Aparecida chega aos 102 anos com a maior taxa de crescimento de Goiás

Em 12 anos, a economia local cresceu 192%, impulsionada por 108 mil empresas ativas na cidade; maternidade pública recém-inaugurada evidencia investimentos da gestão municipal

Aparecida de Goiânia completa 102 anos de fundação neste sábado (11) comemorando seu crescimento num patamar compatível com o da economia chinesa (marca alcançada por poucos municípios no Brasil). Em 12 anos, de 2010 a 2022, o Produto Interno Bruto de Aparecida aumentou 192%, partindo de R$ 5,8 bilhões para R$ 16,9 bilhões, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Mauro Borges (IMB).

É o PIB que mais cresce em Goiás. A taxa de elevação conquistada por Aparecida (192%) é maior do que a de grandes municípios como a própria capital, Goiânia (106%), e Anápolis (60%), esta última, reconhecida como um dos principais polos farmoquímicos do estado.

Para o prefeito Vilmar Mariano, a realidade vivida hoje em Aparecida é fruto de investimentos feitos pelo poder público e da expansão do setor produtivo na cidade. Num período de 15 anos, o número de empresas ativas no município saltou de 6,4 mil, em 2008, antes da gestão do ex-prefeito Maguito Vilela, para 108 mil em 2024, na administração Vilmar Mariano. O gestor segue as políticas de governo criadas por Maguito e continuadas por seu sucessor, Gustavo Mendanha, que antecedeu Vilmar na administração municipal.

“O poder público de Aparecida e o setor empresarial têm uma parceria de longa data, que se fortaleceu ainda mais nos últimos 16 anos, sendo fomentada por Maguito, nutrida pelo Gustavo e agora, pelo nosso governo. Dentro da lei, buscamos eliminar as burocracias e acelerar os processos para que as empresas tenham condições de operar e expandir suas operações, o que reflete na geração de emprego e renda”, comenta Vilmar.

Umas das maiores cidades do Brasil

A boa desenvoltura de Aparecida na economia, na qualidade de vida e na geração de empregos tem atraído ao município brasileiros de todas as regiões do país, o que reflete no aumento da população. Estatísticas do IBGE apontam que Aparecida tem hoje mais de 500 mil moradores, número que a coloca entre as 40 maiores cidades do Brasil, em termos populacionais. Com exceção das capitais, é o maior município do Centro-Oeste.

Investimentos em infraestrutura

Para suprir as necessidades surgidas com o crescimento populacional, Aparecida executa agora o Programa de Investimentos Aparecida 100 anos. Numa das ações mais recentes da iniciativa, o prefeito Vilmar Mariano assinou em março deste ano um conjunto de ordens de serviço para recapear quase 20 bairros em toda a cidade e realizar mais obras de pavimentação, drenagem e construção de bueiros, além de intervenções voltadas ao meio ambiente, mobilidade urbana e educação. O investimento inicial é de R$ 505 milhões.

“Com este programa, vamos praticamente zerar as ruas sem asfalto e também construir acessos, melhorar a mobilidade, recapear as ruas com malha antiga, construir escolas e Cmeis e mais parques para o lazer de todos”, explica o prefeito Vilmar.

As obras de pavimentação e recapeamento já estão em andamento em setores como Rosa dos Ventos, Jardim das Cascatas, Conde dos Arcos, Vila Delfiore e Jardim Buriti Sereno. Só neste último bairro, são pavimentadas 97 ruas e construídas galerias de águas pluviais e 68 mil metros de meio fio. O investimento do município é de R$ 50 milhões.

Celeiro de bons negócios

Com investimentos da Prefeitura de Aparecida em infraestrutura, saúde, segurança, educação, esportes e lazer e outras áreas estratégicas da administração pública, o município foi assumindo o perfil de cidade empreendedora. É um fator reconhecido, por exemplo, pela Escola Nacional de Administração Pública no ICE, o Índice de Cidades Empreendedoras. Conforme o ICE, Aparecida é a 35ª cidade mais empreendedora do Brasil. Em apenas um ano, de 2022 para 2023, o município saltou do 65º lugar para a 35ª colocação no ranking.

Outro levantamento, desta vez da consultoria Urban System, coloca Aparecida entre as 100 melhores cidades do Brasil para se fazer negócios. Na edição de 2022 do ranking, por exemplo, o município ficou na 20ª posição no quesito mercado imobiliário, revelando um panorama próspero para investimentos, inclusive, de incorporadoras de condomínios de alto padrão, que têm se multiplicado na cidade nos últimos anos.

Novos moradores chegam a Aparecida atraídos pela solidez da economia da cidade. Treze polos industriais, empresariais e logísticos, sendo oito em funcionamento e cinco em implantação, impulsionam o crescimento do município, estimulando a abertura de novas empresas e, consequentemente, mais postos de trabalho.

Estão em funcionamento os polos Dimag, Daiag, Polo Empresarial Goiás, Parque Industrial vice-presidente José Alencar, Polo de Reciclagem, All Park Polo Empresarial, Condomínio Cidade e Global Park. O Polo Aeronáutico Antares e o Distrito Agroindustrial Norberto Teixeira (Dianot) seguem em implantação. E se encontram em fase de projeto o Aparecida Business Log (ABL), Polo de Confecção do Garavelo e o Hub Tecnológico.

O Dianot, mais novo polo com obras lançadas em Aparecida, será construído pelo Governo de Goiás na área que abrigava o antigo prédio prisional do Regime Semiaberto. Atendendo às necessidades de Aparecida e as demandas dos ex-prefeitos Maguito Vilela e Gustavo Mendanha, e do prefeito Vilmar Mariano, o governador Ronaldo Caiado e o vice-governador Daniel Vilela autorizaram neste ano a construção do Dianot. O polo já nasce com a expectativa de criar 30 mil empregos, em quase 400 empresas.

Nova maternidade municipal

Com essa engrenagem de dimensões colossais colocando marcha no desenvolvimento de Aparecida, a gestão municipal tem entregado à população serviços e mais obras de proporções também superlativas. É o caso da recém-inaugurada Maternidade Municipal, denominada Maria da Cruz Gomes Santana. A unidade fica no Garavelo Residencial Park.

Instalada no prédio que sediou o Hospital Garavelo, adquirido pela Prefeitura, a Maternidade já está em funcionamento sob a gestão direta da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). É totalmente pública.

Equipada com investimento de R$ 35 milhões da Prefeitura, a maternidade tem 30 leitos em pleno funcionamento (há previsão de chegar a 60 até o fim do ano, ficando com capacidade para 101). A nova unidade tem, ainda, as primeiras 10 UTI’s neonatais públicas da cidade (destinadas a bebês que sofreram complicações ao nascer, doenças pré-detectadas ou diagnosticadas no parto). Funciona 24 horas por dia, o ano inteiro, oferecendo atendimento emergencial e ambulatorial às gestantes da cidade via Sistema Único de Saúde (SUS).

O governador Ronaldo Caiado acompanhou a inauguração da maternidade no último dia 2 de maio, ao lado do ex-prefeito Gustavo Mendanha. Caiado reconheceu o empenho da gestão do prefeito Vilmar em prover a saúde pública de Aparecida com serviços, equipamentos e profissionais de excelência.

“Este é um momento de aplaudirmos todos que trabalharam para que esse hospital se tornasse público, especialmente o prefeito, permitindo que as pessoas possam nascer com mais conforto em Aparecida. O pertencimento a uma cidade é uma coisa muito forte para todos nós”, declarou Caiado.

Hmap ainda mais equipado

Investimentos em larga escala na saúde dos aparecidenses são vistos também no Hospital Municipal de Aparecida Iris Rezende Machado (Hmap). Considerado um dos 20 melhores hospitais públicos da América Latina, a unidade teve sua estrutura expandida no ano passado, na administração do prefeito Vilmar, com a inauguração da ala de hemodinâmica, destinada ao tratamento de doenças cardiovasculares.

O novo setor do Hmap, que é gerenciado pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, começou a funcionar em julho de 2022, já tendo realizado desde então mais de 1.100 procedimentos. A hemodinâmica do Hospital Municipal de Aparecida recebe também pacientes da rede estadual. No local, são tratados casos eletivos e urgentes tanto do município como da macrorregião estadual Centro-Sul.

A ala de hemodinâmica do Hmap é inédita na rede da saúde municipal. Antes do seu funcionamento, os pacientes de Aparecida infartados ou com problemas circulatórios de veias e artérias aguardavam vagas de internação fora da cidade. Agora, são atendidos no próprio município pela equipe do Albert Einstein. Se não tratadas em tempo oportuno, as doenças cardiovasculares podem causar complicações graves e levar à morte.

Secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães ressalta que, antes da hemodinâmica, “tínhamos que encaminhar um paciente para fora da cidade em casos de infarto e problemas vasculares, mas hoje atendemos dentro do município. Até implantamos uma Linha de Cuidado na qual um paciente, com infarto dentro de uma UPA, tem que estar aqui no HMAP em, no máximo, 120 minutos. Isso para preservar o coração dele, que terá uma qualidade de vida melhor depois de infartado”.

Investimentos no transporte público

Nestes 102 anos de Aparecida, a população pode comemorar ainda o congelamento da tarifa do transporte público em R$ 4,30 desde 2019, o que ocorre graças ao investimento mensal superior a R$ 3 milhões feito pela Prefeitura de Aparecida. Com esses recursos, a gestão municipal colabora também na manutenção e substituição dos abrigos para passageiros e na operação do sistema.

Os abrigos de concreto danificados ou que oferecem riscos ao usuário estão sendo substituídos por estruturas metálicas para garantir maior segurança e comodidade. Outras estruturas metálicas já instaladas estão sendo reformadas. No total, a Prefeitura de Aparecida já investiu mais de R$ 53 milhões para melhorar o transporte coletivo.

Principais fatos da história de Aparecida

A história de Aparecida começou em 11 de maio de 1922. Naquela data, famílias de precursores da cidade rezaram uma missa campal onde foi construída, depois, a capela da padroeira do arraial – atualmente Paróquia e Santuário Nossa Senhora Aparecida.

Entre os vários colaboradores neste momento inicial estão Aristide Frutuoso, Antônio Lourenço Ribeiro, Antônio Alves Fortes, Antônio Bertoldo Ribeiro, Elias Gonçalves Primo, Manuel Cabral da Silva, Joaquim Marques da Silva, Benedito Batista de Toledo e outros.

Em 26 de dezembro de 1958, foi criado o Distrito de Goialândia, reconhecendo esta então pequena comunidade através da Lei n° 1.406. E em 14 de novembro de 1963, através do projeto de Lei nº 784/63, a Assembleia Legislativa de Goiás sancionou a Lei nº 4.927, criando, assim, o município de Aparecida de Goiânia.