Vacinação contra a Influenza em Aparecida de Goiânia mobiliza caminhoneiros na BR 153

A secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia (SMS) iniciou nesta quinta-feira, 16 de abril, a segunda etapa da Campanha de Vacinação contra a Influenza em 36 postos espalhados por toda a cidade. Nesta etapa, que se estende até 9 de maio, serão vacinados caminhoneiros, gestantes, profissionais das forças de segurança e salvamento, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade, motoristas de transporte coletivo e portuários. Para facilitar a imunização dos caminhoneiros, foi montada uma sala de vacinação no Posto Aparecidão, na BR 153.

No Aparecidão, a vacinação ocorre às quintas e sexta-feiras das 16h às 19 horas, e no sábado 9 de maio será das 8h às 17h. No primeiro dia, 120 pessoas foram imunizadas no local. Nesta sexta-feira, 17, as enfermeiras Ana Clara Lima e Maria de Fátima Oliveira de Fernandes, da Coordenação de Imunização da SMS, estavam atendendo os caminhoneiros após a devida triagem e a verificação de documento pessoal que comprove vínculo ou categoria profissional, como contracheque e crachá.

Segundo a coordenadora de Imunização e Rede de Frio da SMS, Renata Cordeiro, todos os grupos contemplados nessa etapa da Campanha também podem ser vacinados no Aparecidão desde que apresentem a documentação exigida, embora o foco no local sejam os caminhoneiros: “Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais devem apresentar a prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina. São aqueles que têm doenças crônicas respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas e neurológicas, diabéticos, obesos e transplantados, dentre outros”.

Profissionais de todo o País

No Posto, além dos caminhoneiros de Aparecida, motoristas de todo o País têm sido imunizados. Foi o caso do Elias Aparecido da Costa, de 42 anos, mineiro de Lagoa da Prata. “Fui descarregar um material aqui perto e fiquei sabendo dessa vacinação. Não gosto de agulhas, senti um pouco de dor, mas é importante se prevenir. A enfermeira me disse que essa Campanha ajuda também na luta contra o Coronavírus porque menos gente vai adoecer de gripe e não vai superlotar os hospitais. Então eu tinha que vir”, afirmou Elias.

Já o caminhoneiro Silvério Dudek de Lara, 36 anos, paranaense de Laranjeiras do Sul, relatou que foi imunizado pela última vez em 2003: “Quando se está em casa, sempre tem uma desculpinha para não ir vacinar”, brincou, e acrescentou que “aqui não tive como fugir, até os companheiros cobram uns dos outros, e é um conforto ser vacinado sem perder tempo e sem precisar sair do percurso. São muito boas essas vacinações em postos de gasolina”.

Outro que vinha fugindo da vacina é José Antônio Mendonça, 57 anos, caminhoneiro de São José do Rio Preto (SP). “Fiquei um tempo sem vacinar e agora, com essa pandemia tão perigosa adoecendo gente no mundo inteiro, decidi me proteger da gripe para estar mais forte caso eu pegue esse coronavírus. Estou ficando velho e ajuizado”, declarou ao se despedir das enfermeiras.

A Influenza

A doença é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que, após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias, pode levar o agente infeccioso direto à boca, olhos e nariz. A síndrome gripal que se caracteriza pelo aparecimento súbito de febre, cefaléia, dores musculares (mialgia), tosse, dor de garganta e fadiga é a manifestação mais comum. Nos casos mais graves, geralmente, existe dificuldade respiratória e necessidade de hospitalização.