A estratégia aperfeiçoou os cuidados materno-infantis e a atenção aos cânceres de mama, próstata e colo de útero com a ampliação de exames e consultas e o acompanhamento dos tratamentos
A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia (SMS) apresentou, na manhã desta quarta-feira, 11 de agosto, na Cidade Administrativa, os resultados positivos dos projetos de assistência oncológica e materna-infantil pioneiros em Goiás e realizado no município desde agosto de 2020 com a supervisão do Hospital Sírio-Libanês.
Os trabalhos foram direcionados para as gestantes e seus bebês e para a atenção aos cânceres de mama, próstata e colo de útero, considerados dominantes no Brasil segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), e aprimoraram a assistência nas áreas contempladas com mais e melhores serviços.
Gestores da SMS apresentaram para o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães, e para os representantes do Sírio Libanês, os resultados obtidos, as experiências e os conhecimentos adquiridos que resultaram em métodos e ferramentas que estruturaram a Atenção Primária com mais qualidade, agilidade e segurança para profissionais e pacientes nas áreas propostas.
“Fiquei satisfeito com os avanços obtidos para a população, com o mapeamento dos entraves da rede e com os dados obtidos sobre a saúde dos moradores da cidade. Nossa equipe envolvida já era muito qualificada e agora está preparada para ir além do projeto, aprimorando o que já foi feito e estendendo as melhorias para outros setores da SMS”, declarou Alessandro.
As atividades dos projetos consistiram em análises e planejamentos específicos, bem como a capacitação de todos os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e da maternidade Marlene Teixeira (MMT) para acolher os pacientes, examiná-los e dar o devido encaminhamento para cada caso. Também foi ampliado o acesso aos exames preventivos e diagnósticos, bem como às consultas médicas e de enfermagem nas UBS’s.
“Na assistência materna-infantil, buscamos proteger as mães e os bebês desde o planejamento familiar até os primeiros meses após o nascimento. Já na área oncológica visamos diagnosticar o câncer o mais cedo possível, no início, e, com isso, salvar vidas e proporcionar tratamentos mais seguros e menos desgastantes para as pessoas”, explicou o secretário.
A diretora de Urgência, Emergência e Atenção Especializada da SMS, Amanda Melo, destacou o “diagnóstico amplo da rede e da assistência prestada feito com a equipe de gestão que acompanhou o projeto. A partir daí tivemos vários desdobramentos e estudos para que conseguíssemos enxergar nossa realidade e construir ações respaldadas por indicadores seguros. Hoje fechamos esse ciclo já com muitos encaminhamentos para esse ano e o próximo. Vamos dar continuidade e melhorar cada vez mais nossos trabalhos nessas duas vertentes propostas.”
Nesse sentido, o superintendente de Regulação, Avaliação e Controle, Luciano de Moura, ressaltou que, na área oncológica, o objetivo primordial era o de rastrear os pacientes em todos os locais pelos quais eles passam no período do atendimento, desde a atenção básica, o cadastramento, com a priorização da agenda de consultas e exames.
“Queremos oferecer atendimentos com qualidade e quantidade suficientes para quem precisa. Nas consultas especializadas também estamos organizando equipes multiprofissionais para tratar os pacientes não apenas contra o câncer, mas em tudo o que for necessário, integralmente”, garante o superintendente.
Luciano acrescenta que, quando o projeto com o Sírio Libanês foi iniciado, a busca por mais dados e indicadores para otimizar os recursos e a estrutura da rede anteciparam uma proposta atual do Ministério da Saúde (MS) que visa, “com a nova política de remuneração da Atenção Primária, priorizar essas linhas de cuidado materno-infantil e oncológica. ”
A chefe de Ciclos de Vida, Amanda Faria, disse que, na rede materna-infantil, o trabalho com a consultoria do HSL ajudou a planejar ações mais eficazes em resposta às necessidades da população. “Focamos no pré-natal, no parto, no acompanhamento da puérpera e do recém-nascido e no planejamento reprodutivo e familiar. Para o ano que vem, planejamos criar um telemonitoramento para a rede materna infantil semelhante ao que já temos na assistência oncológica. E mais: os médicos que estão nas UBS’s ou nos ambulatórios também terão suporte de oncologistas e obstetras para ajudar nos cuidados com os pacientes.”
Já a diretora de Regulação Bruna de Castro lembrou que o projeto permitiu a obtenção de dados e indicadores específicos para um acompanhamento periódico que facilita o acesso da população aos exames, “Podemos ver quantos dias um paciente espera para agendar uma consulta ou conseguir um exame e agimos para reduzir esse tempo, bem como verificamos quantas pessoas agendam exames e não vão fazê-los. Dessa maneira, podemos propor ações para incentivar os pacientes a fazer exames, como a mamografia, por exemplo, essencial para o rastreamento do câncer de mama. ”
Quanto ao monitoramento por telemedicina para pacientes oncológicos, Bruna afirmou que a iniciativa, implantada no fim do ano passado e feita por uma equipe da Regulação da SMS, tem funcionado muito bem: “Uma médica acompanha, por telefone, a pessoa com câncer que às vezes até vai para um hospital de outro município para fazer consultas e cirurgias. O paciente não fica “perdido” na rede, identificamos onde ele está e se tem alguma pendência, então resolvemos e aprimoramos os cuidados prestados. ”
A parceria
O projeto encerrado agora, dentro do prazo estabelecido, é fruto do convênio firmado em 12 de julho de 2019 entre a Prefeitura de Aparecida de Goiânia com o Hospital Sírio-Libanês (HSL), instituição considerada um centro de referência mundial em Saúde. A parceria, que implantou o programa “Gestão por Resultados” na SMS, voltou seu foco no ano passado para as assistências oncológica e materna-infantil.
Durante a apresentação dos resultados, os dois consultores do Sírio Libanês que acompanharam as atividades da parceria em Aparecida, Núbia Viana e Gilberto Scarazatti, elogiaram a dedicação e o preparo técnico da equipe da SMS.
Os dois enfatizaram que, mesmo sob as restrições impostas pela pandemia, o monitoramento e a troca de experiências foram realizados toda semana minuciosamente. Segundo eles, a Saúde de Aparecida está no rumo certo por investir em conhecimento científico e tecnologia, bem como na humanização e na eficiência dos serviços prestados à população.
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