Profissionais da Saúde de Aparecida ressaltam a importância da prevenção de doenças

Por Polliana Martins

13 de dezembro de 2019

Por Polliana Martins

13 de dezembro de 2019


Foto: Arquivo/SMS

“Temos um desafio imenso, o de difundir a cultura da prevenção de doenças. Não espere a situação se agravar e você precisar de cirurgias e internações, conheça e frequente a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima e faça consultas e exames de rotina”. A afirmação é do secretário de Saúde de Aparecida, o médico Alessandro Magalhães, que defende o fortalecimento da Atenção Básica no Sistema Único de Saúde (SUS) e que as pessoas se conscientizem da importância dos hábitos saudáveis e do diagnóstico precoce de doenças, que aumenta as chances de cura, reduz sofrimentos e diminui o fluxo de pacientes nas unidades de urgência e emergência. Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que 73% de todas as mortes no Brasil são atribuíveis aos males considerados evitáveis, tais como as doenças não transmissíveis: cardiovasculares, respiratórias, diabetes e renais, dentre outras.

A chefa de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Bruna Aniele, reforça a orientação lembrando que todas as UBSs do município têm atendimento médico e de enfermagem, palestras e reuniões de orientação para hipertensos, diabéticos, fumantes, tabagistas e portadores de outros males. Já aqueles moradores de áreas não cobertas pela Estratégia Saúde da Família (ESF), fora da abrangência das UBSs, devem marcar consultas com clínico geral e pediatra pelo Agendamento Municipal de Consultas (0800-646-1590) de segunda a sábado das 7h às 19H. Estes têm acesso ao Hiperdia (Programa para hipertensos) nos Cais Colina Azul e Nova Era e no Centro de Saúde Papillon Park. Na região do setor Garavelo, as atividades do Programa são sediadas na UBS Buriti Sereno.

Atenção Básica eficiente

O secretário Alessandro enfatiza que uma Atenção Básica eficiente permite o tratamento e o acompanhamento adequados também para as gestantes e todos aqueles que não precisam de atendimento de urgência. “Aparecida tem cerca de 600 mil habitantes e leva tempo para mudarmos o comportamento das pessoas. É uma questão cultural, muitos preferem remediar depois ao invés de prevenir antes, então, nós, profissionais da Saúde, temos o dever de espalhar a conscientização orientando a comunidade o ano inteiro, não apenas durante as campanhas de mobilização, como o Novembro Azul. Com isso já podemos salvar muitas vidas e contribuir para que as novas gerações encarem com mais responsabilidade a própria saúde e a de suas famílias”, argumenta ele.

Foco na prevenção

A chefa de Redes Temáticas Ciclos de Vida da SMS, Amanda Faria, tem pesquisado a mortalidade masculina em Aparecida e constatou que “60% dos homens acima de 20 anos que falecem no município são vítimas de doenças crônicas, principalmente as cardiovasculares. Por isso estamos focados na prevenção, em combater fatores que influenciam nessa realidade, como o tabagismo e o alcoolismo, dentre outros”. Amanda complementa que o diagnóstico precoce de diversas patologias contribui para o devido encaminhamento aos profissionais especialistas, para a cura, quando possível, e para impedir a progressão da doença.

No ultimo 28 de novembro, Bruna e Amanda fizeram uma palestra educativa no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) do bairro Cidade Vera Cruz para abordar temas como a saúde integral dos homens, doenças crônicas e a importância da prevenção. Convidadas pela equipe do Centro, elas falaram para uma plateia de homens e mulheres e salientaram que, independentemente da presença de sintomas, é fundamental prestar atenção ao próprio corpo e buscar as unidades da SMS para fazer exames e consultas de rotina. As profissionais também reforçaram que é preciso adotar hábitos de vida saudáveis como a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada.

Bruna Aniele (à esquerda) em meio aos usuários no CRAS durante uma palestra: conscientização da comunidade

Mudança de vida

O motorista Fabrício de Paula, de 39 anos, admite que negligencia a própria saúde, mas quer mudar: “Já estou sentindo o peso da idade. Trabalho muito e não tenho tempo para ir ao médico. Meu exercício é jogar futebol aos domingos e ainda comecei a fumar há uns 5 anos. Em 2020 pretendo me casar e minha noiva já avisou que vai me tirar do cigarro e me obrigar a me cuidar. Eu preciso muito, quero viver até os 90 anos, no mínimo, e ter força para curtir a vida.”

Já a comerciante Idalina Sousa, de 56 anos, aprendeu a lição da maneira mais difícil. Com vários casos de hipertensão na família, ela sempre teve receio de descobrir alguma doença e um dia foi parar no hospital, durante férias no Tocantins, por causa de um derrame. A experiência a obrigou a incluir na rotina diária caminhadas, uma alimentação melhor e o hábito de medir a pressão diariamente e fazer exames e visitas ao médico no Cais Nova Era. “Passei um apuro e assustei meus filhos. A gente tem que se colocar em primeiro lugar porque a vida é curta e os problemas são muitos. Todo mundo devia pensar mais no dia de amanhã e cuidar bem do hoje”, afirma.

Estatísticas preocupantes

Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, um em cada quatro indivíduos sofre de hipertensão (pressão alta), mais de 14 milhões de pessoas têm diabetes e cerca de 30% dos brasileiros com mais de 60 anos têm as duas doenças, que são causadoras da maioria dos episódios de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto. As estatísticas são preocupantes e por isso foi criado, em março de 2002, o Programa Hiperdia, como parte principal do Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. O Programa visa reduzir essa alta incidência das doenças estabelecendo metas e diretrizes para ampliar ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e controle dessas patologias no SUS.

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