A doença é curável em praticamente 100% dos casos desde que seja adequadamente tratada. Para tanto, a rede municipal distribui os medicamentos e acompanha gratuitamente todo o tratamento
No mês do Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24 de março), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia promove atividades com o lema “Juntos pelo fim da Tuberculose” para destacar a importância do combate à doença, considerada um problema de Saúde Pública em todo o mundo. A mobilização tem o objetivo de alertar os profissionais da área e a população sobre os sintomas da doença bem como sobre a diferenciação desta com a Covid-19.
O secretário de Saúde Alessandro Magalhães ressalta que o combate à tuberculose deve ser mantido e aprimorado o ano inteiro e esclarece que “as unidades de Saúde de Aparecida trabalham também, neste momento, para aumentar o rastreio dos pacientes com sintomas e que porventura estejam receosos de buscar atendimento devido à pandemia da Covid-19″.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Naianny Fogaça, explica que as atividades visam “informar a população que a tuberculose tem cura se feito o tratamento correto e sem interrupções, além de incentivar os profissionais de saúde a aumentarem a vigilância dos sintomáticos respiratórios, em especial neste momento de pandemia da Covid-19. As atividades também buscam alertar a comunidade para a prevenção e o tratamento da doença.”
Mobilização abrangente
Nesse sentido, o Programa de Tuberculose e Hanseníase da SMS, desde o início deste mês de março, tem disponibilizado, para todas as unidades da rede, kits educativos com banner e folders, links de debates virtuais sobre tuberculose com especialistas, além de intensificar as avaliações dos sintomáticos respiratórios, principalmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), de acordo com as possibilidades de cada uma.
Sintomas de alerta
Por sua vez, cada unidade tem promovido ações para conscientizar a população da importância do auto avalição quanto aos sintomas de alerta: tosse, febre baixa (geralmente à tarde), falta de ar, perda de peso, cansaço excessivo, prostração, suor noturno, falta de apetite e rouquidão.
Doença contagiosa
De acordo com o chefe do Programa de Tuberculose e Hanseníase da SMS, Flávio Toledo de Almeida, apesar de estar fortemente associada à pobreza e às desigualdades sociais, a tuberculose tem acometido os mais diferentes grupos populacionais. “É uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis), transmitida de um doente com tuberculose pulmonar, por exalação de aerossóis oriundos da tosse, fala ou espirro, com maior risco de propagação em ambientes fechados, escuros e pouco ventilados.”
Incidência em Aparecida
Ainda de acordo com Flávio Toledo de Almeida, de 2015 a 2020 Aparecida de Goiânia notificou 1.236 casos novos de tuberculose. “Aqui a doença atinge com predominância a população de 20 a 49 anos de idade, correspondendo a 70% de todos os casos notificados. Observamos também que indivíduos do sexo masculino têm a maior taxa de infecção com 82 % dos casos notificados. Já em 2019 o município notificou 241 casos novos da doença, o que corresponde a uma incidência de aproximadamente 41 doentes a cada 100.000 habitantes”, aponta o gestor.
Estratégias e meta global
O chefe do Programa de Tuberculose e Hanseníase da SMS lembra ainda que avanços obtidos no Brasil no combate à tuberculose se devem às estratégias da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS) baseadas em “prevenção, assistência integrada e centrada no paciente; sistemas de apoio e políticas arrojadas, além do fortalecimento da pesquisa e inovação no controle da doença. A meta global da OMS é reduzir em 95% o número de mortes por tuberculose B e 90% na redução da incidência até 2035.”
Números em Goiás
Levantamentos da SES atualizados em 2021 demonstram que apenas em 2019 Goiás notificou 1.004 casos novos de tuberculose de todas as formas (Pulmonar e Extrapulmonar), correspondendo a uma incidência de 14,3 por 100.000 habitantes. Destes casos, 703 são da forma pulmonar (transmissível) com confirmação laboratorial correspondendo a uma incidência de 10 por 100.000 habitantes.
Brasil: na mira do combate
Segundo o MS, o Brasil registrou, no ano passado, 66.819 casos novos de tuberculose, o que representa um coeficiente de incidência de 31,6 casos por 100 mil habitantes. Este montante representa uma queda em relação a 2019, quando a incidência atingiu 37,4 casos por 100 mil habitantes. O Ministério aponta que a queda foi causada pela pandemia do novo Coronavírus, que causou o abandono de muitos tratamentos porque as pessoas buscaram menos esse tipo de atendimento. Com o resultado, o Brasil continua entre os 30 países com alta carga para a tuberculose, sendo considerado pela OMS como prioritário para o controle da doença no mundo.
Prevenção para todos
Ainda de acordo com o MS, a tuberculose pode ser prevenida em crianças com a vacina BCG ofertada gratuitamente pelo SUS e que deve ser aplicada ao nascer, ou, no máximo, até os 4 anos de idade. O imunizante protege os pequeninos contra as formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea.
A pasta reforça que, para todas as idades, a prevenção consiste em evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, não utilizar objetos de pessoas contaminadas e manter as janelas e portas abertas para a circulação de ar.
Rua Gervásio Pinheiro, APM Residencial Solar Central Park
CEP: 74.968-500
Telefone: (62) 3545-5800 / (62) 3545-5801
Horário de Funcionamento: 08h as 11h30 - 13h as 17h30
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação
Diretoria deTecnologia da Informação (DTI)