Prefeitura de Aparecida destaca a importância do trabalho dos Agentes de Saúde

Nesta quarta-feira, 4 de outubro, celebra-se o Dia Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS’s) e de Combate às Endemias (ACE’s), personagens essenciais para o Sistema Único de Saúde (SUS) e que trabalham também de forma integrada entre si. São profissionais que estão em contato direto com a população realizando desde ações educativas e prestando orientações até encaminhando pessoas para tratamentos, notificando riscos e prevenindo doenças.

“Esses agentes são mulheres e homens que representam um elo indispensável na corrente de atuação do SUS. Faça sol ou faça chuva, eles estão nas ruas, nas casas, nos estabelecimentos comerciais, cara-a-cara com a população numa relação que integra os profissionais da rede de Saúde Pública com as pessoas. Os agentes conhecem a realidade das comunidades, têm a confiança dos moradores e promovem a prevenção de doenças, os hábitos saudáveis e a responsabilidade social. Aparecida se orgulha desses trabalhadores”, frisa o secretário de Saúde Alessandro Magalhães.

Profissionais essenciais

Sobre os ACS’s, o superintendente de Atenção à Saúde, Gustavo Assunção, destaca que, em Aparecida, são 230 profissionais atuando por toda a cidade em contato direto com a população. “Eles trabalham, de forma ética e planejada, orientando, ouvindo e contribuindo para transformar vidas. Coletam dados, cadastram pessoas, facilitam o acesso à rede, atualizam informações sociais, econômicas, demográficas e epidemiológicas indispensáveis para a gestão, dentre tantas outras atribuições. Não existe Saúde Pública eficiente e inclusiva sem a participação desses agentes”.

A respeito dos ACE’s, a superintendente de Vigilância em Saúde, Daniela Fabiana, ressalta que eles são muito mais do que “combatentes contra a dengue”, como popularmente são conhecidos. “Esses agentes atuam na vigilância e também em conjunto com as equipes de Saúde da Família. Estão, o ano inteiro, dentre outras ações, fazendo vistorias e visitas a domicílios e estabelecimentos, depósitos, terrenos baldios e empresas, buscando, inspecionando, notificando e eliminando focos endêmicos e prevenindo e controlando doenças como malária, dengue, leishmaniose e Chagas. Também são a ponta de lança do SUS na prevenção e controle da raiva, com a vacinação de cães e gatos. Fazem, ainda, pesquisas com insetos, variadas ações em campo, cadastram imóveis e municiam com dados todo o Sistema. É muito extensa a atuação deles e toda a sociedade precisa muito do trabalho desses profissionais dedicados e valorosos”, afirma.

A coordenadora de Vigilância Ambiental, Deizy Clébia Fernandes, enfatiza o esforço dos agentes: “São mais de 185 atuando diariamente na cidade. Sempre admirei o trabalho dos profissionais que vão além das unidades de Saúde e estão nas ruas. Acompanho rotineiramente a atuação dos ACE’s e aprendo muito com eles, que conhecem bem a realidade dos bairros e até a intimidade dos lares porque têm a confiança da população. O SUS é isso, um Sistema em permanente aperfeiçoamento que busca estar cada vez mais presente e acessível na vida das pessoas. Sou muita grata a cada um dos agentes”.

Histórias, desafios e vitórias

Vera Regina de Castro trabalha há mais de 21 anos como ACS na Região do Jardim Tiradentes, com equipe sediada na UBS Campos Elísios, e é muito conhecida e querida pelos colegas e pela população local. Ela afirma que é gratificante “poder fazer parte de um trabalho que está voltado para a prevenção, o acolhimento, a saúde da nossa comunidade. Amo meu trabalho e para mim é um prazer imenso poder entrar nas residências, ser reconhecida e respeitada e trocar experiências valiosas sobre saúde e vida com as pessoas”.

Há 20 anos trabalhando como ACE, Sônia Linhares atua na região da Vila Alzira e se orgulha do que faz: “Gosto do meu trabalho, tenho orgulho dele, e sempre me chamou a atenção o fato de que os moradores mais idosos nos recebem muito bem em suas casas. Eles gostam de conversar, muitos são sozinhos, e fazem questão de demonstrar que sabem da importância do que fazemos. Nessas conversas, às vezes nos sentimos quase como psicólogos. Daí passamos a cuidar dos quintais e das casas deles para evitar problemas de saúde e viramos também bons amigos.”

Quem também ama o que faz é Márcia Maria de Oliveira, ACS há 19 anos na região do Santa Luzia. Ela conta que, através do trabalho, “pude conhecer a realidade local e já auxiliei várias famílias com meus conhecimentos e meu acesso à rede de Saúde. Já ajudei mulheres a sair da violência doméstica, orientei na adoção de crianças abandonadas pelos pais e também tive experiências felizes de receber elogios e agradecimentos por cartas e mensagens e até ganhei presentes. Sou muito feliz como ACS e graças à essa profissão estou criando meus dois filhos”.

Já Francilene Gonzaga, ACE desde 2010, trabalha em vários bairros, principalmente na Vila Souza. Ela se recorda de uma vez que “um morador me recebeu com grosseria e me culpando por problemas que não tinham nada a ver comigo. Com respeito e muito diálogo contornei a situação, fiz meu trabalho com capricho e saí de lá como se fôssemos velhos amigos, inclusive com convite de ficar para almoçar. Isso ilustra como nosso dia-a-dia é desafiador, mas também gratificante. Tenho orgulho de ser ACE e agradeço por exercer essa função tão importante na vida das pessoas. Aproveito para parabenizar todos os colegas no nosso dia!”