Aparecida vistoria ruas e mais de 10 mil imóveis na região do Buriti Sereno

Por Polliana Martins

16 de março de 2023

Por Polliana Martins

16 de março de 2023


Foto: Jhonney Macena

Ampla varredura tem duração de 7 dias e abrange bairros com maior número de casos notificados de dengue. Secretaria de Saúde realiza mutirões regularmente em regiões estratégicas da cidade para prevenir e combater focos do mosquito transmissor

“O combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika é rotina para a Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) e ainda intensificamos os trabalhos com mutirões em áreas estratégicas o ano inteiro para aumentar a proteção e alertar as pessoas”. É o que afirma o secretário de Saúde Alessandro Magalhães referindo-se à força-tarefa iniciada no último dia 11 e que estende até no sábado, 18 de março, abrangendo os bairros Jardim Buriti Sereno I, II, III e IV, Goiânia Park Sul e Jardim Boa Esperança I. Até o momento, neste ano, 4.352 casos de dengue foram notificados no município.  

Destinação sustentável: Carcaças de pneus descartadas incorretamente são encaminhadas para a reciclagem

A superintendente de Vigilância em Saúde, Daniela Fabiana Ribeiro, informa que a mobilização é detalhadamente planejada e envolve mais de 65 profissionais, seja vasculhando as ruas a pé ou com o uso de 5 veículos utilitários e 12 motocicletas. “Nossa Vigilância Ambiental está fazendo visitas domiciliares, ações educativas e recolhendo pneus descartados incorretamente das 8h às 16h. Esse esforço concentrado conta com o apoio de moradores e comerciantes socialmente responsáveis, gente que têm consciência do risco das doenças e quer contribuir para uma cidade melhor para todos”, enfatiza a gestora.

Em Aparecida, o enfrentamento ao Aedes aegypti é intensificado regularmente na estiagem e no período chuvoso

Atuando para evitar o surgimento e destruir criadouros já existentes do mosquito Aedes aegypti, as equipes da SMS também fazem a destinação sustentável das carcaças de pneus descartadas ou armazenadas incorretamente nas borracharias, oficinas, vias públicas, praças e lotes baldios. O material é encaminhado para a empresa Reverso Reciclagem de Pneus Ltda.  

População, a grande aliada   

A coordenadora de Vigilância Ambiental, Deizy Clébia Fernandes Gomes, ressalta que “orientamos as pessoas para ficarem vigilantes com seus imóveis, verificando se há água acumulada até mesmo em casquinhas de ovos jogadas ao ar livre. A população é nossa grande aliada nesse enfrentamento permanente, que, se não for levado a sério por todos, não é suficientemente eficaz. Sozinho, o Poder Público não consegue combater o Aedes”. Ela conta que, até nesta quinta-feira, 16 de março, do total de imóveis visitados, “79,5% foram trabalhados, 20,45% estavam fechados e foram encontrados focos em 2,15%. O trabalho segue intenso e temos coletado mais de mil carcaças de pneus todo dia. Não é exagero dizer que, rodando pelos bairros, a cada 600 metros encontramos algum pneu jogado fora incorretamente”.

Agente de combate a endemias vistoria quintal de residência eliminando depósitos de água que podem se tornar focos do mosquito

Deizy Clébia complementa que “os moradores e comerciantes podem colaborar conosco também ligando no 3545-4819 solicitando visitas dos agentes em imóveis ou terrenos. ” Ela também frisa que a população deve cuidar das residências e estabelecimentos tirando pelo menos 15 minutos por semana para verificar se não há água acumulada em vasos de plantas, garrafas, troncos de árvores, latas, calhas e pneus, dentre outros materiais e locais. Fossas e caixas d’água devem estar devidamente tampadas.  

Serviço indispensável

Na manhã desta quinta-feira, 16, Ocimar Rodrigues, proprietário há 7 anos da Borracharia Universal no setor Boa Esperança, recebeu os agentes de combate a endemias com elogios à iniciativa: “Essa coleta de pneus é muito boa também para nós, borracheiros. Não pode acabar. Aqui estão sempre recolhendo, não deixam acumular. Isso é indispensável, principalmente agora que está chovendo demais e muita gente pode adoecer de dengue. Na minha oficina eu guardo os pneus descartados sabendo que virão buscar, é uma segurança a mais. ”

Ocimar Rodrigues, proprietário de uma borracharia: Trabalho de coleta de pneus é indispensável para a cidade

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