A estratégia, que realiza exames a cada 48h e o uso de oxímetros para verificar risco de comprometimento pulmonar, previne pioras, evita mortes, contribui para desafogar as unidades de Urgência e Emergência e reduz a ocupação de UTIs no município
Desde o último 6 de julho, foi implantada em Aparecida de Goiânia uma iniciativa inédita no Estado de Goiás com o objetivo de aperfeiçoar a atenção prestada às pessoas com Covid-19 mais vulneráveis ao agravamento da doença: o monitoramento por exames laboratoriais repetidos a cada 48h. A estratégia, somada ao acompanhamento por telemedicina e a empréstimos de oxímetros para verificação domiciliar do nível de oxigênio no sangue, tem sido bem-sucedida e dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) indicam que 90% dos pacientes assistidos dessa forma foram curados, sendo que menos de 4% precisaram ser internados, abaixo de 2% precisaram de cuidados intensivos e menos de 1% faleceram.
De acordo com a SMS, até o último dia 17 de agosto, 541 pacientes foram monitorados com o combo de exames, e, destes, 517 foram recuperados (90%), 19 precisaram ser internados (3,51%), 6 necessitaram de leitos de UTI (1,10%) e o índice de letalidade ficou em 0,18%. “São números muito positivos. Com planejamento e sempre embasados pela vanguarda dos estudos científicos mundiais, implantamos o monitoramento e o rastreamento dos casos de maior gravidade. Os resultados dos exames laboratoriais são analisados por uma equipe médica que avalia o risco de piora do quadro clínico, podendo determinar a internação do paciente antes do agravamento”, esclarece o secretário de Saúde Alessandro Magalhães, que também preside o Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 em Aparecida.
As coletas para o “combo de exames” são realizadas nos drive-thrus de monitoramento de pacientes estruturados nas áreas externas das três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade, Brasicon, Buriti e Flamboyant, mediante agendamento prévio e indicação médica, de segunda a sábado, das 8h às 16h, com resultados saindo em, no máximo, 12 horas.
“Os exames são fundamentais para se evitar mortes. Os alvos dessa estratégia, além dos idosos, são os pacientes com comorbidades agravantes da Covid-19, tais como diabéticos, hipertensos e imunossuprimidos, dentre outros. A cada 48h, cerca de cinquenta dessas pessoas realizam, em cada drive-thru, doze exames: hemograma, de dímeros, TGO, TGP, ferritina, proteínas totais, bilirrubina, DHL, troponina, TAP, uréia e creatinina, testagens que ajudam a indicar mudanças significativas no quadro clínico”, diz o secretário.
Oxímetros: essenciais no monitoramento
Um dos pontos fortes do amplo monitoramento desenvolvido pela SMS para a população mais vulnerável ao agravamento da Covid-19 é o uso dos oxímetros. A pasta adquiriu 600 desses aparelhos portáteis e passou a emprestá-los, sob indicação médica e desde a primeira semana de julho deste ano, para os pacientes com comorbidades, como diabetes e hipertensão, os levarem para casa. A coordenadora de Gestão e Inovação em Saúde da SMS, Érika Lopes, informa que os equipamentos medem a oxigenação sanguínea pela ponta dos dedos auxiliando no reconhecimento de um possível comprometimento pulmonar.
“Via telemedicina, os profissionais ligam para essas pessoas para saber como está a saturação, o nível de oxigênio no sangue. Considerando outros sintomas, caso esse índice caia para abaixo de 95, o paciente pode ser orientado a procurar uma unidade de urgência”. Ela ainda destaca que todos os 600 oxímetros já foram usados, e, no momento, 200 deles estão com pacientes sob monitoramento. Quando a equipe médica confirma a cura do paciente, o aparelho é devolvido para a secretaria para ser higienizado e colocado à disposição para novos acompanhamentos.
O diretor de Avaliação e Controle da SMS, Luciano de Moura Carvalho, ressalta que até a tarde dessa quinta-feira, 20 de agosto, foram agendados 23.927 exames laboratoriais de monitoramento e 9.558 já foram realizados. Os testes foram solicitados para 2.554 pessoas, e, destas, 574 já foram realizar as coletas nos drive-thrus das três UPA’s de Aparecida. O gestor assegura que “essa estratégia que permite o diagnóstico precoce, com o consequente isolamento do doente e quebra da cadeia de transmissão, amparada pelo monitoramento por telemedicina, pela bateria de exames a cada 48h e, em alguns casos, com o auxílio de um oxímetro, tem se mostrado extremamente eficaz para proteger a vida das pessoas e evitar procedimentos invasivos e mais arriscados, como as intubações, por exemplo. Ao mesmo tempo, o município tem investido na testagem em massa, sendo que já foram realizados mais de 81 mil exames do tipo RT-PCR, padrão ouro, desde 22 de abril, o que corresponde a cerca de 14% dos 578.179 moradores de Aparecida”.
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