Saúde de Aparecida reforça ações de controle da hanseníase

Por Frederico Noleto

24 de janeiro de 2020

Por Frederico Noleto

24 de janeiro de 2020


Foto: Arquivo

Profissionais de saúde de todo o mundo promovem, no último domingo de janeiro, o Dia Mundial, que este ano será dia 26. O objetivo da data é esclarecer à população sobre causas, sintomas e tratamento da doença, antigamente conhecida como lepra. Dados do Sistema de Informação de agravos de notificação (SINAN), revelam que em Aparecida foram diagnosticados 165 casos no município. Caso apareçam sintomas na pele e nos nervos, como inflamações, manchas e perda de sensibilidade, a orientação é procurar avaliação médica.

Quando diagnosticada, o tratamento é gratuito e tem duração de 6 a 12 meses. Em Aparecida, os exames para detecção são realizados no laboratório do Cais Nova Era e os resultados são enviados à unidade que solicitou a análise. “É essencial a conscientização da população e também dos próprios profissionais de saúde sobre a importância deste diagnóstico precoce.  O tratamento é simples, eficaz e interrompe a cadeia de transmissão da doença logo no início”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Vânia Camargo.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o Brasil é o país mais endêmico das Américas, com 94% dos casos novos notificados. Somos o segundo país do ranking mundial, perdendo apenas para a Índia. Em 2018, foram registrados 26.875 casos no Brasil. “Muitos mitos e preconceitos sobre a Hanseníase ainda confundem as pessoas, o que prejudica tanto a prevenção quanto o tratamento. Conhecer a doença é fundamental para o que o tratamento seja realizado de forma adequada”, destaca Magaly Maria de Carvalho, que é coordenadora do Programa Municipal de Combate à Hanseníase.

A transmissão ocorre por meio de contato próximo e contínuo com o paciente não tratado, isto é, uma pessoa doente que tenha uma forma contagiante (multibacilar) sem tratamento, que elimina grande quantidade de bacilos pelas vias aéreas para outras pessoas. A doença é causada pelo bacilo de Hansen e o diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame geral e dermatoneurólogico.

Principais sinais e sintomas:

>Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica, tátil e dor;

>Áreas com diminuição dos pelos e do suor;

>Dor e sensação de choque, formigamento, fisgado e agulhado ao longo dos nervos dos braços e pernas;

>Diminuição da sensibilidade e /ou força muscular;

>Úlceras de pernas e pés;

>Caroços (nódulos) no corpo;

Prioridade
O controle da hanseníase é considerado como prioridade em Aparecida devido à alta taxa de detecção, sobretudo em menores de 15 anos. “Em 2019 foram notificados 165 casos, 05 em menores de 15 anos e isso é considerado um indicador alto”, pontua Magaly Maria. De acordo com ela, o número alto de novos casos indica que a transmissão da doença, como nos anos anteriores, continua ocorrendo de forma preocupante. “O diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a investigação de contatos que convivem ou conviveram, residem ou residiram, de forma prolongada, com caso novo diagnosticado de hanseníase são as principais formas de prevenção”. Mais informações pelo telefone 3545 6703 ou pelo site: saude.aparecida.go.gov.br.

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