Aparecida de Goiânia, 20 de maio de 2013 – A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) de Aparecida de Goiânia promoveu na última sexta-feira, 17, uma blitz de orientação às pessoas sobre a violência e o abuso sexual contra crianças e adolescentes. A blitz foi realizada na Avenida Independência, no Setor Vilage Garavelo. Pessoas que passavam pelo local a pé, de moto ou de carro, foram paradas por funcionários da Semas que lhes entregavam um folheto contendo orientações sobre como denunciar esse tipo de crime.
A Ação contou com o apoio da Superintendência Municipal de Trânsito (SMTA) e faz parte das atividades em torno do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em todo o Brasil no dia 18 de maio. Nesse dia, em 1973, a menina Araceli, de 8 anos, foi raptada, violentada e assassinada, fato que se tornou conhecido na literatura policial como Caso Araceli e teve grande repercussão no Brasil.
O objetivo da blitz, explicou o Superintendente de Proteção Especial da Semas, Nei Sílvio de Oliveira, foi o de estimular a população a denunciar esse tipo de crime através do Disque Direitos Humanos, conhecido como Disque 100. “Nós distribuímos esse material na blitz a fim de divulgar o número Disque 100 para que as pessoas denunciem e também procurem os Centros de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) e Centros de Referência em Assistência Social (Cras) quando perceberem que alguma coisa esteja acontecendo com crianças e adolescentes próximos”, pontuou.
Nei Silvio explicou ainda que é muito importante a participação da sociedade nessa luta contra a violência, a exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes em Aparecida. Segundo ele, o registro de casos com esse tipo de crime é alarmante no município. De três a quatro casos – registrados pelos três conselhos tutelares do município, pelo Juizado da Infância e da Juventude e pelo Ministério Público – são encaminhados diariamente ao Creas.
“Isso nos preocupa muito porque as pessoas têm dito que aumentaram os casos porque aumentaram as denúncias. As denúncias também aumentaram, mas o número de crianças abusadas tem crescido acentuadamente e isso é muito preocupante para nós. Por isso, a nossa campanha de divulgação do Disque 100 é importante”.
Caso Araceli
Araceli era a segunda filha de Gabriel Crespo e da boliviana radicada no Brasil, Lola Sánchez. Viviam numa casa modesta, na Rua São Paulo, hoje rua Araceli Cabrera Crespo, no bairro de Fátima, na cidade de Serra, vizinha à Vitória, capital do Estado do Espírito Santo. A ausência de Araceli foi notada pelo pai, quando a menina não voltou para casa depois da escola, o Colégio São Pedro, em Vitória, no dia 18 de maio de 1973. Pensando se tratar de um sequestro, distribuiu fotografias da filha aos jornais.
O corpo da menina Araceli foi encontrado seis dias depois nos fundos do Hospital Infantil de Vitória (Hospital Jesus Menino). Havia sido violentada e seu corpo estava dilacerado. Os suspeitos do crime são pessoas ligadas a duas famílias ricas do Espírito Santo. Também foi apontada como suspeita a mãe de Araceli, Lola Sánchez, que teria usado a própria filha como “mula” para entregar drogas a comparsas. Apesar de haverem testemunhas, os acusados nunca foram condenados pelo crime.
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