Com foco no lema “Se precisar, peça ajuda! ”, profissionais do CAPSi Alegria reuniram mais de 60 pessoas numa manhã de conversas e práticas para viver melhor
Profissionais do Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (CAPSi Alegria), da Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS), realizaram, na manhã desta quinta-feira, 21, o Dia D do Setembro Amarelo, movimento de sensibilização sobre a prevenção do suicídio. A programação foi realizada no Clube do SindSaúde, no Jardim Santo Antônio, com práticas integrativas e complementares em parceria com o Centro Estadual de Referência em Medicina Integrativa e Complementar (Cremic).
A mobilização reuniu mais de 60 pessoas de todas as idades, sendo usuários do CAPSi e seus responsáveis e familiares, além de 25 profissionais da psicologia, fisioterapia, assistência social e enfermagem, dentre outros. Os participantes assistiram a uma palestra sobre a valorização da vida e participaram de práticas integrativas e complementares que trabalham corpo e mente com foco no equilíbrio e na harmonia. As práticas são estratégias já consolidadas no Sistema Único de Saúde (SUS) como dança circular, reiki, barras de access e auricoloterapia.
Cuidados ao ar livre
No quiosque central, onde foram realizados o acolhimento e as palestras, também houve a distribuição do composto homeopático produzido pelo CREMIC que reforça as defesas do organismo contra a dengue, o zika vírus e a chikungunya. A poucos metros do local, sob a sombra das árvores, pessoas fizeram práticas corporais como danças circulares, bem como praticaram meditação, aprenderam técnicas de automassagem e conversaram em grupos dividindo experiências de vida.
Integração positiva
A diretora do CAPSi Alegria, Christiane Branquinho, ressaltou que esse tipo de evento é muito positivo para os usuários, seus familiares e também para os profissionais que os assistem.
“São encontros que têm a adesão da comunidade e trazem resultados favoráveis. Essas práticas integrativas e complementares não substituem os tratamentos convencionais médicos, nem a Psiquiatria, a Psicologia e as terapias com medicamentos, mas são ferramentas terapêuticas que podem ser adotadas por crianças e adultos e promovem benefícios comprovados como uma melhor integração social, a recuperação de movimentos e o alívio de angústias”, afirmou.
A profissional ainda destacou que, no CAPSi Alegria, “trabalhamos com a valorização da vida e por isso fazemos, rotineiramente, eventos para nossos usuários para tirar algumas horas para o autocuidado, para que entendam que a saúde mental precisa ser tratada para o nosso bem-estar”.
Vidas transformadas
O pequeno Gabriel, de 8 anos, que estava acompanhado pela irmã Maria e pelos pais, José e Tamires, participou das atividade de alongamentos. Há três anos ele é assistido pela equipe do CAPSi e disse que ficou “mais alegre e conversador” depois que iniciou o acompanhamento devido ao autismo.
José relatou que o garotinho morava com os avós e só aceitou morar com os pais depois de começar a frequentar o CAPSi. “Hoje ele gosta de ficar com a gente e estamos mais unidos e tranquilos. Nunca faltamos a esses eventos, como o de hoje, nossos filhos se divertem e nós aproveitamos bastante”.
Já as irmãs Giovana, de 10 anos, e Emily, 15, também em tratamento no CAPSi há dois anos, estavam acompanhadas pela mãe Priscila, que lembrou dos avanços obtidos pelas filhas graças ao acompanhamento psicossocial.
“Giovana já entende que deve tomar a medicação e segue direitinho as explicações. Emily está mais confiante, observadora, me ajuda no dia-a-dia a cuidar da irmã e tem interesse no tratamento, afirmou. ”Durante o relato da mãe, as duas estavam muito atentas à palestra. Ao fim, Emily afirmou que esses encontros “distraem e relaxam a gente” e ainda enfatizou, com expressão séria: “Divertir é tão importante quanto estudar. As duas coisas ajudam a gente a ser mais feliz. ”
Como conseguir atendimento no CAPSi
O CAPSi Alegria faz o acolhimento inicial na rede da SMS sem necessidade de encaminhamento. A unidade é localizada na Rua 29, quadra 85 A, lote 13, na Vila Nova Brasília, e atende crianças e adolescentes (0 a 17 anos e 11 meses) com transtornos mentais como autismo, psicoses, ideação suicida, depressão, automutilação e alterações de comportamento. Funciona de segunda à sexta das 7h às 19h e as pessoas podem, pelo número 3545-7006, receber orientações e saber quais documentos devem ser levados para marcar uma avaliação.
Rua Gervásio Pinheiro, APM Residencial Solar Central Park
CEP: 74.968-500
Telefone: (62) 3545-5800 / (62) 3545-5801
Horário de Funcionamento: 08h as 11h30 - 13h as 17h30
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação
Diretoria deTecnologia da Informação (DTI)