Prefeitura de Aparecida lança projeto para aprimorar os serviços de Saúde prestados à população idosa

Por Polliana Martins

6 de fevereiro de 2025

Por Polliana Martins

6 de fevereiro de 2025


Foto: Willian Rabello

A iniciativa é uma parceria da Saúde Municipal com o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (IPTSP-UFG) e visa promover o envelhecimento saudável e a assistência rotineira e hospitalar adequada

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia, via Secretaria Municipal de Saúde (SMS), está lançando um projeto com o objetivo de desenvolver e estimular políticas públicas direcionadas ao envelhecimento saudável e à proteção das pessoas idosas tratadas em seus domicílios ou institucionalizadas (Internadas ou que passam períodos em instituições de assistência). É o “Fim de Vida e Cuidados Paliativos em Saúde”, trabalho integrado que foi apresentado em reunião no último dia 24 de janeiro, na sede do Instituto, para o secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães.

Na ocasião, o secretário afirmou que o projeto é “de suma importância por tratar do envelhecimento com dignidade e sobre os cuidados necessários no fim da vida humana. As pessoas têm vivido mais, porém, isso não significa que estão vivendo bem ou que estejam sendo acolhidas e protegidas. É urgente e indispensável que a Saúde Pública garanta aos idosos a assistência rotineira e hospitalar de forma adequada, eficiente e acessível. ”

Determinação do prefeito Vilela

Alessandro acrescentou que o cuidado com excelência da população idosa é uma determinação do prefeito Vilela, que quer que a Saúde Pública no município tenha a mesma qualidade ou seja até melhor do que a Saúde Privada. “Com isso em mente, estamos juntos com a UFG para treinar nossos profissionais e desenvolver e aprimorar conhecimentos e pesquisas em prol de políticas públicas, bem como de ações práticas e permanentes para essa população, ”ressaltou ele.

A professora titular no Departamento de Saúde Coletiva do IPTSP, doutora Marta Rovery de Souza, coordenadora do projeto, destacou que a inciativa visa, através de informações, estudos e pesquisas, feitas em unidades de saúde, na população e em instituições de longa permanência (ILP’s), criar um banco de dados para definir uma espécie de “cardápio” amplo de cuidados adequados para os idosos em Aparecida. “Nosso enfoque é na pessoa, e não na doença”, afirmou.

No encontro, foi apresentado ao secretário Alessandro o que já foi feito pela equipe da doutora Marta Rovery, dentre questionários aplicados nas ILP’s e observações in loco realizadas pelos profissionais. Diários de campo foram produzidos nessas visitas, com verificações que vão desde a acessibilidade dos estabelecimentos até o uso de geladeiras exclusivas para medicamentos e como estão sendo guardadas as substâncias psicotrópicas. Agora, a equipe do projeto está analisando o material produzido e preparando mais ações para 2025.

Conforto para os idosos

“Existe uma desinformação muito grande no País sobre as necessidades dos idosos, e muitos nem têm uma família. Precisamos cuidar deles e também informar a sociedade sobre o cuidado paliativo, que não é uma assistência menor, e, para isso, precisamos ver o que o Poder Público pode fazer por essas pessoas. Esse é o olhar do paliativismo, ele trata do ser humano para além da patologia. Não busca a cura, mas o conforto”, reforçou a doutora Marta.

Ela ainda enfatizou que um dado muito importante a ser avaliado minuciosamente é sobre a utilização de medicamentos psicotrópicos no cuidado com os idosos: “Sabemos que há uma associação grande desse uso com uma piora da saúde mental. Então, vamos estudar isso e ver as interações medicamentosas que podem estar acontecendo com muitas pessoas. ”

O envelhecimento no Brasil

No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados em agosto de 2024, o País tem 33 milhões de idosos (Pessoas com mais de sessenta anos) e essa população mais do que duplicou no período entre os anos de 2000 e 2023. Essa realidade cria novas demandas para o Sistema de Saúde, como a necessidade de profissionais especializados e de mais pesquisas e busca de dados sobre os cuidados de fim de vida.

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