Prefeitura se mobiliza no enfrentamento às drogas

Aparecida de Goiânia, 19 de março de 2014 – O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), sancionou na quarta-feira (18) a Lei n. 3.168, que reconhece como sendo de Utilidade Pública a Associação Lapindando Tesouros. Entidade funciona há 22 anos, no setor Rosa dos Ventos, na recuperação de dependentes químicos. Meta dos fundadores é transformá-la em Casa de Apoio ao Dependente Químico.

A formulação e aprovação da  Lei é resultado da reunião entre o prefeito e os representantes das entidades terapêuticas, realizada em fevereiro deste ano. O projeto da Associação Comunitária Lapindando Tesouros teve início em 1992, quando o Pastor Gildeon Nunes começou a apoiar toxicômanos em praças da cidade. Três anos mais tarde passou a acolher dentro de sua própria casa, gratuitamente, pessoas que necessitavam de apoio espiritual e social para a superação da toxicomania.

Hoje a entidade atende mais de 90 internos e funciona totalmente com ajuda de voluntários e doações, promovendo práticas humanitárias voltadas à assistência social de grupos de dependentes químicos e comunidades carentes, visando a melhora na qualidade de vida, o desenvolvimento e a integração social. Para isso, são ministradas palestras sobre drogas, gravidez precoce e DST, além de cursos profissionalizantes e grupos de apoio à família.

4º Corrida contra o crack – A Prefeitura de Aparecida realiza no próximo domingo (23) às 8h a 4ª edição do projeto “Aparecida Correndo pela Vida Contra o Crack”. A iniciativa faz parte do Plano Municipal de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas. A competição integra o calendário nacional das corridas de rua desde o ano passado e reafirma o compromisso da atual gestão em promover ações de combate às drogas.

A iniciativa reafirma o compromisso da atual administração no combate às drogas. “Queremos conscientizar a população sobre os prejuízos provocados pelo crack e outros entorpecentes. Essa é apenas nossa largada contra as drogas. O esporte está sempre relacionado a coisas boas como regras, disciplina e superação. Quem pratica algum tipo de esporte tem bons exemplos e boas companhias e dificilmente se envolve com drogas que só levam à cadeia ou a morte” – conta Maguito Vilela.

Segundo Júlio Lemos, o organizador do evento, a expectativa é de que mais de 10 mil pessoas participem do evento. “Sabemos que em nossa cidade existem muitos usuários de drogas, principalmente o Crack, a maioria homens com idade entre 19 e 25 anos. Queremos conscientizar a sociedade dos males provocados por esta droga e mostrar que o esporte é um caminho a ser seguido”, finalizou Julio.

A corrida terá início às 8h na Avenida Independência entre o Residencial Village Garavelo e o Setor Central. Haverá diferentes opções de percursos – 5 e 10 quilômetros, caminhada de 5 quilômetros e maratoninha para crianças de 4 a 12 anos. A novidade este ano está por conta da modalidade Infanto-Juvenil e Servidores da Indústria. Toda corrida será filmada por um Drone, veículo aéreo não tripulado.

COMPROMISSO – Todas estas ações estão previstas no Plano Municipal de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas e são resultado da reunião entre o prefeito e os representantes das entidades terapêuticas acontecida no dia 27 de fevereiro deste ano. O encontro aconteceu no Centro de Cultura José Barroso e foi articulada pelo Conselho Municipal Anti Drogas que, na ocasião, fez sua primeira reunião de trabalho com as unidades que tratam dependentes químicos em Aparecida.

Cerca de 15 entidades que trabalham com dependentes químicos e na prevenção das drogas no município compareceram à reunião. “O problema das drogas é de responsabilidade de todos nós, por isso o trabalho feito pelas comunidades é fundamental. A prefeitura sozinha não consegue atender a todos, e toda a ajuda é bem vinda. E aqui queremos ajudá-los a estar dentro das regras de funcionamento, para que possam continuar a fazer o trabalho contra as drogas”, enfatizou o prefeito.

O secretário de Saúde, Paulo Rassi, lembrou que as comunidades precisam se adequar às normas da Vigilância Sanitária e do Ministério da Saúde. “É necessário um trabalho conjunto entre o poder público e as comunidades para que possamos atender melhor nossos pacientes” – lembrou Pastor Joselino Deodoro, representante da comunidade Projeto Minha Oportunidade.