Com o objetivo de acertar os últimos detalhes para a construção do Antares Polo Aeronáutico, o prefeito Gustavo Mendanha recebeu na tarde desta quarta-feira (23) os representantes do consórcio responsável pela construção do empreendimento, que é um dos mais significativos para a manutenção do crescimento vertiginoso da economia do município de Aparecida. “Tenho toda a disposição do mundo para ver este projeto ser implantado com a maior rapidez e as obras começarem logo. Ele trará novos empregos e deverá atrair diversos setores de tecnologia para nossa cidade de forma bastante estratégica e interligada” – pontua o prefeito.
A comitiva veio com a missão de discutir detalhes que consideram essenciais não apenas para dar celeridade ao início das obras do empreendimento mas também para torná-lo cada vez mais atrativo aos investidores e, desta forma, gerar ainda mais novos posto de trabalho para o município. Para isso debatem a possibilidade de diminuições de taxas como a do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) nos primeiros 10 anos. “Como já disse, este é um projeto estratégico para nosso município. Por isso tenho disposição inclusive de abrir mão de uma ou outra de nossas exigências iniciais e colocarei meu empenho pessoal para destravar alguns pontos. Mas preciso ter a certeza que vocês também estarão prontos para iniciar as obras com rapidez” – propõe Gustavo.
O empresário Marcos Alberto Luiz de Campos, diretor da CMC/BCI Industrial e Energia, empresa de projetos estratégicos de inovação e logística que integra o grupo empreendedor responsável pelo aeródromo, garantiu que as obras deverão se iniciar tão logo seja autorizado. “Por isso fizemos questão de que todos do conselho diretor do consórcio estivessem presentes. Este projeto já é esperado como o maior empreendimento da década na região Metropolitana e o apoio da administração municipal tem sido fundamental” – afirma. Estiveram presentes na reunião o ex-prefeito de Aparecida, Maguito Vilela, que é um dos maiores entusiastas e articuladores do projeto, e os secretários André Rosa (Fazenda) e Olavo Noleto (Casa Civil).
“Estamos extremamente empolgados, principalmente porque se trata de um projeto que teve um período de maturação muito longo. Um projeto desta natureza costuma levar 10 anos entre todas as etapas, inclusive as de licenciamento. Agora estamos acertando os últimos detalhes para finalmente iniciarmos as obras e o empenho do prefeito Gustavo Mendanha tem feito toda a diferença” – completa Marcos Alberto. Ele lembra que a parte mais difícil já está sendo finalizada, como a do licenciamento ambiental, arqueológico, o projeto legal, os projetos complementares e a legalização fundiária da área, que se encontra dentro da região metropolitana.
“Não se resolve situação fundiária de uma área deste porte, com cerca de 2,1 milhões de m² (210 hectares) em pouco tempo. Existe uma série de preocupações legais que dizem respeito à questão urbanística e de meio ambiente. Questões de grande complexidade. E hoje estamos gratificados pela disposição do prefeito de enxergar a necessidade de colocar um olhar especial para resolvermos os últimos detalhes antes do início da obra” – afirma o empresário.
O empreendimento
O Antares Polo Aeronáutico ocupará uma área de 209 hectares. Além da pista para pouso e decolagem de 2 mil metros de extensão, também estão previstos a construção de um hotel, de um posto para abastecimento, uma estação de embarque e desembarque, helicentro, uma pista de acesso aos hangares (taxiway) e uma base de operações completa para assistência aos proprietários de aeronaves. O início das obras está previsto para junho e o começo das operações para 2021. O total de investimento estimado do empreendimento é de R$ 100 milhões. Serão ofertados 498 lotes com área média de 1 mil m2 cada para a construção de hangares particulares e de empresas de manutenção, comércio, oficinas e de compra/venda e aluguel de aeronaves.
“O prefeito Gustavo Mendanha enxerga a potencialidade do projeto e de como ele pode mudar até mesmo a grandeza que já observamos da cidade sob o aspecto da tecnologia, de condições de vida e da geração de emprego e renda e também, da arrecadação do município. Então acreditamos que iremos lançar empreendimento no mercado imobiliário nacional até setembro. Trata-se de um produto elitizado, não apenas o aspecto financeiro, mas também no que ele agrega de tecnologia, no que ele agrega de desenvolvimento na nossa cidade. Estamos alegres por, neste momento, tendo perseguido este projeto por tanto tempo, vermos que ele está viável e pronto para ser lançado. As obras de infraestrutura deverão durar de dois a três anos, por conta do imenso volume de terraplanagem. Iniciaremos as obras até junho” – conclui Marcos Alberto Luiz de Campos.
Sítio aeroportuário
O decreto municipal que transforma em Área de Utilidade Pública todo o terreno destinado à implantação do sítio aeroportuário, ou seja, pista, hangares e parte logística que garantirão o pleno funcionamento do aeródromo, foi assinado em fevereiro de 2014, pelo ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (MDB). Mas, antes disso, em março de 2013, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já havia autorizado a construção do empreendimento.
O documento da Anac determina que, ao final da construção, o município deverá encaminhar um termo de Notificação do Término da Obra e realizar o pedido de inscrição no cadastro de aeródromos para a abertura ao tráfego aéreo do novo aeroporto. Todo o processo de implantação do Antares será inspecionado pela Anac e outros órgãos competentes.
“A Anac tem uma política de restringir o acesso das aeronaves executivas aos aeroportos tradicionais para evitar aumento no trânsito. Nessa direção, a Agência Nacional abriu a oportunidade para aeródromos particulares no País que deverão contar com todos os equipamentos presentes nos grandes aeroportos. Assim, nos próximos anos, tudo indica que os proprietários de aviões e as empresas de manutenção com hangar no Santa Genoveva acabarão migrando para o Antares, principalmente em função do custo”, observa o arquiteto e urbanista Xibiu.
Cenário favorável
De acordo com dados de 2018 da Anac, Goiás tem 1.448 aeronaves registradas, sendo que, destas, 1.011 estão em operação. Trata-se maior frota em operação da região Centro-Oeste, não perdendo nem mesmo para Mato Grosso, que, apesar de ter 1.536 aeronaves inscritas, conta com apenas 997 em atividade. A frota goiana, que ocupa o sétimo lugar no ranking nacional, também é responsável por transformar o Estado em referência quando se trata de manutenção de aviões. Atualmente, existem cerca de 40 empresas do ramo atuando no Estado, sendo que 32 estão situadas em Goiânia.
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