Segundo a equipe multidisciplinar do HMAP, responsável pelo atendimento aos manauaras, Maria de Fatima faz parte do grupo de 14 pessoas que no último dia 18 de janeiro vieram da capital amazonense. Eles foram transferidos para ser tratados contra a Covid-19 em Goiás por causa do colapso da rede hospitalar em Manaus.
Os profissionais do HMAP informam que, durante o tratamento, Maria de Fátima não precisou ser transferida para a UTI mas enfrentou severo comprometimento pulmonar. Agora, já curada, ela foi para uma casa de apoio em Goiânia com custos bancados pelo governo de Goiás até o dia de retornar a Manaus. A ida dela para a capital amazonense está prevista para a manhã deste domingo, 31, junto com outros pacientes manauaras que tiveram alta do Hospital das Clínicas da UFG (HCUFG).
Alerta para a população
As altas dos amazonenses foram anunciadas no início da semana pelo prefeito Gustavo Mendanha, que comemorou a cura dos pacientes, lamentou as vidas perdidas por causa da Covid-19 e destacou que “a pandemia não acabou, a população precisa manter o distanciamento social e os cuidados preventivos, como a higienização das mãos e o uso de máscaras sempre que estiver na rua ou com outras pessoas.”
Futuras altas médicas
Quanto a futuras altas, o secretário de Saúde Alessandro Magalhães esclarece que, agora, do grupo de Manaus, ainda há 5 pacientes no HMAP: “Estamos com 3 pessoas na UTI, 2 em ventilação mecânica e uma em respiração espontânea usando máscara facial com ventilação não invasiva. Já na enfermaria estamos com 2 pacientes com uso de oxigênio em baixa dose. Aguardamos mais altas para os próximos dias e os profissionais estão empenhamos em oferecer a melhor atenção possível para os pacientes.”
Vidas perdidas
Segundo a equipe do HMAP, houve, até momento, 4 óbitos dentre os pacientes vindos de Manaus. O primeiro foi na tarde de segunda-feira, 25 de janeiro: uma mulher de 58 anos que apresentou piora do quadro clínico e faleceu em menos de 12 horas após o agravamento. O segundo foi às 7h36 desta terça-feira, 26 de janeiro: um homem de 46 anos que estava na UTI. O terceiro ocorreu às 23h16, também nesta terça: uma mulher de 57 anos que estava na UTI desde que chegou ao HMAP. O quarto foi um homem de 58 anos falecido às 2h50 desta sexta-feira, 29 de janeiro.
Equipe de excelência
No HMAP, segundo informações da gerente administrativa e financeira do Núcleo Interno de Regulação (NIR), Lorena Nunes Mota, todos os pacientes com COVID-19 são tratados pela equipe multidisciplinar, gerenciada pela fisioterapeuta Eliene Rosa da Silva, juntamente com as equipes médica e de enfermagem. Os vindos de Manaus têm uma equipe exclusiva para atendê-los separadamente dos pacientes locais.
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