Avaliação é de que é preciso reforçar o controle das medidas de prevenção à Covid-19
Reunindo 35% da população de Goiás, as cidades de Aparecida, Goiânia e Anápolis avaliam que é preciso intensificar a fiscalização das medidas de proteção contra o novo coronavírus nos comércios e nos espaços públicos para manter sob controle o combate à Covid-19. A medida foi discutida nesta segunda-feira (04) em videoconferência de autoridades das três cidades e do Estado.
Representando o governador Ronaldo Caiado, o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, ouviu do secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães, um resumo das ações executadas pelo município para prevenção e enfrentamento ao coronavírus. No contexto do aumento na fiscalização, que é recomendado por Caiado, Alessandro (que preside o Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao novo Coronavírus) pontuou que Aparecida tem hoje 400 servidores monitorando a reabertura responsável do comércio.
Mesmo depois da retomada de 84% das atividades comerciais, autorizada pelo Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao novo Coronavírus, Aparecida mantém uma taxa de isolamento social acima da média estadual. Na última quinta-feira (30/4), o grau de isolamento na cidade ficou em 41,7%, ante os 36% que a Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (Sedi) calculou na média de Goiás.
“Nós avançamos com muito critério e responsabilidade”, comentou Alessandro. Ele destacou, entre as medidas adotadas pelo município, a convocação de 700 profissionais da área de saúde, a abertura de 90 novos leitos para tratamento da Covid-19 no Hospital Municipal de Aparecida (Hmap), a compra de 20 respiradores para leitos também do Hmap e a aquisição de 60 termômetros de tecnologia infravermelho.
O secretário lembrou ainda a contratação de 13 leitos de UTI na rede privada para tratar usuários do SUS na cidade com diagnóstico de coronavírus e a aquisição de equipamentos de proteção individual para as equipes médicas. Dos 62 casos confirmados na cidade, 38 deles são de profissionais da saúde, sendo 18, de funcionários do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) testados em Aparecida.
Nas últimas semanas, a Prefeitura de Aparecida aumentou a capacidade de testagem da Covid-19. De 15 testes semanais, a Secretaria Municipal de Saúde passou a fazer 300 exames a cada semana. O município chegou a testar 205 pessoas num só dia.
O secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, elogiou os cuidados que a Prefeitura de Aparecida tomou ao referendar a decisão de reabrir parte do comércio. Ele pediu ajuda de Aparecida, Goiânia e Anápolis para não autorizar, neste momento, a reabertura de nenhum outro segmento que está aberto atualmente. “Todas as três [cidades] foram muito felizes nas ações feitas até agora”, disse Ismael.
Ismael Alexandrino justificou o pedido aos municípios em virtude da queda vertiginosa no nível de isolamento social no estado, considerada a melhor alternativa para controle da curva de contágios. No último dia 30 de abril, esse índice em Goiás chegou a 31%, quase igual à média de uma situação normal, sem medidas restritivas, onde o isolamento social varia de 20% a 30%, conforme explicou o titular da Sedi, Adriano Rocha Lima.
Também participaram da videoconferência o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira; o presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO), Joaquim de Castro Neto; o procurador-geral do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Aylton Vechi; o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO); Celmar Rech; o defensor público-geral de Goiás, Domilson Rabelo; o 1º sub-defensor geral, Tiago Gregório.
Chefe do MP-GO, Aylton Vechi avaliou a decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu a autonomia dos estados e municípios para tomar providências relacionadas ao enfrentamento do coronavírus. Para ele, o ato do Supremo “não foi bem entendido” pela maioria dos municípios. Mas na avaliação dele, Aparecida e Goiânia souberam respeitar os limites de sua autonomia.
O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, ressaltou que a gestão da capital criou uma comissão de fiscalização para garantir, na cidade, o cumprimento das medidas impostas pelo decreto do governo estadual. E lembrou da decisão de escalonar os horários de entrada e saída dos funcionários do comércio e indústria em Goiânia. “Com essas medidas, nós conseguimos manter um controle razoável da crise do coronavírus”, acrescentou Iris.
Prefeito de Anápolis, Roberto Naves lembrou que o município implementou um telefone de atendimento “Disk corona”, para sanar dúvidas da população, e ainda criou um hospital com 30 leitos UTIs e 100 leitos de internação, ao qual, segundo ele, é custeado com recursos próprios do município. Ele ponderou que a crise da Covid-19 é uma fase de exceção e, portanto, “temos que aprender a conviver com a epidemia”.
Roberto Naves pediu prudência aos demais prefeitos de Goiás no tocante às medidas de relaxamento do isolamento social. Para ele, a volta à normalidade no interior deve ser antecedida de estudos técnicos da capacidade do município de tratar seus pacientes diagnosticados com coronavírus, assim como foi feito em Aparecida, Goiânia e Anápolis.
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