Secretarias de Aparecida debatem o aprimoramento da atenção à Saúde às comunidades tradicionais e aos portadores de anemia falciforme

Por Polliana Martins

17 de outubro de 2019

Por Polliana Martins

17 de outubro de 2019


Foto: Polliana Martins/SMS

Foi realizada, na tarde desta quarta-feira, 16, no 5º andar do prédio da Cidade Administrativa, a primeira de uma série de reuniões técnicas com representantes das secretarias de Saúde de Aparecida (SMS) e do Estado (SES) e das pastas municipais da Articulação Política e da Coordenadoria de Igualdade Racial. O encontro foi para traçar estratégias para capacitar profissionais e aprimorar o atendimento na Saúde para as populações negra, quilombola, cigana, indígena e de matriz africana, respeitando cada uma com suas especificidades culturais, com foco, principalmente, nas doenças crônicas e na anemia falciforme. 

A iniciativa da reunião foi do assessor de Igualdade Racial para Assuntos na Saúde, João Ivan Ferreira, que também preside a Associação de Anemia Falciforme Karoliny Vitória de Aparecida de Goiânia (AAFKVAPG). Também participaram o diretor de Relações Públicas da secretaria de Articulação Política, Fábio Gonçalves, a coordenadora do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) e chefe de Redes Temáticas, Bruna Aniele, e dois representantes da SES, os subcoordenadores de Comunidades Tradicionais e de Articulação e Educação Popular em Saúde, respectivamente, Fabíola Rosa Santos e Rogério Borges da Silva.

Saúde com excelência

Fábio Gonçalves, que representou o secretário de Articulação Política, Tatá Teixeira, falou sobre os avanços que a cidade tem vivenciado na Saúde, convidou os subcoordenadores da SES para conhecerem o Hospital Municipal (HMAP) e afirmou que a Prefeitura está de portas abertas para parcerias que promovam o bem-estar da comunidade. “Em Aparecida a Saúde é uma prioridade da gestão e não medimos esforços para atender às pessoas com qualidade e eficiência. O HMAP é uma prova disso, tem equipe e estrutura com reconhecimento nacional de sua excelência”, ressaltou ele.

Bruna Aniele, que representou a SMS, relatou que foi estabelecido na reunião que será construído um plano de ação para determinar as principais estratégias a serem implantadas: “Construiremos, nesse primeiro momento, instrumentos para que consigamos identificar os indivíduos que residem em Aparecida e têm a anemia falciforme. Não vamos considerar quem tem traços, mas quem é portador da doença. A partir desse quantitativo estabeleceremos ações que serão realizadas com foco no atendimento e no que o município poderá ofertar para esses pacientes considerando todas as pactuações feitas dentro do Sistema. A curto prazo e com o apoio do Estado, queremos realizar capacitações com os nossos profissionais da Saúde da Família, do Ambulatório, da Urgência e do SAMU que fazem os primeiros atendimentos e também o acompanhamento desses pacientes.”

Ambiente propício em Aparecida

Conhecido em todo o Estado por sua luta em prol da atenção aos portadores de anemia falciforme, João Ivan elogiou o debate e a importância dada ao tema. “O pessoal da SES veio para abraçar o nosso município e nos ajudar nessa conscientização. Eu espero que Aparecida possa vir a ser referência no atendimento às pessoas com anemia falciforme e de doenças crônicas. Temos aqui condições especialíssimas: um grande hospital municipal, o prefeito Gustavo Mendanha que está fazendo uma ótima gestão, um secretário de Saúde que nos ajuda muito, o dr. Alessandro Magalhães, a vontade política para que a cidade prospere econômica e socialmente e servidores comprometidos com a causa da Saúde Pública. Nesse ambiente propício, novas parcerias técnicas são muito bem-vindas”, argumentou João.  

Já Fabíola Rosa destacou que “apresentamos sugestões para a criação de uma base de ação para a estruturação do atendimento a pacientes com anemia falciforme em Aparecida de Goiânia. Ficou estabelecido que teremos um próximo encontro com mais representantes da Equidade e de outros setores da Saúde local, como a Regulação. Esperamos o empenho do município para um levantamento de dados sobre os pacientes com doença falciforme para organizarmos, direcionarmos e viabilizarmos um fluxo de atendimento para essas pessoas.”

Doença crônica e hereditária

A anemia falciforme é uma doença crônica transmitida hereditariamente dos pais para os filhos e é predominante em pessoas afro-descendentes, mas também ocorre em outras etnias. Há pacientes que têm indicação e doador compatível para o transplante de medula óssea e consequente cura, mas, mesmo assim, precisam de acompanhamento clínico. Os sintomas mais comuns são anemia, palidez, icterícia, dores no corpo e infecções de repetição. O diagnóstico da anemia falciforme é feito com um exame chamado eletroforese de hemoglobina, incluído desde 2001 no Brasil no teste do pezinho para um diagnóstico já no nascimento, antes mesmo da manifestação dos sintomas. Segundo o Ministério da Saúde (MS), existem entre 30 mil e 50 mil pessoas com alguma doença falciforme no Brasil. No mundo todo, as estimativas são de que a cada ano nasçam entre 300 mil e 400 mil crianças com essas mutações genéticas, 230 mil apenas na África Subsaariana.

Navegue entre as notícias


Navegue entre as notícias


Leia mais

notícias


Rua Gervásio Pinheiro, APM Residencial Solar Central Park

CEP: 74.968-500

Telefone: (62) 3545-5800 / (62) 3545-5801

Horário de Funcionamento: 08h as 11h30 - 13h as 17h30

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação
Diretoria deTecnologia da Informação (DTI)