Programa da Prefeitura já sequenciou 2.968 amostras. Prevalência da Ômicron é de 99,7%, com 30 sublinhagens em circulação já identificadas
A Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia (SMS) confirmou o primeiro óbito pela sublinhagem BQ 1.1 da variante Ômicron do vírus SARS-Cov-2, causador da covid-19. A confirmação ocorreu no dia 02 de dezembro, por meio do Programa Municipal de Sequenciamento Genômico, que analisa a informação genética de amostras positivas de RT-PCR coletadas na cidade. Desde o início do Programa, em abril de 2021, até o momento, Aparecida já realizou 2.968 sequenciamentos.
Segundo os dados da Vigilância Genômica do município, neste ano, 99,7% das amostras analisadas eram Ômicron. O Programa também identificou 30 sublinhagens dessa variante. A BQ 1.1, que chamou a atenção de autoridades em todo o país por estar relacionada ao aumento recente de casos de covid-19, foi identificada pela primeira vez na cidade na primeira quinzena de novembro.
“No mundo todo já foram identificadas mais de 300 sublinhagens da Ômicron. Em Aparecida, encontramos 30 delas. Estamos sempre atentos e investigando qualquer alteração em nosso cenário epidemiológico. Esse olhar científico é fundamental para a eficiência das nossas respostas no combate à covid-19”, afirma o secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães.
O gestor avalia que de modo geral a rede municipal não sofreu impactos com a presença BQ 1.1, mas que a situação segue monitorada de perto: “Não há evidência de que essa subvariante esteja associada a uma maior gravidade da infecção, apesar da alta transmissibilidade. Nossa estratégia permanece aquela indicada pela OMS: testar, monitorar, cuidar e, principalmente, vacinar”.
Óbito confirmado
O primeiro óbito em decorrência da contaminação com BQ 1.1 refere-se a um homem de 38 anos, hipertenso, com esquema vacinal incompleto. “No dia 23 de novembro fomos notificados sobre um óbito ocorrido em domicílio, com diagnóstico positivo para a covid-19. Iniciamos a investigação de imediato e o material coletado no paciente foi encaminhado para análise genética, que confirmou a BQ 1.1”, informa a superintendente de Vigilância em Saúde, Daniela Ribeiro.
De acordo com a gestora, a investigação realizada pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de Aparecida aponta que no dia 22 de novembro o paciente sentiu dor torácica leve, que se intensificou durante o período noturno. “Na madrugada do dia 23 ele apresentou quadro de dispnéia intensa e progressiva, seguida de irresponsividade. O SAMU foi acionado para atendimento do paciente, mas infelizmente ele não resistiu”, detalha Daniela Ribeiro.
Sequenciamento
O Programa Municipal de Sequenciamento analisa amostras colhidas durante a realização do RT-PCR que tenham uma carga viral mínima e com os seguintes critérios: pacientes com suspeita de reinfecção, pacientes de baixo risco que precisaram de internação e pacientes aleatórios agrupados por semana epidemiológica.
Cenário epidemiológico de Aparecida
De acordo com o último boletim epidemiológico da cidade, de 12 de dezembro, Aparecida já confirmou 151.272 casos positivos de Covid-19. Desses, 148.985 já se recuperaram e 1.915 foram a óbito. O município está com 372 casos ativos, todos acompanhados pela Central de Telemedicina. Nenhum paciente estava internado em UTI por conta da infecção.
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