A variante pode ser monitorada na cidade graças à testagem em massa e ao Programa de Vigilância Genômica da Prefeitura, considerado a maior estratégia do gênero realizada em uma cidade brasileira. Em Goiás, 71% de todos os sequenciamentos realizados são de Aparecida
Segundo o mais recente levantamento do Programa de Vigilância Genômica do Sars-CoV-2 em Aparecida de Goiânia, que já sequenciou 1.873 amostras de materiais de pacientes diagnosticados com Covid na cidade, a variante Delta tem, atualmente, a prevalência de 75% nos casos analisados. O Programa, conduzido pela Secretaria de Saúde (SMS), verifica a circulação das mutações do novo coronavírus no município e já identificou 21 variantes.
A SMS chega aos resultados por meio de análises da informação genética contida nas amostras colhidas em pacientes durante a realização do RT-PCR, exame padrão ouro para diagnóstico da Covid, realizado massivamente na cidade. Ao todo, a pasta tem à sua disposição materiais de todos os 381.193 testes RT-PCR já realizados. Parte dos que tiveram resultado positivo para o Sars-CoV-2 são selecionados e estudados. Semanalmente novas análises são feitas para monitoramento das variantes em circulação.
O Programa é considerado a maior estratégia de vigilância genômica já realizada em uma cidade brasileira segundo a plataforma internacional Gisaid, entidade com banco de dados sobre genomas de vírus. De acordo com a ferramenta, até hoje, 28 de setembro, foram realizados, no mundo todo, 3.895.142 sequenciamentos genômicos do novo coronavírus, sendo, destes, 79.147 na América do Sul, 44.120 no Brasil, 2.744 em Goiás e 1.961 em Aparecida, considerando tanto os do Programa quanto os realizados anteriormente, “o que demonstra que já realizamos 71% dos sequenciamentos no Estado”, enfatiza o secretário de Saúde Alessandro Magalhães.
Monitoramento constante
“Em agosto tínhamos 92% das amostras apontando a variante Gamma e 8% da Delta. Na ocasião identificamos o crescimento de uma variação da Gamma, a P.1.7, que correspondia a 60% das amostras analisadas entre os dias 15 e 21 daquele mês. Agora a Delta reassumiu a dianteira, e preocupados com a disseminação rápida dessas sublinhagens e com a sua gravidade, temos monitorado cuidadosamente a situação e seguimos atentos a quaisquer alterações no cenário da pandemia em Aparecida”, ressalta o secretário de Saúde Alessandro Magalhães.
No último 30 de agosto o médico e diretor do laboratório que realiza os sequenciamentos de Aparecida, Fernando Vinhal, já destacava que nas primeiras semanas de setembro haveria “uma verdadeira disputa entre as variantes Delta e Gamma P.1.7.”, hipótese confirmada agora pela diretora de Avaliação de Políticas de Saúde da SMS, Érika Lopes, que coordena o Programa de Vigilância Genômica: “O resultado dos sequenciamentos da 36ª semana epidemiológica apontam a prevalência da Delta atualmente, mas isso não é estanque e continuamos avaliando tudo minuciosamente.”
Vigilância Genômica
Em Aparecida, o Programa de Sequenciamento analisa amostras colhidas durante a realização do RT-PCR que tenham uma carga viral mínima e com os seguintes critérios: pacientes com suspeita de reinfecção, pacientes de baixo risco que precisaram de internação e pacientes aleatórios agrupados por semana epidemiológica. Assim, o Programa ajuda a Prefeitura a traçar o perfil da pandemia na cidade e assim definir as melhores estratégias de enfrentamento.
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