Monitoramento com oxímetros ajuda a reduzir casos graves de COVID-19 em Aparecida de Goiânia

Por Polliana Martins

29 de janeiro de 2021

Por Polliana Martins

29 de janeiro de 2021


Foto: Enio Medeiros

A estratégia tem recomendação científica internacional e foi adotada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia desde julho do ano passado como parte do amplo monitoramento dos infectados

Na última terça-feira, 26, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nova diretriz clínica para o tratamento da covid-19. Dentre outras recomendações, a instituição aconselha o uso do oxímetro de pulso – sob orientação médica – para a medição dos níveis de oxigênio dos pacientes que estão em casa. A iniciativa já foi usada pela SMS em mais de 320 pacientes domiciliares em Aparecida de Goiânia e apresentou resultados positivos para deter o agravamento da doença.

A recomendação foi destacada pela porta-voz da OMS, a médica Margaret Harris, em uma entrevista concedida nesta semana na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra (Suíça). Na ocasião, ela também indicou às equipes médicas que coloquem os pacientes hospitalizados de bruços, posição que “melhora o fluxo de oxigênio”, afirmou. Conhecida no meio hospitalar como “posição pronada”, essa possibilidade também já tem sido usada em Aparecida no Hospital Municipal (HMAP) e em outras unidades de saúde para tratar pacientes com coronavírus sempre que necessário.

Oxímetros: reforço para o monitoramento

O prefeito Gustavo Mendanha destaca a compra dos oxímetros como uma das ações tomadas no ano passado para contenção e atendimento dos pacientes com covid-19 em Aparecida. “Esses equipamentos portáteis são um dos pontos fortes do amplo monitoramento desenvolvido em Aparecida. A SMS adquiriu 600 deles em 2020 e passou a emprestá-los, sob indicação médica, para os pacientes idosos e/ou com comorbidades, como diabetes e hipertensão, os levarem para casa e devolverem depois quando estiverem curados”, expõe o prefeito Gustavo Mendanha.

O secretário de Saúde Alessandro Magalhães explica que os equipamentos podem reduzir internações em UTI’s e salvar vidas: “Eles medem a oxigenação sanguínea pela ponta dos dedos e podem indicar se há comprometimento pulmonar. A equipe de telemedicina liga para essas pessoas para saber como está a saturação, o nível de oxigênio no sangue. Verificando os sintomas, caso esse índice caia para abaixo de 95%, o paciente pode ser orientado a procurar uma unidade de urgência”.

De acordo com a SMS, todos os 600 oxímetros já foram usados na assistência a pacientes em unidades de saúde e para empréstimos de monitoramento. Atualmente, 24 aparelhos estão em uso domiciliar, e, quando a equipe médica confirma a cura do paciente, o aparelho é devolvido para a secretaria, higienizado e colocado à disposição para novos acompanhamentos.

Menos intubações

O superintendente de Avaliação e Controle da SMS, Luciano de Moura Carvalho, ainda acrescenta que o uso dos oxímetros, além de ser “extremamente eficaz para proteger a vida das pessoas, também ajuda na indicação de internações precoces, e, assim, contribuiu para evitar procedimentos hospitalares invasivos e mais arriscados, como as intubações”.

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