Aparecida de Goiânia, 09 de março de 2015 – Cerca de 80 pessoas participaram na tarde desta segunda-feira (09) do Abraço pela Paz que aconteceu no Centro de Artes e Esportes Unificado (Ceu das Artes) do setor Vera Cruz II. O evento encerra as comemorações da Semana da Mulher no município de Aparecida de Goiânia. A ação foi uma iniciativa da Superintendência Municipal da Mulher e das secretarias de Cultura, Esportes e de Assistência Social, em conjunto com o Rotary Club de Aparecida e a Associação dos Moradores do setor Vera Cruz.
“Estamos finalizando a Semana da Mulher e este abraço vem celebrar a paz que tanto precisamos. A mulher muitas vezes sofre violência apenas pelo fato de ser mulher. Todas temos o dever de fortalecer as redes de proteção e de nos conscientizarmos de nossos direitos. A cada minuto uma mulher é agredida em nosso país. Devido à violência doméstica, muitas vezes estamos mais seguras na rua do que dentro de nossa própria casa” – conta a superintendente municipal da Mulher, Adriana Silveira.
Para ela, a Lei Maria da Penha tem ajudado muito, encorajando as mulheres a vencer o obstáculo na procura pelas autoridades mas ainda possui algumas brechas e precisa ser modernizada. “Vários dos autuados pagam as multas e voltam a repetir as agressões” – conta. Em seu discurso, a superintendente agradeceu à presidenta Dilma Rousseff pela sanção da Lei do Feminicídio que aconteceu no mesmo horário do evento de Aparecida.
Segundo a vereadora Cybelle Tristão, a participação das mulheres na política ainda é muito tímida. “Na última eleição municipal tivemos apenas uma vereadora depois de 28 anos, sendo que metade da população de Aparecida de Goiânia é formada por mulheres. Devemos permanentemente promover este debate. Será que isto é culpa das mulheres, que ainda não confiam umas nas outras? Será que a mentalidade da mulher ainda é machista?” – indagou a vereadora durante seu discurso.
A vereadora conta que a luta pelos das mulheres na sociedade passa basicamente por três eixos: a proteção contra a violência, maior participação na política e nos altos cargos de comando das empresas e a equidade de salários. Ao final dos discursos os artistas do grupo Corrente Forte cantaram um RAP em homenagem à garota Pollyana Fernandes da Silva, de 19 anos, morta em janeiro deste ano de forma brutal.
Lei do Feminicídio
O Projeto de Lei 8.305/14 – que foi aprovado na última terça-feira (3) pela Câmara dos Deputados e sancionado na tarde desta segunda-feira (09) pela presidenta Dilma Rousseff – classifica como crime hediondo o feminicídio. Para isto, modifica o Código Penal e inclui o crime entre os tipos de homicídio qualificado. Segundo o texto, haverá aumento da pena em um terço caso o assassinato aconteça durante a gestação ou nos três meses posteriores ao parto e também se a vítima for adolescente menor de 14 anos, pessoa acima de 60 anos ou com deficiência. Se o crime for cometido na presença de descendente ou ascendente da vítima a pena também será agravada.
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