Acesso à educação teve maior índice de crescimento no município durante o período avaliado pelo PNUD.
Aparecida de Goiânia, 31 de julho de 2013 – O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgou nesta semana o Índice do Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM), que é composto por três variáveis: saúde, educação e renda. No país inteiro, a classificação do IDHM mudou de ‘muito baixo’ para ‘alto’. Um avanço expressivo para o Brasil nos últimos 20 anos. Entre 1991 e 2010, o índice cresceu 47,5% no país, saltando de 0,493 para 0,727.
Aparecida não ficou pra trás. O PNUD mostrou que o IDHM do município cresceu 23,37% entre 2000 e 2010 e 61,35% desde 1991. Um desempenho que fez o município figurar na faixa de alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM entre 0,700 e 0,799). Tomando a última década avaliada pelo programa – 2000 a 2010 – a dimensão que mais cresceu em termos absolutos no município foi a Educação, que passou de 0,403 para 0,620, seguida por Renda (de 0,584 para 0,716) e Longevidade (0,658 para 0,834).
Segundo os critérios da pesquisa, a proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do município e compõe o IDHM Educação. Nesse quesito, entre 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola cresceu 15,52%. O número de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental também saltou 48,16%.
De acordo com o secretário de Educação do município, Domingos Pereira, a tendência é que o desempenho da cidade se torne ainda mais positivo, diante dos investimentos realizados pela administração municipal. “Entre 2009 e 2010, a população recebeu duas novas escolas municipais, um delas de educação integral, e teve 47 unidades reformadas e ampliadas, o que já aumentou o acesso de nossas crianças. De lá para cá, os investimentos só aumentam. 22 Cmeis já estão em construção e a lista chegará a pelo menos 43 novas unidades até o final desta gestão”, enumerou o secretário.
Chama atenção ainda a proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo (crescimento de 100,70% entre 2000 e 2010) e a de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo (aumento de 127,73% no mesmo período). A taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 10,42% nas últimas duas décadas.
Apoiados pela política de acesso à educação do município – que buscou a implantação de escolas profissionalizantes como o Senais e o IFG, além do campus da UFG, cujas obras serão iniciadas este ano – esses jovens terão oportunidade de dar continuidade aos seus estudos.
Em percentuais, o IDHM de Aparecida de Goiânia cresceu 61,35% nas últimas duas décadas, impulsionados não só pela Educação, mas por outros critérios igualmente positivos. “O número está acima da média de crescimento nacional (47,46%) e acima da média de crescimento estadual (50,92%)”, resumiu o secretário Domingos Pereira.
O PNUD apontou outros dados animadores para o município, como a lacuna de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1. No município, esse índice foi reduzido em 49,19% entre 1991 e 2010. Com relação aos municípios brasileiros, Aparecida ocupa a 1.362ª posição e a 59ª posição entre os municípios goianos.
População, expectativa de vida e renda
Na última década, a população de Aparecida de Goiânia teve uma taxa média de crescimento anual de 3,20%. Em 2000, a população total era de 332,5 mil habitantes. Com base nos dados do Censo 2010 do IBGE, no decênio seguinte, a população de Aparecida é de 455,6 mil habitantes.
A mortalidade infantil (crianças com menos de um ano) em Aparecida reduziu significativamente, passando de 23,5 por mil nascidos vivos em 2000 para 13,2 por mil nascidos vivos em 2010. O número equivale a 43% de redução. A expectativa de vida ao nascer aumentou 11 anos nas últimas duas décadas, passando de 71 anos, em 2000, para 75 anos, em 2010.
Já a renda da população aparecidense também contribuiu para o aumento do IDHM, crescendo 127% nas últimas duas décadas. Em 1991, a renda era de R$303. Hoje, o salário médio do aparecidense é de R$689. A extrema pobreza quase desapareceu. Passou de 4,34%, em 2000, para 0,99%, em 2010. Pelo menos 75,62% da população com 18 anos ou mais está trabalhando.
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