Reunião realizada em Brasília abordou temas que podem contribuir com o desenvolvimento socioeconômico do país. Utilização de novas tecnologias na gestão governamental também foi discutida
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, participou nesta quinta-feira, 24, da 50ª Reunião do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo (MBC), em Brasília. Formado por empresários, executivos, membros da sociedade organizada e representantes de governos municipais, estaduais e federal, o movimento trabalha pela competitividade no país de forma sustentável, debatendo soluções conjuntas que possam resultar em boas práticas na gestão pública, em investimentos na economia digital e na redução do custo Brasil, elevando a qualidade de vida da população.
Entre os principais assuntos abordados durante o encontro, os 100 dias de gestão do presidente Bolsonaro e a assinatura de um protocolo de intenções entre o MBC e o governo federal para implantação do Programa Mais Gestão ganharam destaque na reunião. Ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, respondeu questionamentos sobre ações que têm como objetivo incentivar o crescimento dos estados e municípios, dando maior autonomia para os gestores realizarem investimentos de acordo com a realidade e necessidade local.
Conhecedor da dificuldade que prefeitos de todo país enfrentam no dia a dia, Gustavo Mendanha pontuou que a divisão desigual dos recursos entre prefeituras, estados e a União dificulta a administração de milhares de prefeituras e diversos estados brasileiros. “Solicitamos que o senhor e o ministro Paulo Guedes (economia) possam falar com o presidente Bolsonaro sobre essas desigualdades, aonde os municípios têm assumido responsabilidades que são dos estados. Pedimos que o governo federal avance nessa reforma que é tão importante”, apontou Gustavo ao ministro.
Ao responder o prefeito Gustavo, o ministro exemplificou a atual situação da distribuição de recursos entre os três níveis de governo. Segundo ele, o Planalto estuda uma reforma para agilizar o repasse dos recursos, diminuindo a burocracia e aumentando a independência de prefeitos e governados sobre seus respectivos orçamentos.
“Lá em Aparecida, por exemplo, a cada R$ 100, 00 arrecadados, R$ 26,00 vão para o governo estadual, R$ 64,00 vêm para Brasília e apenas R$ 13,00 ficam para investimentos na cidade. É claro que precisamos mudar isso. Estamos trabalhando pela da ampliação dos repasses para os próximos anos. O recurso tem que ser transferido diretamente, o senhor é quem tem que fazer as obras, licitar, ver quem é mais competente para executar. Quando falamos em trazer o Pacto Federativo de volta já começamos com aquele conceito que o Paulo Guedes trouxe, que não tem nada ver com Brasília, mas tem tudo a ver com simbolismo que é o menos Brasília e mais Brasil”, pontuou Lorenzoni ao responder o questionamento do prefeito Gustavo Mendanha.
Segundo o presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo, Jorge Gerdau, a união de esforços entre o setor produtivo e o governo somada a utilização de novos recursos tecnológicos contribuem para o desenvolvimento socioeconômico do país. De acordo com o empresário, o cenário econômico favorece essa aproximação entre governo, classe empresaria e sociedade.
“Precisamos debater e ajudar na economia digital, em governança e gestão. Tem uma frase que diz que quem não acompanha a tecnologia morre. É isso. A importância e o diálogo do MBC nas áreas técnicas dos governos está num bom momento, porque estamos com oportunidades para contribuir seja na área empresarial ou na área social”, pontuou.
MBC
Desde 2001, o Movimento Brasil Competitivo trabalha para aproximar os setores público e privado, investindo na cultura de governança, promovendo gestão de excelência com o objetivo de ampliar a competitividade nacional, aumentando a capacidade de investimento dos estados com foco na melhoria dos serviços públicos essenciais oferecidos aos brasileiros. Segundo os líderes do MBC, uma das metas do movimento é transformar o Brasil em um dos 30 países mais competitivos do mundo até 2030.
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