Caminhada comemora Dia Municipal dos Povos e Comunidade de Matriz Africana em Aparecida de Goiânia

Com intuito dar visibilidade e combater a intolerância religiosa, foi realizada neste domingo (19), com apoio da Prefeitura, a Procissão dos Pretos Velhos de Aparecida de Goiânia. Segundo o coordenador de Igualdade Racial do Município, João Batista, o movimento também contou com participação de evangélicos e católicos.

O coordenador afirmou que a procissão contou com cerca de 1.500 pessoas de 37 terreiros do município. “Atualmente cerca de 10 mil moradores do município seguem as religiões de matriz africana. E o decreto 6040 de 2007, reconheceu formalmente, pela primeira vez na história do País, a existência formal de todas as chamadas populações tradicionais do Brasil”, destacou o coordenador.

João relatou ainda que a Coordenação de Igualdade Racial que a Lei foi criada com justamente para dar apoio a todas as religiões, especialmente as de Matrizes Africana, que são as mais vulneráveis e suscetíveis ao preconceito. “Além disso, a Lei Municipal 3.182 de 2014 instituiu o Dia Municipal dos Povos e Comunidade de Matriz Africana em Aparecida de Goiânia. Essa Lei veio para fortalecer as religiões afro que engloba, inclusive, ciganos que são evangélicos”, esclareceu.

O coordenador de Igualdade Racial relembra que religiões como Umbanda, Candomblé e Omolokô ajudaram a construir a história de Aparecida de Goiânia. “Essa procissão tem objetivo de combater a intolerância religiosa, mas acima de tudo, resgatar essa cultura que faz parte da história do nosso município e respeito a esses povos. É uma cultura milenar”, declarou.

Jardel Oliveira, da Ordem Iniciática do Planalto Central, declarou que o movimento festejou a fé e religião em nome dos bondosos Pretos Velhos, mas representando a bondade, a caridade o respeito, união e a igualdade entre todas as religiões. “É o início dessa caminhada espiritual, fazendo disso uma única fé, Deus é único e buscando nisso a união de todos os povos”, disse.