Saúde de Aparecida realiza tradicional caminhada de apoio à Luta Antimanicomial

Por Polliana Martins

23 de maio de 2024

Por Polliana Martins

23 de maio de 2024


Foto: Polliana Martins (SMS)

A mobilização reuniu dezenas de pessoas para destacar a importância da assistência humanizada, digna e inclusiva para quem tem transtornos mentais

Para ressaltar o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, movimento iniciado no Brasil na década de 1970 e celebrado em 18 de maio, a Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) promoveu nesta quinta-feira, 23, às 9h, uma caminhada reunindo profissionais, usuários da rede municipal de Saúde Mental e seus familiares. Para garantir a segurança dos pedestres, toda a movimentação foi escoltada por agentes da Secretaria Executiva de Mobilidade e Trânsito (SMTA).   

Na caminhada, que já é tradicional na cidade e realizada pela Coordenação de Saúde Mental da SMS, dezenas de pessoas de todas as idades percorreram o trajeto entre o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Bem Me Quer, no Residencial Anhambi, até a Praça 1102, no Jardim Tiradentes. Ao longo do caminho, os participantes distribuíram panfletos educativos, repetiram palavras de ordem e levaram cartazes com frases motivacionais e em defesa de tratamentos humanizados e inclusivos. No final da caminhada, todos participaram de um lanche comunitário com quitandas e frutas frescas, além de participarem de ginástica coletiva e brincadeiras.

O secretário de Saúde Alessandro Magalhães enfatizou a relevância da caminhada: “Aparecida tem uma rede de Saúde Mental eficiente e em constante aperfeiçoamento. Ao mesmo tempo em que investimos no aprimoramento das estruturas, dos fluxos e da assistência, também estimulamos e apoiamos mobilizações em prol da vida humana e que aproximam nossas equipes e a população, algo que é fundamental. ”

Já a coordenadora de Saúde Mental de Aparecida, Eurides Santos Pinho, acrescentou que a mobilização expressou “alegria, liberdade, luta e resistência. Hoje fortalecemos nossa adesão à Luta Antimanicomial, baseada no modelo de atenção psicossocial que dá autonomia e protagonismo às pessoas e que rejeita toda e qualquer forma de exclusão e de encarceramento. ”

Acompanhada na caminhada pelos gestores de todas as unidades de Saúde Mental de Aparecida, Eurides ainda afirmou que a atenção à Saúde Mental, ao mesmo tempo em que deve seguir critérios científicos, precisa dar liberdade para as pessoas se expressarem e lembrou que “não podemos permitir que se repitam os maus tratos e as negligências que ocorriam no passado e ainda ocorrem atualmente em ambientes inadequados. ”

Cuidados adequados e cidadania

Eliane Rosa Guimarães participou da caminhada com o filho Danyllo, de 9 anos, que é usuário do CAPS Infantil há meses. Ela contou que o tratamento do menino o ajudou na escola e no convívio social. “Vejo a evolução dele. Conseguimos rápido o tratamento, foi bem acolhido no mesmo dia e tenho conseguido outros benefícios. No CAPS passei a conhecer meus direitos e dos meus filhos, explicaram muitas coisas para mim, então estou aqui também para saber mais porque tenho uma filha que tem depressão e faz acompanhamento em casa com medicamento. Ela já foi internada uma vez e vim conversar, perguntar, entender mais sobre isso. ”

Acompanhada pelo neto, por dois sobrinhos e pelo filho João, este atendido há anos na rede de Saúde Mental, Ivânia da Motta participou da caminhada com disposição: “Venho com orgulho e alegria porque o João mudou demais com os tratamentos, até o jeito dele ver a vida e respeitar as pessoas. Hoje ele sabe que tem um lugar no mundo, que as coisas podem melhorar e que não está sozinho.”

Luta Antimanicomial

No Brasil, 18 de maio é o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, data criada em 1987 para expandir o debate e mudar a concepção da loucura e da Saúde Mental. Com o lema “por uma sociedade sem manicômios” e com o propósito de lutar pela promoção da autonomia e cidadania dos pacientes, o movimento também atua para que não se repitam práticas do passado tais como eletrochoque, encarceramento e lobotomia.

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