Adoção de Crianças e Adolescentes é tema de encontro em Aparecida

Por Elzenúbia Moreira

25 de maio de 2018

Por Elzenúbia Moreira

25 de maio de 2018


Foto: Jhonney Macena

A adoção mudou a vida da Fernanda Folha de Farias, que tinha o desejo antes mesmo de tentar ter um filho biológico. Em 2016, Fernanda engravidou, mas perdeu a filha que nasceu prematura e não resistiu. O ocorrido só fortaleceu o sonho do casal, que está junto há 9 anos.

Fernanda, que mora no Setor Residencial Village Garavelo em Aparecida, iniciou o processo de adoção em junho do ano passado. Em dezembro foi conhecer o José Leandro, de 5 anos, que estava no abrigo Dom Fernando. O menino passou as festas de fim de ano e as férias com o casal, o que possibilitou uma maior aproximação e estreitou o vínculo com toda família.

Em fevereiro, mais uma notícia boa. Fernanda recebeu a guarda provisória de José Leandro. Atualmente, a mãe aguarda a conclusão da destituição da criança para finalizar o processo e registrar o filho. A criança possui deficiência, mas Fernanda garante que essa questão tem sido mudada com o convívio familiar, com amor e com o incentivo de todos, fazendo ele desenvolver cada vez mais.

A história da Fernanda foi contada durante o I Encontro Municipal sobre Adoção de Crianças e Adolescentes, que aconteceu nesta sexta-feira, 25, na Praça CEU das Artes Orlando Alves Carneiro, na Cidade Vera Cruz. O evento é uma iniciativa da Secretaria de Assistência Social (Semas), por meio Superintendência Municipal de Proteção Social Especial, e teve como objetivo celebrar o Dia Nacional de Adoção, promovendo debates e a conscientização sobre o tema.

Durante o encontro, o prefeito Gustavo Mendanha contou a história do seu irmão Reginaldo, o ‘Branco’ como é conhecido. “Conheci ele durante o período que passei pelo Aparecidense. Ele é de Marabá (PA) e veio para Aparecida jogar futebol. Enquanto estava aqui, recebeu a notícia que a mãe adotiva havia falecido no Pará. Ele não sabia o que fazer, foi quando eu pedi permissão ao meu pai para ele ficar em casa por 30 dias, ele ficou 7 anos. Só saiu quando casou”, lembrou o prefeito.

A secretária Assistência Social e primeira-dama, Mayara Mendanha, destacou que o papel do município é acolher, cuidar e garantir as condições necessárias para as crianças e adolescentes serem adotadas. “Queremos orientar as pessoas sobre o processo de adoção, sensibilizar a comunidade e o cidadão sobre esse tema pouco debatido, mas de suma importância”, apontou.

O encontro contou ainda com a presença do vice-prefeito Veter Martins; juíza da Vara da Infância e Juventude Stefane Fiuza; secretários municipais e conselheiros tutelares. Na ocasião, o defensor público do Estado de Goiás e especialista em Direito da Criança e do Adolescente, Tiago Gregório,  ministrou uma palestra sobre o assunto e esclareceu dúvidas sobre o processo de adoção.

Elita, mãe de três irmãos

Elita Paula também teve sua história transformada após iniciar o processo de adoção. No início, ela queria um recém nascido de até 1 ano de idade, mas mudou o perfil ao longo do processo e acabou adotando três irmãos: o João Mateus, de 16 anos, Kauan Lúcio, de 14 anos, e o Pedro Henrique, de 12 anos.

Os meninos estavam no Abrigo Dom Fernando, onde Elita e o esposo começaram a aproximação. Durante quatro meses, os irmãos passavam o dia na casa dela e retornavam para abrigo, mas quando o período de férias chegou, eles foram e estão lá até hoje. Isso aconteceu há quatro anos.

Elita alerta que algumas pessoas erram ao se apegar à história e não às crianças. “O importante não é focar na origem delas, se são fruto de traição ou de um estupro, por exemplo, mas na criança porque a história dela é você que vai construir após a adoção. Um nova história juntos, as crianças e a família adotiva”, ressaltou.

A secretária de Assistência Social, Mayara Mendanha, se emocionou com a história da Elita e falou sobre o preconceito que as pessoas têm em relação a adoção tardia. “É muito triste uma criança ter que sofrer duas dores, a da rejeição da família e a dor de chegar numa certa idade e não ser adotado. Por isso, nós devemos unir forças para amenizar essa situação”, finalizou.

Navegue entre as notícias


Navegue entre as notícias


Leia mais

notícias


Rua Gervásio Pinheiro, APM Residencial Solar Central Park

CEP: 74.968-500

Telefone: (62) 3545-5800 / (62) 3545-5801

Horário de Funcionamento: 08h as 11h30 - 13h as 17h30

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação
Diretoria deTecnologia da Informação (DTI)