SMS reforça combate ao tabagismo com atividades educativas no Dia Mundial sem Tabaco

9 de maio de 2017

9 de maio de 2017


Foto: Ana Clara Dias - SMS

Aparecida de Goiânia, 30 de maio de 2016 – Em comemoração ao Dia Mundial sem Tabaco, celebrado oficialmente no dia 31 de maio, a equipe de Controle do Tabagismo de Aparecida organizou, na manhã desta segunda-feira (30), café da manhã e atividades educativas para pacientes que fizeram tratamento pelo Programa de Nacional Controle do Tabagismo, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). 

O café da manhã foi realizado na Escola de Saúde Pública de Aparecida, que fica na Vila Brasília, com pacientes que já se submeteram ao tratamento. Logo em seguida o médico psiquiatra Cristiano Carvalho ministrou palestra sobre “Motivação e Prevenção de Recaídas”. Na ocasião, a equipe de Controle do Tabagismo fez também cadastro de pacientes que voltaram a fumar e que tenham interesse de retomar o tratamento conforme preconiza o Ministério da Saúde. 

Dos 38 ex-pacientes presentes, cerca de 10 voltaram a fumar. Entretanto estavam ali em busca de retomar o tratamento. “Esse momento é importante para tirar dúvidas e falar sobre o tabagismo. Precisamos encarar o problema como uma doença crônica. Para evitar recaídas é preciso identificar os gatilhos, ou seja, o que estimula a vontade de fumar. A mudança de hábitos também é fundamental no processo, como alimentar de forma saudável, praticar atividade física e dormir bem”, pontuou o psiquiatra Cristiano Carvalho.

A ex-paciente Cleide Severina de Castro tem mesmo motivos para comemorar. Ela está sem fumar a quase quatro anos. “Fumei durante 40 anos e o grupo me ajudou a parar, porque sozinha eu não conseguiria. Antes eu não aguentava andar direito, não tinha disposição nem para caminhar, hoje a minha vida é outra”, comemorou. 

No dia 31, a SMS enviará material educativo para as unidades de saúde, além de promover conscientização nas salas de espera das unidades. “Sabemos que a recaída faz parte do processo, estamos aqui para comemorar, mas também para oferecer uma nova chance para quem quer tentar de novo. Nosso objetivo é divulgar o programa no município para alertar sobre as doenças e mortes relacionadas ao tabagismo e com isso reduzir o consumo do tabaco”, explica a coordenadora de Prevenção às Violências e Promoção à Saúde, Paula dos Santos.

Além do médico Cristiano Carvalho e a coordenadora do Programa Paula dos Santos, também participaram da manhã educativa os psicólogos Danilo Oliveira e Luciana Wovst e a assistente social Deigmar Moreira. Todos fazem parte da equipe de Controle do Tabagismo.

Programa funciona em 11 unidades de saúde de Aparecida 

Segundo dados da SMS, estima-se que dos 522 mil habitantes de Aparecida, cerca de 37.577 sejam fumantes, o que representa cerca de 7,2% da população total.  Para quem pretende parar de fumar e ter um estilo de vida mais saudável, o Programa Nacional de Controle do Tabagismo pode ser uma oportunidade. Muitos aparecidenses ainda não sabem, mas o programa já atende mais de 200 pessoas em 11 unidades de saúde do município.

O programa foi instituído na cidade em 2011, ou seja, na gestão do prefeito Maguito Vilela, e atualmente funciona no Centro Clínico, no Ambulatório Multiprofissional de Aparecida (Amag), Centro de Assistência Psicossocial (CAPS) AD Criarte Vida, CAPS Bem me Quer e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Retiro do Bosque, Bandeirantes, Caraíbas, Independência Mansões, Jardim Paraíso, Alto Paraíso e Papillon Park.

Em cada uma das 11 unidades funciona um grupo de controle do tabagismo. Cada grupo possui cerca de 20 a 30 pessoas. Os pacientes são acompanhados juntos durante seis meses por profissionais de saúde da unidade onde realizam o tratamento, que pode ser médico, enfermeiro ou psicólogo. Porém, todos passam por uma avaliação médica individual.

O tratamento segue a metodologia do Programa de Controle do Tabagismo, do Ministério da Saúde, com orientações técnicas de como parar de fumar, palestras sobre malefícios do cigarro, avaliação com nutricionista, dentista e medicação preconizada pelo Manual do Tabagismo. 

A partir de julho de 2016, o programa se estenderá para UBS Nova Olinda e posteriormente a previsão é que a UBS Pontal Sul 2 e Cândido de Queiroz também sejam contempladas. Com a divulgação e ampliação do programa, também houve aumento na busca pelo atendimento. De acordo com informações da SMS em 2014 eram 47 pacientes atendidos pelo programa, 244 em 2015 e só no primeiro quadrimestre de 2016 já são 266 pacientes que fazem parte dos grupos de tabagismo.

“Iniciamos o grupo com um total de 20 a 30 pessoas, mas no decorrer alguns abandonam e uma média de 10 a 15 pessoas chegam até o fim do tratamento. Entretanto, cerca de 80% das pessoas que começam e terminam corretamente o tratamento conseguem parar de fumar. Por isso a atuação e a divulgação do programa são muito importantes, visto que o cigarro é desencadeador de várias doenças”, explicou Paula dos Santos.

Interessados em realizar o tratamento é só entrar em contato com a coordenação do programa e realizar o cadastro pelo telefone 3545-6706. À medida que a coordenação vai abrindo e iniciando os grupos, os cadastrados vão sendo alocados. No caso das Unidades Básicas de Saúde onde funciona o programa, o paciente pode se cadastrar na própria unidade, caso seja morador da região de cobertura da UBS. 

O programa

O controle do tabagismo no Brasil é articulado pelo Ministério da Saúde por meio do Instituto Nacional de Câncer (INCA), que inclui um conjunto de ações nacionais que compõem o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). O Programa tem como objetivo reduzir a prevalência de fumantes e a consequente morbimortalidade relacionada ao consumo de derivados do tabaco no Brasil.

O modelo é baseado em ações educativas, de comunicação, de atenção à saúde, junto com o apoio a adoção ou cumprimento de medidas legislativas e econômicas, se potencializam para prevenir a iniciação do tabagismo, principalmente entre adolescentes e jovens; para promover a cessação de fumar; e para proteger a população da exposição à fumaça ambiental do tabaco e reduzir o dano individual, social e ambiental dos produtos derivados do tabacO.

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