Saúde em Aparecida é tema de pesquisas em congresso na Colômbia

Por Camila Godoy

22 de maio de 2018

Por Camila Godoy

22 de maio de 2018


Foto: Arquivo Pessoal

Estudos realizados por servidoras da Prefeitura estavam entre os três de Goiás selecionados para o evento

Duas pesquisas realizadas por servidoras da Prefeitura de Aparecida sobre temáticas envolvendo a saúde pública da cidade foram selecionadas para a 10ª Conferência Regional Científica de las Américas de Epidemiologia de Campo. Os estudos  integraram os três trabalhados de Goiás selecionados para o evento, que ocorreu na última semana, em Cartagena, na Colômbia. As pesquisas apresentadas analisaram casos de tuberculose notificados na população de Aparecida e o perfil dos óbitos oriundos de homicídios por arma de fogo no município.

Os estudos foram realizados pelas servidoras da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Magaly Carvalho e Giselle Pereira, em meio ao Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS, oferecido pelo Ministério da Saúde. A capacitação incentiva investigações sobre doenças e outros problemas de saúde pública do país. Para apresentar os resultados dos estudos no evento realizado na Colômbia, as servidoras receberam apoio da Prefeitura. 

“Foi uma honra representar Aparecida”, afirmou  Magaly Carvalho, que é coordenadora do Programa de Prevenção à Tuberculose e Hanseníase da Vigilância Epidemiológica da SMS. Giselle Pereira, que é coordenadora do Programa de Prevenção às Violências da Vigilância Epidemiológica da SMS, também agradeceu o apoio da gestão o incentivo pela capacitação: “A Prefeitura nos permitiu ter a disponibilidade para ir e nos apoiou todo o tempo”.

As pesquisas

Em seu estudo, Magaly Carvalho analisou todos os casos de tuberculose registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação de Aparecida, de 2009 a 2016. Levando-se em consideração que a cidade também é sede do Sistema Prisional do Estado de Goiás, a pesquisa estabeleceu um comparativo entre as informações registradas sobre a população não carcerária e carcerária.

De acordo com os dados coletados, a incidência de Tuberculose no Sistema Prisional é 59 vezes maior que na população do município de Aparecida de Goiânia. Os adultos jovens e do sexo masculino foram identificados como os mais acometidos pela doença. Em contrapartida, a taxa de cura na população do presídio foi maior. “A articulação da Vigilância com a Estratégia Saúde da Família, Complexo Regulador e a Rede de Laboratórios é essencial no enfrentamento da tuberculose”, afirmou Magaly Carvalho.

Já a pesquisa da servidora Giselle Pereira analisou dados do Sistema de Informação de Mortalidade do município, registrados de 2005 a 2016, e traçou o perfil dos óbitos causados por homicídios por arma de fogo em Aparecida. Segundo o estudo, a maior parte das vítimas fatais de armas de fogo são adultos jovens, de 15 a 49 anos de idade, sexo masculino, cor parda e baixa escolaridade.

Para a pesquisadora, a partir dos resultados obtidos percebe-se a necessidade de integração entre as áreas da saúde e da segurança pública para que estratégias de combate à violência sejam traçadas, principalmente em regiões de grande vulnerabilidade social. “Ao analisar os dados da pesquisa fica evidente que precisamos fortalecer a Política de Desarmamento no Brasil. Temos grandes desafios a serem enfrentados”, analisou.

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