Equipes de fiscalização percorrem diariamente as macrozonas para garantir cumprimento de portaria

Objetivo é reduzir o trânsito de pessoas nas ruas e a transmissão da covid-19

Aparecida de Goiânia continua com Matriz de Risco no cenário laranja. Neste cenário a cidade segue o Isolamento Social Intermitente por Escalonamento Regional, com a cidade dividida em 10 macrozonas, fechando quatro delas por dia e todas aos sábados e domingos. E para garantir o cumprimento das regras sanitárias destacadas pela Portaria 022/2021, as equipes de fiscalização da Prefeitura atuam diariamente percorrendo as macrozonas fechadas e abertas.

Somente neste fim de semana a fiscalização do Grupo Operacional de Enfrentamento a Covid-19 flagrou a realização de festas irregulares, aglomerações, pessoas sem máscaras, poluição sonora causada por veículos com som automotivo e outras irregularidades que constam na portaria. A operação é uma ação conjunta de fiscais das secretarias da Fazenda, Meio Ambiente (Semma), Planejamento e Regulação Urbana, agentes de Vigilância Sanitária e da Guarda Civil Municipal (GCM).

De sexta-feira a domingo, 2 a 4 de abril, por exemplo, dois bares foram interditados e multados por promoverem festa – com superlotação de pessoas – e dois veículos com som automotivo foram apreendidos por conta de poluição sonora. As equipes flagraram cerca de 100 pessoas sem máscara e cada uma foi multada em R$ 111. Outros cinco estabelecimentos de bebidas foram fechados por funcionar fora do horário permitido.

“A maioria dos comércios estão cumprindo à portaria 022/2021 e seguindo os protocolos de segurança e regramento do isolamento social intermitente por escalonamento regional. Mas estamos nas ruas para fazer cumprir a portaria e orientar aqueles que não cumprem, que também precisam estar dentro das regras. No caso das distribuidoras de bebidas, por exemplo, pela portaria elas só podem funcionar até 22h”, comunicou o coordenador do Grupo de Operações, Davi Lorero.

O secretário de Planejamento e Regulação Urbana, Veter Martins, ressalta também que o objetivo maior é evitar a transmissão da Covid-19 na cidade. “O que buscamos com todas as ações de fiscalização é reduzir o contato entre as pessoas e assim a transmissão do vírus. Assim teremos menos casos e menos pessoas precisando de tratamento e internação. Hoje vemos que os empresários e comerciantes têm atendido ao chamado do executivo e cumprido as regras, mas sempre há aqueles que descumprem e por isso estamos ativos nas ruas”.

A fiscalização diária continuará em todas as regiões do município. Para denúncias os moradores podem entrar em contato pelo WhatsApp 3545 5992 ou pelo 153 da Guarda Civil. “É importante destacar que a fiscalização está sendo rígida, continua e diária, em todas as regiões de Aparecida. Isso serve de alerta para que todos mantenham o cumprimento das regras estabelecidas e evitem multas e interdições de seus estabelecimentos”, completou Davi Lorero.

Durante a semana são cerca de 30 equipes de segurança e fiscalização da Prefeitura de Aparecida monitorando as ruas e avenidas comerciais das macrozonas. Os estabelecimentos que abrirem fora dos dias autorizados para sua região estão sujeitos a multa, que varia de R$ 600 a R$ 1.200. Se insistir em descumprir o escalonamento, a empresa poderá ser interditada e até perder as licenças de funcionamento.

Cenário atual

O isolamento social em Aparecida é ditado por uma Matriz de Risco, que tem quatro cenários representados por cores: estável (verde), moderado (amarelo), alto (laranja) e altíssimo (vermelho). Atualmente, Aparecida encontra-se no Cenário Laranja. O isolamento social intermitente em Aparecida fecha quatro macrozonas por dia da semana entre segunda e sexta-feira e a cidade inteira, sábado e domingo o dia todo.

O Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 de Aparecida tem na composição, desde março de 2020, representantes da Prefeitura, Câmara, Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aciag, Fieg, Fecomércio, hospitais privados da cidade, Conselho das Associações de Moradores e o segmento religioso.

“O enfrentamento à Covid-19 em Aparecida é a união da estratégia de testagem em massa, monitoramento dos casos ativos, ampliação de leitos e medidas restritivas como o isolamento social intermitente por escalonamento regional. Estamos ampliando de três dias e meio para quatro dias completos de fechamento das macrozonas. Objetivo é reduzir a circulação de pessoas nas ruas e reduzir o índice de contaminação”, afirmou o secretário de Saúde do município, Alessandro Magalhães.

O secretário complementa: “O isolamento social intermitente está contribuindo para reduzir o índice de contaminação em nossa cidade. Contudo, é preciso redobrar os cuidados e cumprir as medidas sanitárias. Não é momento de realizar festas e eventos, aglomerar em casa, e viver como se não tivesse acontecendo nada. A pandemia não acabou e por isso todos tem que ter bom senso”, enfatiza Alessandro Magalhães.

Na última semana, por exemplo, Aparecida teve redução na taxa de transmissão da Covid-19. Chamada de taxa “R” é um dos oito indicadores que subsidiam a matriz de risco para monitorar e avaliar a evolução da pandemia no município. É baseado em estudos internacionais e considera oito indicadores locais, como informa o secretário de Saúde Alessandro Magalhães.

No dia 02 de abril, em Aparecida de Goiânia, a taxa de transmissão da Covid-19, estava em 0,94. Isso significa que cada 100 pessoas com a doença podem contaminar outras 94, o que indica uma tendência de desaceleração da doença no município conforme parâmetros do Imperial College de Londres. O índice é inferior ao de Goiás (1,1) e do País (1,12) de acordo com a plataforma científica Loft.

“Sempre com respaldo científico, observamos o número de casos ativos; o número de novos casos ativos por dia; o percentual de resultados positivos entre os exames do tipo RT-PCR realizados; a taxa de propagação do vírus; o tempo médio para obtenção dos resultados dos testes; a taxa de letalidade; a taxa de ocupação de Leitos de UTI Covid-19; e o percentual de profissionais de saúde afastados”, pontua Alessandro.