Prefeitura analisa pedidos de empresários que querem abrir unidades no município; polos industriais e empresariais geram mais de 120 mil empregos na cidade
Aparecida encerrou 2019 comemorando feitos expressivos também na economia. Neste ano que fechou a década de 2010, a cidade viu seu Produto Interno Bruto (PIB) crescer 122%, considerando a evolução de 2010 a 2018. Para a Prefeitura de Aparecida, essa elevação no conjunto de bens e serviços produzidos na cidade é fruto de um processo contínuo de industrialização, iniciado nos anos de 1990, que tem expandido a oferta de empregos, gerado renda para os moradores e oportunidades de novos empreendimentos.
Nos últimos dez anos, o número de CNPJ’s ativos em Aparecida de Goiânia saltou de 6 mil para cerca de 54 mil, entre indústrias, empresas e comércios, de acordo com a Secretaria Municipal da Fazenda. Já neste início do ano, a cidade tem uma demanda de 230 empresas que solicitaram à Prefeitura as autorizações para se instalar em Aparecida ou acenaram positivamente para uma provável abertura de novas unidades em solo aparecidense.
Além do IBGE, onde é possível confirmar a evolução do PIB de Aparecida, a prosperidade econômica da cidade fica evidente também nos pedidos de registro de empresas protocolizados na Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg).
Fora a capital, Goiânia, o grupo das quatro maiores economias de Goiás tem Aparecida como protagonista no quesito abertura de novas empresas. O município fica à frente de Anápolis, Catalão e Rio Verde. Comparando apenas as solicitações de empresas individuais de responsabilidade limitada, Aparecida foi a cidade com mais pedidos registrados nos anos de 2017, 2018 e 2019, entre os meses de janeiro e novembro.
No ano passado, por exemplo, 581 empresas individuais de responsabilidade limitada pediram autorização para se instalar em Aparecida, segundo a Juceg. Anápolis teve 546 solicitações; Catalão, 87; e Rio Verde, na Região Sudoeste, 282 pedidos em igual período.
Para o prefeito Gustavo Mendanha, os investimentos feitos pela administração municipal em obras de mobilidade urbana; de recapeamento e pavimentação de bairros; de reforma e construção de unidades escolares, unidades de saúde e espaços de lazer; de instalação de câmeras de videomonitoramento e capacitação para a vida profissional têm favorecido Aparecida no sentido de atrair empresas para o município. “Os investimentos públicos feitos na cidade ajudaram a mudar a característica de Aparecida. Temos hoje uma população mais escolarizada, mais preparada, com melhor qualidade de vida e com isso conseguimos fixar empresas e indústrias em nosso município”, ressalta.
Os sete polos industriais e empresariais de Aparecida geram atualmente mais de 120 mil postos de trabalho. Para o prefeito Gustavo Mendanha, esse é o principal benefício de ter a economia local sustentada na industrialização. “Empreendimentos industriais geram emprego, divisa de receitas e muito desenvolvimento para o município. Aparecida é hoje uma cidade de oportunidades. O município deixou de ser cidade dormitório e passou a ser uma cidade industrial e universitária, e é claro que esse tipo de empreendimento vem para corroborar com o bom momento que estamos vivendo”, argumenta o prefeito.
Em 2010, o PIB de Aparecida era de R$ 5,8 bilhões. O número subiu para R$ 12,9 bilhões em 2018. Nesse período, a economia de Aparecida cresceu 17,40% ao ano, segundo a Secretaria Municipal da Fazenda. “É um crescimento chinês aqui em Aparecida”, lembra o ex-prefeito Maguito Vilela em referência à taxa de expansão do PIB da China, uma das potências que mais evoluiu na última década e é hoje o maior parceiro comercial do Brasil.
Maguito atribui a efervescência na economia de Aparecida ao fato de o prefeito Gustavo Mendanha adotar medidas que desburocratizam a gestão tributária das empresas na cidade. “Isso faz com que os empreendedores sejam mais competitivos”, lembra ele.
O empresário Emanoel Camargo acabou de aportar em Aparecida com um empreendimento corporativo de grande porte, que ocupará uma área de 900 mil metros quadrados próximo aos polos industriais Dimag e Daiag, na Região Leste da cidade. Para ele, o projeto do complexo Global Park, voltado à instalação de centros de distribuição e de empresas dos ramos logístico e de transporte, só saiu do papel graças a essa sensibilidade do poder público para atender as necessidades e facilitar a vida dos empresários.
Emanoel completa: “Hoje não há mais condições de os empreendedores andarem sozinhos; nem os municípios. Por isso é que nós escolhemos trazer o empreendimento para Aparecida, que é uma cidade que tem esse entendimento de desburocratizar aprovações, liberações e licenças. O município é carregado de oportunidades para o setor industrial”.
Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Caldas explica que o potencial de Aparecida para atrair novas empresas se deve também à localização estratégica da cidade, situada no centro do Brasil. Ele lembra que o município é visto com bons olhos por grandes investidores por estar localizado a cerca de 900 quilômetros de grandes centros, como São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG), e a 2 mil quilômetros de Belém (PA), uma das principais cidades para qual escoa a produção destinada ao Norte do Brasil.
Rodrigo destaca que a Prefeitura de Aparecida, buscando suprir as demandas do empresariado por mão de obra qualificada, está firmando parcerias com universidades, centros de formação e instituições do Sistema S, reconhecido por capacitar profissionais para a indústria e o comércio. O secretário conclui afirmando que a intenção é também garantir que os postos de trabalho sejam ocupados por moradores de Aparecida.
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