Aparecida de Goiânia, 01 de outubro de 2013 – A Prefeitura de Aparecida, por meio Diretoria de Epidemiologia e Saúde Ambiental e Vigilância Sanitária, está realizando nesta quinta-feira (03) mais uma ação integrada contra a dengue, desta vez no setor Madre Germana I e II. A previsão é de que mais de 2.400 imóveis sejam visitados por fiscais da Prefeitura, que farão manejo ambiental; inspeção das caixas d´água; cisternas e fossas abertas ou mal tampadas e limpeza dos terrenos baldios. A ação se estenderá até amanhã, dia 4 (sexta-feira).
Oitenta profissionais das secretarias de Saúde (SMS), Meio Ambinte (Semma), Desenvolvimento Urbana, Regulação Urbana e Infraestrutura estão trabalhando contra a proliferação do mosquito transmissor da dengue. O trabalho foi intensificado com o início do período chuvoso e inclui a remoção de lixo e entulhos com a utilização de caminhões caçambas e pás mecânicas, recolhimento de pneus, além de ações educativas. A Prefeitura conta com a colaboração e o envolvimento das escolas, associação de moradores e lideranças religiosas dos bairros para conscientizar à população.
Durante a ação no Madre Germana I e II, o proprietário de um ferro velho, Vantuil José do Carmo, foi notificado e teve o imóvel interditado por fiscais ambientais e da vigilância sanitária. No local havia grande quantidade de restos de móveis, portas velhas, eletrodomésticos, sacos plásticos, pneus, entre outros. Ciente dos perigos que o ferro velho oferece à população, Vantuil José do Carmo contou que faz a prevenção como pode. “A ação é boa, reconheço a importância da fiscalização, mas é que no período de seca não tive condições financeiras de terminar a cobertura do galpão”, explicou.
Vantuil tem outro depósito em casa, mas este é coberto e está dentro das normas exigidas pela Prefeitura. Ele terá um prazo de três dias para comparecer à Semma e solicitar a desinterdição e para dar o destino correto aos materiais que estão no imóvel. Caso contrário, será autuado e multado dentro das leis municipais. O valor da multa varia de R$ 414 à R$ 800, podendo aumentar em casos de denúncias mais graves.
PNEUS RECOLHIDOS
O recolhimento de pneus também é destaque nas operações de combate à dengue. Na última ação integrada, em julho deste ano, foram recolhidos aproximadamente 17 mil pneus. De acordo com a SMS cerca de 2 mil pneus são recolhidos por turno cada vez que a Prefeitura se mobiliza. Os pneus são encaminhados para a empresa Reciclanip, onde são triturados e reutilizados de diversas formas.
A conscientização da população quanto à importância da prevenção ainda é um dos principais desafios do trabalho de combate à dengue. “Os municípios tem suas responsabilidades, mas sem a colaboração dos moradores a doença continuará se espalhando. A quantidade de lixo que recolhemos é um exemplo de que essa preocupação ainda não é coletiva”, alertou o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental, Iron Pereira de Sousa, que acompanhou toda ação no bairro.
REDUÇÃO DE MORTES POR DENGUE
De acordo com o coordenador, mais de 40 bairros já receberam ações como estas em 2013. “Desde o início do ano, intensificamos nossos trabalhos por conta de uma epidemia no estado inteiro e a partir de agora, por conta do período chuvoso”, conta. Ainda segundo Iron Pereira, desde janeiro deste ano já foram registrados 13.578 mil casos em Aparecida, quase o dobro em relação ao ano passado, que registrou 7.491 casos confirmados. Em 2011 o número foi bem menor, 6.523.
Em contrapartida ao crescimento no índice de casos, o número de óbitos por dengue diminuiu. Em 2011, sete mortes foram confirmadas, em 2012 o número aumentou para 10 e este ano caiu para cinco. “Podemos atribuir esta queda a expansão na rede de atendimento básico à saúde, com a construção de novas unidades, contratação de mais profissionais preparados e também pela conscientização da população em procurar uma unidade de saúde ao sentir os primeiros sintomas”, destaca Iron Pereira.
ZONAS CRÍTICAS
O Buriti Sereno é o maior bairro de Aparecida e também lidera o ranking da doença com 547 casos confirmados de dengue, o maior número registrado em relação aos outros bairros. A lista segue com os setores Garavelo (468), Jardim Tiradentes (436), Vila Brasília (346), Independência Mansões (309), Madre Germana (287), Cidade Vera Cruz (275), Expansul (265), Aeroporto Sul (264) e Jardim Tropical (262).
Apesar dos números, segundo Vigilância em Saúde Ambiental, o quadro de Aparecida ainda pode ser considerado controlado, graças às ações de combate, fiscalização, conscientização e também tratamento da doença nas unidades de saúde. “Chamamos atenção da população mais uma vez para que não deixem objetos que possam acumular àgua parada nos quintais, além de não jogar lixo e entulho nas ruas e em terrenos baldios. Se houver comprometimento dos moradores, aliado aos trabalhos do poder público, com certeza conseguiremos reduzir os índices”, pontuou Iron Pereira.
A DOENÇA
O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada acumulada nos quintais e dentro das casas. Existem 4 tipos diferentes desse vírus: os sorotipos 1, 2, 3 e 4. Todos podem causar as diferentes formas da doença. Os sintomas da dengue são similar aos de uma gripe comum, mas se não houver atendimento especializado a doença pode levar à morte. Pesoas com dengue, ou com suspeita da doença, precisam procurar uma unidade de assistência médica imediatamente e não devem recorrer à automedicação.
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