Abertura de seminário sobre Educação Bilíngue reúne centenas de pessoas em Aparecida

Por Rafael Freitas

18 de setembro de 2019

Por Rafael Freitas

18 de setembro de 2019


Foto: Wigor Vieira

No primeiro dia do evento, foram debatidos assuntos de inclusão social, políticas públicas para a educação de surdos e metodologias aplicadas

Aparecida de Goiânia sedia, pela primeira vez, encontro com professores, gestores e profissionais de Libras para a discutirem a inclusão social de crianças surdas na rede de educação.  O 3º Seminário Goiano de Educação Bilíngue acontece nos dias 17, 18 e 19 de setembro, no auditório do Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag), localizada no Residencial Solar Central Park, e no Câmpus Aparecida de Goiânia do Instituto Federal de Goiás.

A palestra de abertura teve a presença de professores e estudantes de diversos municípios, inclusive de outros estados. Durante os três dias, haverá palestras, oficinas, troca de experiência, mesas redondas e apresentação de pôsteres realizada pelos alunos da Faculdade de Letras da UFG e do curso de Pedagogia Bilíngue do IFG.  Educação de Surdos, Tecnologias e Metodologias de Ensino Bilíngue, Libras, Formação de Professores e Educação Bilíngue são alguns dos temas do encontro.

Durante abertura do evento, o vice-prefeito Veter Martins destacou o trabalho da Prefeitura de Aparecida em parceria com as instituições de ensino para levar qualidade de vida a pessoa com surdez. “A inclusão social e a educação bilíngue são importantes para a qualidade de vida e rendimento escolar as crianças com surdez. O prefeito Gustavo Mendanha tem dado atenção especial a educação e vamos firmar parcerias para que os professores da nossa rede sejam capacitados e preparados para ensinar bilíngue para as nossas crianças nas escolas”, afirmou.

A secretária de Educação e Cultura, Valéria Pettersen, comentou da importância do seminário para os educadores de Aparecida. “Estamos montando cursos de capacitação aos professores para que possamos oportunizar o ensino-aprendizagem aos nossos alunos com surdez. Essa é uma forma de chamarmos atenção da nossa população e incentivar a formação bilíngue aos nossos professores”. Segundo Valéria, a rede municipal de Educação conta hoje com 40 alunos surdos matriculados e mais de mil apresentam algum tipo de deficiência.

A pró-reitora de Ensino do IFG, Oneida Cristina Gomes Irigon, destacou a importância de o poder público dar atenção à educação de surdos. “O que é mais significativo é essa luta desse processo de inclusão nos anos iniciais de alfabetização. É importante prepararmos nossos professores para uma perspetiva humana, em que este professor esteja preparado para receber alunos surdos nas unidades escolares, e que as escolas estejam cada vez mais preparadas para receber esses alunos”, frisou.

A diretora de Políticas de Educação Bilíngue do Ministério da Educação (MEC), doutora Karin Strobel, palestrante na abertura no evento, ressaltou a eficiência da educação bilíngue para a inclusão de crianças surdas, para que possam seguir com qualidade os estudos até o Ensino Médio e serem incluídas também em todos os demais espaços sociais.

No MEC, Karin diz estar empenhada em diversas ações, entre elas o mapeamento de escolas inclusivas, escolas bilíngues e grupos de surdos no País. “Antigamente muitos surdos não sabiam ler, escrever, e as escolas não eram preparadas para recebe-los. Estamos lutando para que sejam criadas escolas bilíngues para que os surdos possam aprender, interagir com outros surdos. É importante saber que estamos caminhando agora para que isso aconteça”, ressalta a especialista.

Ela conta também que há pesquisas nos Estados Unidos que mostram que a educação bilíngue é perfeita para a o desenvolvimento humano de surdos. “Nossa proposta é que o surdo tenha maior rendimento, com metodologia aplicada e que ele possa se desenvolver. Eu tenho esperança que sejam criadas escolas bilíngues e que a formação dos professores seja capaz de atender os surdos”, destacou.

O encontro é uma realização da Secretaria Municipal de Educação de Aparecida e do Instituto Federal de Goiás (IFG-Campus Aparecida), com apoio da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Prefeitura de Goiânia, da Secretaria Estadual de Educação, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), da Associação dos Surdos de Goiânia e do CAS, entidade especializada na capacitação profissional e no atendimento a pessoa com surdez. 

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