18 de maio ‘Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes’. “Durante todo este mês iremos falar muito sobre esse tema com as famílias, pois esse tipo de violência provoca marcas terríveis na vida das pessoas e, sobretudo, no dia-a-dia das crianças e adolescentes. Precisamos prevenir, informar, denunciar e oferecer apoio para quem sofre algum tipo de agressão”, enfatizou a primeira-dama e secretaria de Assistência Social, Mayara Mendanha durante o evento.

O filme ‘Segredo, aprendendo a Lidar com o Abuso Sexual’ foi exibido e comentado durante o evento. A animação conta a história de dor e superação vivida pela pequena Nara que com ajuda, respeito e carinho conseguiu superar  o trauma causado após ter sido violentada por um amigo da família. “Nosso objetivo e conscientizar e sensibilizar toda população sobre o abuso sexual contra crianças e adolescentes, juntos podemos unir forças para enfrentarmos essa situação”, destacou durante a palestra a psicóloga da Secretaria da Saúde, Lígia Fonseca Bernardes.

Sintomas

Perceber os sinais apresentados por crianças e adolescentes que sofrem algum tipo de violação dos direitos sexuais é fundamental para identificar o agressor e tratar as sequelas provocadas pelo abuso. “Na maioria dos casos, a vítima busca o isolamento, apresenta mudanças de comportamento, evita pessoas e alguns locais, chora com frequência, se mostra triste, diminui o rendimento escolar e sofre também com insônia. Esses sintomas devem ser averiguados por profissionais da saúde ou membros de órgãos que compõem a rede de proteção como o Conselho Tutelar, Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e etc”, aponta a psicóloga Catyane Sousa.

Ainda de acordo com a profissional, a maioria dos abusos sexuais são praticados por pessoas que estão presentes no dia a dia da vítima. “Levantamentos apontam que a maior parte dos casos de violência contra crianças e adolescentes são praticados por familiares como tio, avós, pais, primos mais velhos e vizinhos. Precisamos proteger e ficar atentos a qualquer atitude suspeita”, aconselha.

Abuso x exploração sexual

A violência sexual pode ocorrer de duas formas distintas. Abuso sexual é qualquer forma de contato e interação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente, em que o adulto, que possui uma posição de autoridade ou poder, utiliza-se dessa condição para sua própria estimulação sexual, da criança ou adolescente ou ainda de terceiros, podendo ocorrer com ou sem contato físico.

Já a exploração se caracteriza pela utilização sexual de crianças e adolescentes com a intenção de lucro, seja financeiro ou de qualquer outra espécie. São quatro formas em que ocorre a exploração sexual: em redes de prostituição, pornografia, redes de tráfico e turismo sexual. De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos, em 2017, o Disque 100 – canal que registra denúncias contra diversos tipos de violência, registrou mais de 22,3 mil casos de abuso e/ou violação sexual contra crianças e adolescentes no Brasil.

Mapeamento realizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta que as rodovias brasileiras são locais com elevado número de ocorrências envolvendo exploração e abuso sexual de menores de idade. O estado com o maior número de pontos críticos é o Ceará, com 81 no total. Em seguida estão: Goiás (53), Pará (52), Minas Gerais (48) e Paraná (29). As rodovias com maior possibilidade de ocorrência de exploração sexual de crianças e adolescentes são: BR-116, BR-101, BR-153 e BR-364.

Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
No dia 18 de maio de 1973 uma menina de 8 anos, de Vitória (ES), foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada. Seu corpo apareceu seis dias depois, carbonizado e os seus agressores nunca foram punidos. Com a repercussão do caso, e forte mobilização do movimento em defesa dos direitos das crianças e adolescentes, 18 de maio foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Desde então, esse se tornou o dia para que a população brasileira se una e se manifeste contra esse tipo de violência.

Denúncia

Casos de abuso e exploração sexual de menores de idade podem ser denunciados pelo Disque 100, Conselho Tutelar, Centro de Referência em Assistência Social, unidades de saúde e delegacias de polícia.

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