O secretário de Saúde Edgar Tollini e o promotor do Ministério Público de Aparecida Érico de Pina se reuniram com o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremego) Aldair Novato Silva no final da tarde desta segunda-feira (19). O objetivo da reunião é encontrar soluções para melhorar e integrar a rede de atendimento de urgência e emergência obstetrícia em Goiânia, Aparecida e região metropolitana. Participaram também Coordenador do Complexo Regulador do Estado Genésio Pereira, o promotor Eduardo Prego do Ministério Público Estadual e outros.
Edgar Tollini reconheceu as dificuldades da gestão com a Maternidade Marlene Teixeira. “A Maternidade é uma unidade de baixo risco e apenas 23 leitos para atender Aparecida e 24 municípios da regional Centro-Sul. Nesse final de semana recebemos 49 pacientes de outras cidades da região metropolitana, muitas que não possuem pactuação com o município e muitas pacientes de alto risco e complexidade, que não é o perfil da nossa unidade. Mas elas não têm para onde ir e nós acolhemos. A partir daí temos outro problema que é a dificuldade para conseguir vaga em Goiânia para essas gestantes serem transferidas”, destacou o secretário.
O vice-presidente do Cremego apontou as dificuldades do município em relação a Maternidade. “Encontramos problemas com rouparia e falta de insumos”, relatou Aldair Novato Silva. O secretário de Saúde do município respondeu que devido a demanda e a lavanderia não ser dentro da unidade, as equipes estão encontrando dificuldade com a rouparia que demora a chegar na unidade para ser reutilizada, devido ao processo de esterilização. Outro problema reconhecido pelo gestor é a falta do Misoprostol, um abortivo fornecido exclusivamente pelo Ministério da Saúde. “A informação que tivemos é que o fornecimento deve ser normalizado em breve, nos próximos dias”, contou Tollini.
O promotor Érico de Pina foi enfático ao dizer que a rede de Goiânia não tem atendido os municípios como deveria. “Goiânia recebe 520 milhões por ano de pactuação das cidades do interior. Só de Aparecida são 180 milhões. E mesmo assim a capital não está nos dando apoio. A UPA Buriti Sereno realizava 350 atendimentos por dia e está fazendo mais de 600, a Maternidade realizava 80 partos por mês e está fazendo 180. O SAMU de Goiânia não consegue operar e SAMU de Aparecida está sobrecarregado. Como Goiânia não está cumprindo com o que é proposto e pago, os pacientes estão recorrendo a Aparecida, estrangulando o município, que não consegue trabalhar de forma isolada”, reiterou o promotor.
Os promotores solicitaram na reunião em ata relatório do Cremego em relação a vistoria feita na Maternidade, além dos relatórios da Regulação estadual, da Secretaria de Saúde de Goiânia que não enviou represente, e dos demais responsáveis pela rede de atendimento. “Vamos requisitar ainda as secretarias de saúde as informações sobre a solução desses problemas e esperamos resolver isso no diálogo para que não precisemos ajuizar uma ação”, concluiu Erico.
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