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O projeto “Fim de Vida e Cuidados Paliativos em Saúde” é uma iniciativa pioneira no Estado, voltada ao aprimoramento da atenção à população idosa
Foto: Willian RabelloA Prefeitura de Aparecida de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), apresentou, no último dia 11 de dezembro, na Cidade Administrativa Maguito Vilela, os resultados técnicos das pesquisas e análises do projeto “Fim de Vida e Cuidados Paliativos em Saúde”, voltado à promoção de um envelhecimento saudável e ao cuidado adequado da população idosa.
Inédito em Goiás, o projeto deverá ser estendido para todo o Estado em 2026.
A iniciativa é desenvolvida em parceria entre a SMS e o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (IPTSP-UFG) e é coordenada pela professora titular do Departamento de Saúde Coletiva do IPTSP, doutora Marta Rovery de Souza, com o apoio de gestores e profissionais da rede da SMS.
Durante a apresentação, foram expostos os resultados obtidos por meio de questionários, visitas técnicas e diários de campo, que avaliaram desde a acessibilidade física dos espaços até o uso de medicamentos psicotrópicos e suas possíveis interações, entre outros aspectos. Ao todo, foram ouvidos mais de 120 pacientes, além de familiares e profissionais, em cinco Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) do município.
No evento, a equipe da professora foi recebida pelo secretário municipal de Saúde, Alessandro Magalhães; pelo superintendente de Atenção à Saúde, Gustavo Assunção; e pela coordenadora da Estratégia Saúde da Família (ESF), Karina Pimentel, além de gestores e profissionais da rede da SMS envolvidos no projeto.
Imenso desafio social
“Apresentamos o que vimos e analisamos em ILPIs que abriram suas portas para nós, mostrando a realidade desses locais e o perfil dos residentes, para que possamos propor iniciativas para o Município. Também elaboramos uma carta de recomendações para a melhoria da qualidade de vida dos idosos. No Brasil, ainda há muito preconceito e desinformação sobre os cuidados paliativos, que não são de cura, mas de conforto. As pessoas precisam discutir mais a morte, especialmente nos cursos da área da Saúde, para aprimorar a formação dos profissionais que lidam com os idosos. É um imenso desafio que temos pela frente”, afirmou Marta Rovery.
Nesse contexto, o secretário Alessandro Magalhães destacou que o projeto representa “um desafio fundamental para a Saúde Pública e para toda a sociedade” e ressaltou que as ações terão continuidade com base nos dados levantados. “Vamos apresentar esses resultados ao prefeito Leandro Vilela, que está atento às demandas da cidade, e fortalecer nosso apoio e parceria com as instituições envolvidas. Com essa união de esforços, vamos estruturar processos para aprimorar a atenção prestada aos idosos em Aparecida”, enfatizou.
O superintendente Gustavo Assunção disse que a iniciativa aborda a finitude da vida e a dignidade humana, além de refletir o aumento da longevidade no Brasil e no mundo: “A expectativa de vida já ultrapassa os 76 anos, e a Saúde Pública precisa se preparar para cuidar melhor dessa população. Além de ser mais econômico investir em prevenção do que em cura, o principal é garantir mais conforto aos idosos e às suas famílias”.
A coordenadora Karina Pimentel acrescentou que os dados obtidos pelo projeto são altamente relevantes para a rede de Saúde Pública, pois permitem avaliar o perfil da população idosa e identificar as intervenções necessárias para qualificar a assistência. Segundo ela, “ainda há muito a ser feito e, graças a esse projeto, estamos mais preparados e embasados para desenvolver estratégias e avançar no cuidado de quem envelhece e tem o direito de viver com segurança e dignidade. ”
Envelhecimento da população
Segundo o IBGE, o número de pessoas com 65 anos ou mais no Brasil cresceu 57,4% entre 2010 e 2022, passando de 7,4% para 10,9% da população total. O Ministério da Saúde (MS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) projetam que, até 2030, cerca de 24% da população brasileira terá mais de 60 anos, o que representa aproximadamente 50 milhões de pessoas. Esses dados reforçam, segundo especialistas, a urgência de políticas públicas robustas e humanizadas voltadas à população idosa.