Aparecida de Goiânia é pioneira no estado de Goiás na implantação do Projeto Conhecendo nossa História: Da África ao Brasil, que tem como objetivo eliminar conceitos equivocados que reforçam a desigualdade no país. O ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana no Brasil em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio é determinado pela Lei 10.639/03.
O projeto, que foi validado pelo prefeito Gustavo Mendanha em maio passado, começou nesta terça-feira, 10, a capacitar multiplicadores, gestores e coordenadores pedagógicos. A capacitação segue até dia 12, das 7h30 às 17 horas, na Faculdade Suldamérica.
Durante o evento, a colaboradora da Fundação Cultural Palmares, Kátia Martins, afirmou que a implantação do projeto é de suma importância para o ensino-aprendizagem nas escolas. “A execução do projeto é exatamente para mudar as questões não estudadas na educação e que irá fomentar a discussão necessária para a comunidade escolar”, disse ela durante a abertura da capacitação.
A especialista em estudos étnicos africanos, Lorena Marques, da Fundação Cultural Palmares, destacou que o projeto visa gerar conhecimento e combater a discriminação racial. “Nossa principal intenção é sensibilizar a comunidade escolar para a importância de trabalhar as culturas africanas e afro-brasileiras em sala de aula e que todos desmistifiquem a temática e participem das ações de combate ao racismo e preconceito”.
Para a professora mediadora Eleny Macedo de Oliveira, o projeto serve também para fortalecer as lutas pela igualdade e para a formação do conhecimento dos alunos da rede municipal de ensino, fazendo com que cresçam com mais consciência e respeito às diferenças. “Esta é uma formação importante para nós professores e gestores. Vejo o projeto com muito avanço para o fortalecimento da conscientização do quanto ainda temos que avançar em questões de igualdade”.
Para o coordenador municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, João Batista, o principal objetivo do projeto é divulgar as informações para que as pessoas conheçam a história de lutas e conquistas do povo negro e afro-brasileiro. “Nosso intuito maior é formar cidadãos que saibam a importância da pluralidade étnico-racial e que sejam capazes de interagir e tenham objetivos comuns que garantam respeito aos direitos legais e valorização da história cultural brasileira e africana”, destacou.
Além da disponibilização de material pedagógico o projeto abre a discussão acerca dos temas da história da África, bem como do legado deste continente na constituição da sociedade brasileira. O projeto prevê ainda trabalhar o conhecimento da história e cultura da África a partir do processo de escravidão, bem como conceitos sócio-político-históricos com temáticas diversas como filosofia, medicina, matemática, dentre outras. Além, claro, da cultura inter-racial formada pela contribuição de inúmeros grupos ditos negros, brancos, mestiços e os índios.
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