Empresa pretende investir US$ 33 milhões na construção de Usina de Reciclagem do lixo urbano da cidade, que gera 400 toneladas ao dia
Aparecida de Goiânia, 25 de agosto de 2015 – Mesmo com a atual crise econômica vivenciada pelo país nos últimos meses, Aparecida de Goiânia recebeu, em menos de uma semana, a visita de investidores estrangeiros com intenção de realizar negócios na cidade. Na manhã desta terça-feira, 25, o prefeito Maguito Vilela (PMDB) recebeu a visita do CEO da empresa Reusi de reciclagem de resíduos sólidos, Fernando Godoy, e do presidente do fundo de investimento americano PASPX, Richard Cansor, além de demais representantes da empresa Reusi e TMO Solar e na última sexta-feira, 25, investidores sul-coreanos visitaram a cidade prospectando possivéis negócios em energia solar e instalação de fábrica de LED.
O objeito do encontro foi apresentar à administração municipal a proposta para a implantação de uma usina de tratamento dos resíduos sólidos produzidos no município e transformá-los, por meio de tecnologia inovadora, em madeira sintética, óleo diesel sintético e também em energia elétrica. Tudo isso através do passivo do aterro sanitário de Aparecida, que hoje recolhe cerca de 400 toneladas lixo urbano.
“O reaproveitamento do lixo é um desafio para todo o mundo e não seria diferente em Aparecida. O uso desta teconologia de transformação do lixo em energia e madeira vem para buscar uma solução para o passivo ambiental, evitando o derramamento de chorume nos rios e mananciais no município. Aparecida pleiteia ser a primeira cidade de Goiás a receber a usina, mas tudo de forma transparente”, destacou Maguito.
Na avaliação do gestor, a implantação da Usina de Reciclagem dos Resíduos Sólidos Urbanos somente traria benefícios para a cidade. “Além de acabar com o Aterro Sanitário e as despesas geradas por ele, o município passaria a arrecadar cerca de R$ 4 milhões em ISS”, sublinhou o prefeito. Maguito ressaltou ainda que o município não terá nem um custo na implantação da Usina de Reciclagem.
Para o presidente da Reusi, empresa com matriz em Novo Hamburgo (RS), este é um projeto que parece futurista, mas que é extremanente necessário ser implantado o mais rapidamente possível diante da crise energética e da questão ambiental causada pela alta produção de lixo nas cidades. “Aparecida seria a cidade modelo para a implantação deste processo em Goiás Nós transformamos o lixo em energia, madeira e combustível e isso ajuda no social e no ambiental, para que as gerações futuras não sofram com os grandes aterros sanitários e já no presente esses materiais possam ajudar na construção de casas populares com preços baixos” explicou o empresário.
De acordo com o secretário de Governo e Integração Institucional, Euler Morais, para a implantação da usina ainda será necessária que o município doe área de aproximadamente 30 mil metros quadrados na região do Aterro Sanitário de Aparecida. “A nossa preocupação é resolver a gestão dos resíduos sólidos de forma moderna e inovadora. Em setembro, vamos realizar uma audiência pública com o objetivo de conhecer outras tecnologias de tratamento dos resíduos sólidos. A determinação do prefeito Maguito Vilela de forma transparente e legal”, detalhou o secretário. Após a audiência pública prevista para ocorrer no dia 4 de setembro, a Prefeitura de Aparecida publicará um edital de chamamento das empresas interessadas em participar da licitação da gestão dos resíduos sólidos.
“Esta é uma tecnologia única no mundo e totalmente voltada para um futuro sustentável. Como investidor estou bastante entusiamado em trabalhar com a empresa aqui em Aparecida, investir aqui, para tratar o lixo do município e também das outras cidades. Sabemos que teremos o retorno financeiro do investimento, tanto na produção de energia, quanto na fabricação de madeiras para a construção de casas populares, ajudando assim a população mais carente do município que possui uma usina de reciclagem. Aparecida pode ser o modelo a ser replicado no Brasil e em outros países”, salientou o investidor americano, Richard Cansor.
O CEO da Reusi explicou para o prefeito, o vice-prefeito Ozair José (PT), o presidente da Câmara Municipal, Gustavo Mendanha (PMDB), e secretários municipais que a usina terá capacidade de produzir através das 400 toneladas de lixo gerados em Aparecida, 25 toneladas de madeira sintética utilizada para a construção das casas de 53 m² com custo de R$ 32 mil e 208 toneladas de componentes sintéticos, como o oleo diesel e carvão, que gerará 45,2 megawatt de energia.
Após a reunião na sede da Prefeitura de Aparecida, os investidores e empresários da Reusi, juntamente com alguns secretários visitaram a área do aterro sanitário de Aparecdia onde puderam observar in loco as células de passivos formados após a compactação dos resíduos sólidos.
A comitiva visitou ainda a área de 30 mil metros quadrados que fica ao lado do aterro, que será doada pela administração para a empresa vencedora da licitação que deve ocorrer ainda este ano. “Aparecida tem todo o interesse em ter esse tipo de usina que gerará renda e emprego, além de não ter custo nenhum para os cofres públicos. E estamos otimistas, pois temos uma boa logística por estar entre duas grandes rodovias federais, próximo da capital federal e também por ter a área necessária para a implantação da usina. Além do que podemos utilizar o material para a construção de casas populares e beneficiar a população carente do município”, concluiu o prefeito Maguito Vilela.
ATERRO SANITÁRIO – Há pouco mais de um ano a prefeitura de Aparecida de Goiânia vem trabalhando na reordenação do Aterro Sanitário do município. Primeiramente a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do município retirou os catadores de materiais recicláveis que ficavam às margens e dentro do aterro e os alocou no Galpão de Triagem de Materiais Recicláveis. Casas populares também foram construídas no setor Retiro do Bosque e doadas para esses moradores. Após esse processo foi implantada a Coleta Seletiva que beneficia 100 bairros na cidade e destina toda a coleta para as duas cooperativas criadas após o fechamento definitivo do acesso ao Aterro, conforme especificações da Lei Federal 12.305.
PRESENÇAS – Estiveram presentes na reunião o vice-prefeito Ozair José (PT), o prefeito de Santa Helena, Judson Lourenço (PMDB), do presidente da Câmara de vereadores, Gustavo Mendanha (PMDB), dos secretários municipais e dos representantes da Reusi, Luis Carlos Fantini e Fernando Henrique; da TMO Solar, Josias Cardoso e Lívio Rodrigues; e da Geopix do Brasil, Cesar Dantas.
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