SMS promoveu manhã de palestras sobre “Síndrome do Esgotamento Profissional” para trabalhadores da rede. Ação também contou com a oferta de serviços para os participantes
Em comemoração ao Dia do Trabalhador da Saúde, celebrado em 12 de maio, a Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) promoveu uma manhã de ensino e cuidados para os servidores da pasta. O evento ocorreu na quarta-feira, 17, das 8 às 12h, no Anfiteatro Municipal Cantor Leandro, e reuniu centenas de pessoas. Agentes de saúde e endemias, médicos, enfermeiros, técnicos, trabalhadores da área administrativa, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais aproveitaram a programação.
O evento promoveu o debate sobre a Síndrome do Esgotamento Profissional, conhecida também como Síndrome de Burnout, com palestras sobre saúde mental e ergonomia no trabalho. Os participantes também tiveram acesso gratuito a testes rápidos para identificação e diagnóstico de Infecções Sexualmente Transmissíveis, avaliação oftalmológica e práticas de auriculoterapia e ozonioterapia. Para valorizar o autocuidado, os trabalhadores receberam ainda massagem relaxante, maquiagem e corte de cabelo, além de café da manhã e brindes.
A idealizadora da ação, a chefe de Vigilância em Saúde do Trabalhador, Ana Mari Soares Dickmann, explicou o objetivo da iniciativa: “Nós nos pautamos na observação das necessidades dos trabalhadores da saúde, maiores afetados pelo período pandêmico, e buscamos trazer iniciativas voltadas ao bem-estar e cuidado desse público. Queremos atendê-lo, ouví-lo e, se necessário, ajudá-lo a superar os obstáculos decorrentes de situações ocorridas no ambiente de trabalho”.
O invisível visível
Na abertura do evento, a superintendente de Vigilância em Saúde de Aparecida, Daniela Ribeiro, destacou a importância da temática abordada: “A pandemia foi um período muito estressante para todos, mas principalmente para os trabalhadores da saúde. Nos vimos diante de muitas incertezas e desafios, com a necessidade de produzir cada vez mais rápido, ocasionando a exaustão, desilusão e isolamento de muitos colegas”.
O superintendente Executivo da SMS, Carlos Itacaramby, também enfatizou a relevância do debate sobre a Síndrome de Burnout, principalmente entre os trabalhadores da saúde: “Essa é uma patologia que não enxergamos, mas que está cada vez mais presente em nosso meio. Estudos apontam que a principal vítima dessa síndrome são as mulheres, ao mesmo tempo que dados do IBGE indicam que 65% dos trabalhadores da saúde são mulheres. Ou seja, a Secretaria de Saúde precisa debater para enxergar, tratar e prevenir essa doença”.
Para abordar a temática, o psiquiatra Mauro Elias, ministrou palestra sobre “Saúde Mental do Trabalhador” e o médico do trabalho, Leonardo Najar, falou sobre “Ergonomia no Trabalho”. O palestrante explicou como oferecer um ambiente adequado, com materiais que possibilitem boas condições de trabalho, conforto térmico e sonoro são medidas simples e eficazes na prevenção do Burnout. “Muda-se pelo amor ou pela dor. Que não seja por essa última”, alertou.
A médica Fernanda Cabrini Gurian participou do evento e aprovou a temática. De acordo com ela, “atualmente, com todas as variantes que temos vivido, a Síndrome do Esgotamento Profissional está cada vez mais comum. Com todo mundo retornando às atividades rotineiras, estresse elevado e com o acúmulo de tudo que ocorreu na pandemia, esse debate chegou em um momento muito oportuno”, avaliou.
O evento do Dia do Trabalhador da Saúde contou ainda com a presença da chefe do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Aparecida, Leliana Fonseca, com a servidora de Apoio Institucional, Débora Franco, com a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Gislene Marques de Lima, e com a diretora de Vigilância Epidemiológica, Fabíola Luz.
Síndrome de Burnout
De acordo com o Ministério da Saúde, a Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade, sendo a principal causa da doença justamente o excesso de trabalho. A síndrome envolve nervosismo, sofrimentos psicológicos e problemas físicos, como dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas.
Segundo a pasta, o psiquiatra e o psicólogo são os profissionais de saúde indicados para identificar o problema e orientar a melhor forma do tratamento, conforme cada caso. Geralmente, a recuperação envolve psicoterapia, medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos), mudanças nas condições de trabalho e nos hábitos e estilos de vida. A prevenção inclui estratégias que diminuam o estresse e a pressão no trabalho.
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