Foi realizada, na tarde desta quarta-feira, 16, no 5º andar do prédio da Cidade Administrativa, a primeira de uma série de reuniões técnicas com representantes das secretarias de Saúde de Aparecida (SMS) e do Estado (SES) e das pastas municipais da Articulação Política e da Coordenadoria de Igualdade Racial. O encontro foi para traçar estratégias para capacitar profissionais e aprimorar o atendimento na Saúde para as populações negra, quilombola, cigana, indígena e de matriz africana, respeitando cada uma com suas especificidades culturais, com foco, principalmente, nas doenças crônicas e na anemia falciforme.
A iniciativa da reunião foi do assessor de Igualdade Racial para Assuntos na Saúde, João Ivan Ferreira, que também preside a Associação de Anemia Falciforme Karoliny Vitória de Aparecida de Goiânia (AAFKVAPG). Também participaram o diretor de Relações Públicas da secretaria de Articulação Política, Fábio Gonçalves, a coordenadora do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) e chefe de Redes Temáticas, Bruna Aniele, e dois representantes da SES, os subcoordenadores de Comunidades Tradicionais e de Articulação e Educação Popular em Saúde, respectivamente, Fabíola Rosa Santos e Rogério Borges da Silva.
Saúde com excelência
Fábio Gonçalves, que representou o secretário de Articulação Política, Tatá Teixeira, falou sobre os avanços que a cidade tem vivenciado na Saúde, convidou os subcoordenadores da SES para conhecerem o Hospital Municipal (HMAP) e afirmou que a Prefeitura está de portas abertas para parcerias que promovam o bem-estar da comunidade. “Em Aparecida a Saúde é uma prioridade da gestão e não medimos esforços para atender às pessoas com qualidade e eficiência. O HMAP é uma prova disso, tem equipe e estrutura com reconhecimento nacional de sua excelência”, ressaltou ele.
Bruna Aniele, que representou a SMS, relatou que foi estabelecido na reunião que será construído um plano de ação para determinar as principais estratégias a serem implantadas: “Construiremos, nesse primeiro momento, instrumentos para que consigamos identificar os indivíduos que residem em Aparecida e têm a anemia falciforme. Não vamos considerar quem tem traços, mas quem é portador da doença. A partir desse quantitativo estabeleceremos ações que serão realizadas com foco no atendimento e no que o município poderá ofertar para esses pacientes considerando todas as pactuações feitas dentro do Sistema. A curto prazo e com o apoio do Estado, queremos realizar capacitações com os nossos profissionais da Saúde da Família, do Ambulatório, da Urgência e do SAMU que fazem os primeiros atendimentos e também o acompanhamento desses pacientes.”
Ambiente propício em Aparecida
Conhecido em todo o Estado por sua luta em prol da atenção aos portadores de anemia falciforme, João Ivan elogiou o debate e a importância dada ao tema. “O pessoal da SES veio para abraçar o nosso município e nos ajudar nessa conscientização. Eu espero que Aparecida possa vir a ser referência no atendimento às pessoas com anemia falciforme e de doenças crônicas. Temos aqui condições especialíssimas: um grande hospital municipal, o prefeito Gustavo Mendanha que está fazendo uma ótima gestão, um secretário de Saúde que nos ajuda muito, o dr. Alessandro Magalhães, a vontade política para que a cidade prospere econômica e socialmente e servidores comprometidos com a causa da Saúde Pública. Nesse ambiente propício, novas parcerias técnicas são muito bem-vindas”, argumentou João.
Já Fabíola Rosa destacou que “apresentamos sugestões para a criação de uma base de ação para a estruturação do atendimento a pacientes com anemia falciforme em Aparecida de Goiânia. Ficou estabelecido que teremos um próximo encontro com mais representantes da Equidade e de outros setores da Saúde local, como a Regulação. Esperamos o empenho do município para um levantamento de dados sobre os pacientes com doença falciforme para organizarmos, direcionarmos e viabilizarmos um fluxo de atendimento para essas pessoas.”
Doença crônica e hereditária
A anemia falciforme é uma doença crônica transmitida hereditariamente dos pais para os filhos e é predominante em pessoas afro-descendentes, mas também ocorre em outras etnias. Há pacientes que têm indicação e doador compatível para o transplante de medula óssea e consequente cura, mas, mesmo assim, precisam de acompanhamento clínico. Os sintomas mais comuns são anemia, palidez, icterícia, dores no corpo e infecções de repetição. O diagnóstico da anemia falciforme é feito com um exame chamado eletroforese de hemoglobina, incluído desde 2001 no Brasil no teste do pezinho para um diagnóstico já no nascimento, antes mesmo da manifestação dos sintomas. Segundo o Ministério da Saúde (MS), existem entre 30 mil e 50 mil pessoas com alguma doença falciforme no Brasil. No mundo todo, as estimativas são de que a cada ano nasçam entre 300 mil e 400 mil crianças com essas mutações genéticas, 230 mil apenas na África Subsaariana.
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