Aparecida intensifica combate ao mosquito transmissor da dengue

Por Polliana Martins

7 de novembro de 2022

Por Polliana Martins

7 de novembro de 2022


Foto: Rodrigo Estrela

Agentes de combate a endemias e equipes de apoio fortalecem as visitas domiciliares e fazem ampla varredura nos bairros Buriti Sereno I, II, III e IV, Goiânia Park Sul e Jardim Boa Esperança. Região está entre os locais com maior número de transmissões de dengue

A partir desta segunda-feira, 7 de novembro, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) reforça o trabalho de prevenção ao Aedes aegypti na região do Buriti Sereno, Goiânia Park Sul e Jardim Boa Esperança. Nos próximos dias também será intensificado o combate em outros bairros com maior incidência de casos notificados de dengue, que são: Santa Luzia, Colina Azul, Expansul, Parque Itatiaia, Jardim Olímpico, Tiradentes, Belo Horizonte, Rosa dos Ventos e Cidade Livre.

“Nossa Vigilância Ambiental atua o ano inteiro, sem parar, num combate rigoroso ao mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya, e ainda desenvolvemos atividades concentradas como essa que iniciamos hoje. Serão realizadas, além das ações educativas, visitas domiciliares para vistoria e orientação sobre medidas de prevenção, passagem da UBV veicular (“Fumacê”) e coleta de pneus em borracharias, praças, avenidas e terrenos baldios”, informou o secretário de Saúde Alessandro Magalhães.

Parceria e mobilização

O coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental, Iron Pereira, destacou que a iniciativa conta com o apoio da Secretaria Estadual de saúde (SES), que emprestou dois equipamentos de fumacê e doou um terceiro para a SMS: “Estabelecemos uma excelente parceria com a SES para essas ações, o que fortalece ainda mais o nosso trabalho em prol da população de Aparecida. Além disso, mobilizamos 120 trabalhadores e estamos usando nove veículos utilitários, 14 motocicletas e 1 caminhão para percorrer as regiões previstas”.

Dever coletivo

“Vamos fazer uma ampla varredura de combate e prevenção, mas é fundamental reforçar que não adianta a Prefeitura agir se não houver a adesão da comunidade. Sabemos que 80% dos focos do mosquito estão nas residências, então é essencial que todas as pessoas tirem ao menos 10 minutos, semanalmente, para vistoriar e limpar seus imóveis. Cada um tem que entender que é responsável por seu imóvel e que tem o dever de contribuir para o bem de todo o município”, enfatizou Iron no início dos trabalhos desta segunda-feira.

O coordenador orienta a população a fazer essa vistoria residencial pelo menos uma vez por semana: “Observem cuidadosamente suas casas, comércios e locais de trabalho com atenção especial para calhas, quintais, vasos de plantas, vasilhas, ocos de árvores e outros locais que possam armazenar água. E quem souber de algum possível foco pode entrar em contato conosco pelo telefone (62) 3545-4819 para solicitar o envio de uma equipe ao local apontado”.

Bom exemplo

Carmen Lúcia Borges, moradora há mais de 20 anos do Buriti Sereno III, recebeu a vistoria dos agentes nesta manhã com muita presteza. O quintal dela é amplo, cheio de plantas e tem até uma piscina (Agora desativada) com cascata. Tudo estava limpo e sem focos do mosquito, inclusive a vasilha de água do cachorrinho Black.

A dona de casa contou que na rua dela muita gente já teve dengue e que ela já teve chikungunya. A doença não foi grave mas a deixou preocupada. “Estou quase sempre em casa e observo muito todo o meu quintal, viro as vasilhas, limpo tudo e cuido das minhas plantas sem deixar água acumulada”, frisou ela.

Rotina desafiadora

Atitudes como as de Carmen são elogiadas pela agente de combate a endemias (ACE) Sislene de Abreu, que trabalha há 14 anos na prevenção contra a dengue em Aparecida: “É gratificante ver quando fazem a coisa certa. Às vezes, quando a casa é bagunçada, não deixam a gente entrar. Nos quintais encontramos focos do mosquito em lixo que as pessoas jogam na própria residência. A gente conversa, orienta, pedimos para não fazerem isso. Na época do calor encontramos também muitos focos em piscinas porque os proprietários não cuidam. Há também quem pegue o lixo de sua casa e jogue num terreno baldio, o que dificulta nosso trabalho. Felizmente, a maioria concorda conosco e nos atende”.

Sislene aproveita para fazer um alerta à comunidade: “A dengue é perigosa, pode ter complicações e até causar a morte, já enfrentamos surtos, não é brincadeira. A chikungunya também representa riscos, tem gente que fica muito tempo acamado e sem poder andar por causa dessa doença. Combater o mosquito transmissor exige responsabilidade da população e que nós da Saúde continuemos fazendo a nossa parte com muita dedicação”.

Dengue em Aparecida

A superintendente de Vigilância em Saúde, Daniela Fabiana Ribeiro, acrescenta que, segundo o último boletim da SMS, referente à semana epidemiológica 43, neste ano já foram notificados 24.714 casos de dengue na cidade. Desses, 22.367 foram confirmados por meio de exames laboratoriais e 30 foram considerados graves. “Os números indicam um acréscimo de 118% no número de casos de dengue notificados se comparado ao ano de 2021 e comprovam que precisamos continuar em alerta permanente. Todos precisam fazer a sua parte nesse combate que requer responsabilidade social e amor à vida”, conclama a gestora.

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