Procedimentos foram iniciados hoje no Hospital, que é administrado pelo Albert Einstein. Neste primeiro dia de atividades já serão feitas 25 cirurgias eletivas
O segundo Mutirão de Cirurgias Eletivas da Secretaria de Saúde (SMS) de Aparecida começou na manhã desta segunda-feira, 31 de outubro. Nesta edição estão previstos 400 procedimentos de alta complexidade para serem feitos em 20 dias no Hospital Municipal de Aparecida Iris Rezende Machado (HMAP), que conta com dez salas cirúrgicas em pleno funcionamento e é gerenciado pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. A força-tarefa visa diminuir a fila espera da cidade. Serão realizadas cirurgias gerais, ginecológicas, urológicas, pediátricas e ortopédicas.
O secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães, destacou que “estamos na nossa segunda edição do mutirão e dessa vez dobramos o número de cirurgias eletivas realizadas. No início de outubro fizemos mais de duzentas e agora faremos quatrocentas em vinte dias ininterruptos. A proposta é que as pessoas que estão aguardando na fila, principalmente em decorrência da pandemia, quando muitos procedimentos ficaram parados, os realizem e não venham a precisar do serviço de urgência e emergência porque tiveram alguma piora devido à espera.”
Redução da fila de espera
Luciano de Moura, superintendente de Regulação, Avaliação e Controle da SMS, acompanhou os trabalhos no HMAP na manhã de hoje, 31, e destacou que o objetivo da gestão é ir reduzindo gradativamente a espera por cirurgias eletivas. “O prefeito Vilmar e o secretário Alessandro estão bastante alinhados e querem continuar com os mutirões. Não falamos em acabar com a fila porque há sempre pacientes novos entrando, mas trabalhamos para chegar num ponto em que, quando um paciente der entrada numa cirurgia eletiva, em torno de 90 dias ele terá o seu procedimento sendo realizado. ”
O coordenador médico do Departamento de Cirurgia do HMAP, Patrick Araújo, salientou a amplitude da iniciativa: “Com um planejamento intenso e cerca de 100 médicos envolvidos, além dos demais profissionais, teremos cirurgias sendo realizadas continuamente com uma média diária de vinte procedimentos, conforme a demanda das equipes. A proposta do HMAP é a de, a cada novo período, alcançar metas que atendam à demanda da população. Nesse sentido, temos resolvido boa parte dos problemas de forma rápida e efetiva. ”
Mobilização planejada
Já a enfermeira sênior Tainara Urcino de Oliveira, que faz parte das equipes envolvidas no mutirão, ressaltou que as atividades são cuidadosamente planejadas: “Trabalhamos numa dinâmica intensa de entrada e saída de pacientes. Temos cirurgias de segunda a sábado, às vezes até no domingo, e recebemos pacientes durante toda a noite e todo dia. A mobilização começa lá no ambulatório, onde os usuários são recebidos para a pré-análise, consultas e orientações. Quando chega a hora da internação eles são testados para covid-19. Os preparos continuam durante a noite e no dia seguinte o paciente vai para o centro cirúrgico.”
Tainara acrescentou que “é muito satisfatório participar dessa mobilização, a gente vê os relatos de pessoas que estão há tempos esperando por uma cirurgia que vai melhorar sua qualidade de vida. Então estamos garantindo que possam viver satisfeitos e melhor após a cirurgia. ”
Atendimento com excelência
Quem estava radiante na abertura dos trabalhos do mutirão era a pedagoga Mariluce Padilha, moradora do Jardim Luz que estava acompanhando a mãe, Maria Lúcia Tavares, 76 anos, que foi submetida a uma cirurgia de vesícula e aguardava há um mês e meio pelo procedimento. “Esse é um momento muito importante para minha mãe, que sente enjôos e dores no estômago. Para ela esse procedimento é essencial e sabemos que ela está em boas mãos aqui. Hoje sinto-me tranquila e com a esperança de que nós possamos curtir ainda muitos anos com ela. Ouvimos muito falar do SUS, que não funciona, mas aqui recebemos um atendimento essencial. Todos nos trataram com muita elegância desde o princípio, desde a consulta. O atendimento tem sido 100%, estamos muito felizes, bem atendidos e nos sentindo como se não estivéssemos num hospital ”, afirmou Mariluce.
Como funciona o mutirão
As cirurgias eletivas no HMAP são agendadas previamente pela Central de Regulação de Aparecida. É o órgão que organiza a fila de espera e entra em contato com os pacientes conforme ordem cronológica e prioridade clínica. A SMS esclarece que nenhum paciente precisa procurar diretamente o HMAP. A Central é que vai avisar quem está aguardando quando for a hora de fazer a avaliação pré-operatória e tudo o mais que for necessário.
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