Índice de transmissão da Covid em Aparecida diminui e marca 0,88

Por Rafael Freitas

17 de abril de 2021

Por Rafael Freitas

17 de abril de 2021


Foto: Claudivino Antunes

Conforme parâmetros do Imperial College de Londres, o índice indica uma tendência de desaceleração da doença no município

Em reunião na tarde desta sexta-feira, 16, o Comitê de Prevenção e Enfrentamento a Covid-19 de Aparecida de Goiânia avaliou criteriosamente o quadro epidemiológico do município, com base na matriz de risco elaborada pelo Ministério da Saúde. A partir de análise técnica é que decisões estratégicas são tomadas semanalmente no sentido de impedir o avanço da pandemia do novo coronavírus.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) indicam uma tendência de recuo da epidemia de Covid-19 no município. O R, que indica a capacidade de transmissão de um patógeno, está atualmente em 0,88, menor que o da Capital. O índice é um dos oito indicadores adotados pelo órgão de saúde para avaliar a evolução da epidemia na cidade. Isso significa que cada 100 pessoas com a doença podem contaminar outras 88, o que indica uma tendência de desaceleração da doença no município conforme parâmetros do Imperial College de Londres.

O secretário municipal de Saúde, Alessandro Magalhães, que também preside o Comitê, afirma que o indicador R em Aparecida é calculado com base na testagem. O município realiza cerca de 1,5 mil testes diariamente, por agendamento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou postos drive-thru e atingiu 250 mil testes nesta última semana, quase um ano depois de adotar a testagem em massa, uma das matrizes da Organização Mundial de Saúde.

Aparecida de Goiânia segue no cenário amarelo de risco moderado e próximo ao cenário verde. Desde o dia 15 de março, o modelo de isolamento social intermitente por escalonamento regional. Neste cenário duas macrozonas do município, que foi divido em 10, fecham um dia da semana de segunda a sexta-feira e a cidade inteira fecha aos domingos. “Se a população continuar seguindo as regras, nas próximas semanas poderemos voltar para o cenário verde de risco baixo”, comentou o secretário.

Segundo Alessandro, a cidade já vê efeitos nos hospitais. “Percebemos uma queda no número de óbitos e notamos também uma menor pressão sobre a nossa rede de saúde. Isso demonstra que o nosso trabalho, o tratamento dos contaminados, a testagem em massa e o isolamento social têm dado resultado”, afirmou.

Na ocasião, o comitê também discutiu pautas apresentadas por segmentos econômicos que ainda estão com atividades econômicas suspensas ou restritas no município. Desde o início da pandemia em 2020, o cenário econômico e epidemiológico de Aparecida é avaliado criteriosamente com representantes da sociedade civil. “O diálogo com o Terceiro Setor sempre foi importante. O escalonamento regional tem 98% de adesão graças ao bom diálogo que temos estabelecido com todos aqueles que movimentam a economia da cidade”, afirmou Alessandro Magalhães.

Distribuição de vacinas

Em relação ao recebimento das vacinas COVID-19 conforme o índice populacional informado pelo Ministério da Saúde, o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), por meio da 4ª Promotoria de Aparecida de Goiânia, requisitou à Superintendência de Vigilância em Saúde de Goiás (Suvisa-GO) – responsável pelo repasse das doses – documentos que comprovem o modo de cálculo para a distribuição das vacinas entre os municípios considerando a divisão de grupos prioritários.

Além disso, informar se a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) utilizou-se de critério divergente do estabelecido no Plano Nacional de Imunização (PNI) ou, ainda, tenha expedido normas complementares ou tenha se valido de interpretação para as quais não tenha havido concordância prévia do Ministério da Saúde. “É preciso avaliar o critério de cálculo e a forma de distribuição de doses para cada município, bem como quais questões estão sendo consideradas. Por isso as informações estão sendo requisitadas por ofício”, afirmou o promotor de Justiça Reuder Cavalcante.

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