Na última sexta-feira (13) a equipe do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS Infantil) celebrou mais um Dia da Família. A festa aconteceu no clube do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO) e reuniu crianças, pais, familiares e toda a equipe da rede de atendimento às crianças com transtornos mentais que atuam no município de Aparecida. A festa acontece todos os anos e é uma forma de incentivar o convívio entre as crianças atendidas e aqueles que atuam em sua base familiar, bem como com os profissionais da rede de acolhimento. “Nós não comemoramos nem o Dia das Mães e nem o Dia dos Pais, mas o Dia da Família. Porque hoje a configuração familiar é muito diferente e as crianças muitas vezes são cuidadas por uma avó, ou só por um pai, mãe ou um tio. Então uma vez por ano nós fazemos essa comemoração” – explica Carolina Sartori, coordenadora de Saúde Mental do município.
O evento contou com cerca de 250 participantes, entre crianças e familiares. O espaço de lazer propiciou um dia de muita diversão e entretenimento a todos. “Quando meu menino começou o tratamento no CAPS, ele não tinha muita amizade. Agora ele tem vários amigos. Todas as quartas-feiras, que é o dia de ir, já espera com ansiedade e hoje eu já nem sou mais chamada na escola com frequência. O CAPS é uma grande ajuda. É muito importante na minha vida e na vida da minha família – explica a mãe de uma das crianças atendidas pela rede de Saúde Mental do município, Eliquenia Fernandes dos Santos. Para a jovem Maria Eduarda, de 14 anos, o apoio da equipe multidisciplinar do CAPS tem feito toda a diferença em sua vontade de viver. “Estou fazendo tratamento no CAPS desde outubro de 2018 e eu melhorei muito graças a toda equipe. Se não fosse por eles eu nem viva estava. Eu já teria me matado. Eu já tentei suicídio de todas as maneiras possíveis e graças a eles eu estou viva” – agradece.
“Tá sendo maravilhoso esse momento aqui. Isso é muito importante para nós e para nossos filhos, estarmos todos reunidos aqui” – conta Sara Rodrigues dos Santos Silva,que é mãe de uma das crianças atendidas. “Para mim e para minha filha foi fundamental essa ajuda. Antes ela não conseguia falar, tinha a fala pouco desenvolvida. Depois do CAPS, aprendeu a falar e conversar muito bem. Hoje consegue se expressar e explicar as coisas e todos temos muito mais qualidade de vida por conta disso” – explica outra mãe, Keli Araújo. Sartori lembra que a festa promove a interação entre as famílias e todos que atuam na rede de proteção. “O evento contou com grande cooperação de todos. Uma mãe doou o bolo, outra ajudou na organização e outra conseguiu a doação de refrigerantes. Essa é uma festa do amor, que é realizada com o empenho e a ajuda de todos. Parta nós, é muito gratificante para nós vermos a diferença na vida dessas crianças que sem nós estariam vivendo com muito mais dificuldade” – completa.
Neide Branquinho, que é diretora do CAPS Infantil, explica que as crianças atendidas sempre apresentam melhora a cada dia. “São meninos que tentaram suicídio não apenas uma veze hoje já não pensam nisso. Elas estão voltando para a escola e ao convívio com outras crianças. Por isso momento de união como o Dia da Família são tão terapêuticos. E não apenas para elas, mas para todos nós. Quase todos os dias chegam adolescentes com tentativa de autoextermínio em nossas unidades. Nós orientamos a todos os que aqueles que apresentam sintomas da depressão que procurem ajuda, que tentem conversar com alguém. Caso não consigam, que procurem uma unidade mais próxima. Se for criança ou adolescente, procurem o CAPS Infantil. Nós fazemos um atendimento de porta aberta. Não deixe passar porque o momento da depressão é justamente o momento em que não se pode deixar que aconteça algo pior”.
A depressão
O Ministério da Saúde descreve a depressão como uma doença que afeta o nosso emocional e que se manifesta sob a forma de tristeza profunda, falta de apetite, de ânimo, pessimismo e baixa auto-estima. Esses sintomas aparecem com frequência e geralmente combinam-se entre si. O acompanhamento médico é imprescindível tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento. Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o “Mal do Século”, a depressão pode provocar no indivíduo a ausência de prazer em coisas que antes faziam bem e também grande oscilação de humor e de pensamentos que podem culminar em comportamentos e atos suicidas. “Cada caso requer um tipo adequado de tratamento, que pode ser realizado com auxílio médico profissional, psicólogos, psicoterapeutas e também medicamentos. Em qualquer uma das formas o apoio da família é fundamental” – pontua Carolina Sartori.
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