Aparecida completa 100 dias de isolamento social intermitente

Por Rafael Freitas

10 de junho de 2021

Por Rafael Freitas

10 de junho de 2021


Foto: Claudivino Antunes

Quadro epidemiológico do município continua estável, com risco baixo e índice de contaminação em 0,84

Iniciado no dia 1 de março de 2020, o Isolamento Social Intermitente completou neste dia 10 de junho, 100 dias. E este número de medidas restritivas do funcionamento das atividades comerciais e econômicas da cidade tem surtido efeito na redução da taxas da pandemia no município, principalmente na ocupação de leitos UTIs e de número de mortes diárias.

Em 15 de março, quando a cidade iniciou o isolamento social intermitente por escalonamento regional, o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde informava que 94% das UTIs públicas para Covid estavam ocupadas. Nesta quinta-feira, 10 de junho, o boletim do dia 09 de junho informa que a taxa de ocupação é de 58% do leitos públicos. A média móvel de mortes em decorrência da covid também caiu.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informam que o índice R, que indica a capacidade de transmissão de um patógeno, está atualmente em 0,84. Ou, seja, o quadro continua estável, sem alterações, até a última avaliação realziada no dia 07 de junho. De acordo com o boletim da SMS, nas últimas 24 horas foram registradas cinco mortes pela doença. Em 15 de março, quando começou o escalonamento regional foram registrados nove.

“O isolamento social intermitente por escalonamento regional em conjunto com a estratégia da Prefeitura de Aparecida em ampliar os leitos para tratamento da doença e realizar testagem em massa, monitoramento dos casos ativos faz a cidade ter uma das menores taxas de letalidades do país”, destaca o prefeito Gustavo Mendanha que ressalta que a cidade continuará com as medidas restritivas até quando for necessário para barrar a transmissão vírus e não haver colapso do sistema de saúde como é percebido em outras cidades.

O gestor municipal pontua ainda que o resultado do escalonamento é fruto do trabalho do Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento a pandemia – responsável por deliberar decisões – e adesão da população das medidas sanitárias estabelecidas no município. “O modelo de Aparecida foi construído com base na técnica e na ciência e com toda a sociedade, sem imposição, sem autoritarismo, mas como muito diálogo e avaliação de todo o nosso cenário”, disse.

Histórico – Em 1° de março, quando Aparecida fez o isolamento social horizontal em conjunto com as demais cidades da Região Metropolitana, o boletim epidemiológico registrava taxa de ocupação dos leitos de UTIs exclusivos para Covid-19 em 86% na rede pública e 100% na rede privada. Porém, como o cenário não melhorou o Comitê Municipal optou pela volta do escalonamento regional em vez de seguir o decreto estadual que propôs o isolamento social intermitente 14 dias abertos e 14 dias fechados.

Na época, Aparecida de Goiânia seguiu o escalonamento regional sem qualquer questionamento por parte do Poder Judiciário. “O isolamento social intermitente por escalonamento regional segue uma Matriz de Risco, que leva em consideração oito indicadores, e considera quatro cenários de risco. Atualmente, estamos no cenário verde, estável, e avaliamos o cenário epidemiológico todos os dias. Além disso, semanalmente o Comitê reúne para deliberar medidas sanitárias e avaliar o quadro pandêmico no município”, explica o secretário municipal de Saúde, Alessandro Magalhães.

Apesar dos indicadores apresentarem números com média móvel abaixo de outras cidades, o secretário alerta que a guarda deve permanecer levantada e a população precisa redobrar os cuidados. “Temos uma possível terceira onda chegando e por isso precisamos continuar nos cuidando, usando mascara, lavando as mãos constantemente e evitando aglomerações de pessoas, principalmente festas clandestinas”, comunicou Alessandro.

Aparecida de Goiânia segue no cenário verde e próximo ao cenário amarelo (risco moderado). Neste cenário, conforme escalonamento, duas macrozonas da cidade ficam fechadas um dia da semana de segunda a sexta-feira. O escalonamento regional tem 98% de adesão da população, considerando o diálogo que a prefeitura tem estabelecido com o setor econômico do município desde o início da pandemia em abril de 2020.

Macrozonas – No cenário verde, seguindo o escalonamento regional das atividades econômicas, os comércios não essenciais fecham uma vez por semana, conforme a macrozona em que se encontram. A cada dia, de segunda a sexta-feira, fecham duas das dez macrozonas da cidade. “Ressaltamos que todas as atividades econômicas não essenciais continuam submetidas ao regime de isolamento social intermitente por escalonamento regional”, comentou o superintendente de Atenção a Saúde da SMS, Gustavo Assunção.

As 10 macrorregiões foram divididas em Jardim Alto Paraíso, Vila Brasília, Buriti Sereno, Expansul, Papillon Park, Santa Luzia, Zona da Mata, Centro, Cidade Livre e Garavelo. Nas segundas-feiras são fechados os comércios nas macrorregiões da Vila Brasília e Jardim Alto Paraíso; nas terças-feiras não funcionam os estabelecimentos da região do Garavelo e Zona da Mata; nas quartas ficam fechadas as macrozonas do Centro e do Expansul; nas quintas-feiras não funcionam as macrozonas do Papillon Park e Santa Luzia. Já nas sextas-feiras, fecham as macrozonas do Buriti Sereno e Cidade Livre. Todas podem abrir aos sábados e domingos.

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