O Programa de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde da Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) realizou, na tarde desta quinta-feira, 19 de maio, no auditório do AparecidaPrev, no Setor Célia Maria, uma roda de conversa sobre o “Maio Laranja”, campanha marcada pelo Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio.
O evento foi uma parceria entre a Superintendência de Vigilância em Saúde, o Ministério Público e a Defensoria Pública e foi destinado aos conselheiros tutelares de Aparecida com o objetivo de reforçar as ações de combate e conscientização sobre o tema, como explicou a superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Daniela Fabiana Ribeiro: “Hoje enfatizamos para os conselheiros tutelares a imensa importância do acompanhamento de crianças e adolescentes vítimas de abusos e de violência sexual, divulgamos informações essenciais e demos mais um passo nessa luta permanente em prol da rede de apoio do município para esses menores”.
32 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente
A chefe do Programa de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde, Dayanne Caparroz, lembrou que o Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca), que completa neste ano 32 anos de sua criação, contribuiu muito para proteger essa parcela da população: “Temos muito a comemorar, apesar dos desafios e entraves. A política de prevenção ao abuso sexual vem sendo melhorada a cada ano e temos o fortalecimento da rede de atenção às vítimas de violência com ênfase na criança e no adolescente com mais estrutura, profissionais capacitados e as medidas protetivas para esse público vulnerável”.
Nesse sentido, ela destacou que “essa roda de conversa tem o objetivo de contribuir para o fortalecimento da rede, do sentimento de pertencimento dos profissionais de Saúde, Assistência Social, da Justiça e os Conselheiros Tutelares. Precisamos trabalhar cada vez mais integrados. Nós, da Saúde, sabemos e reforçamos que é importante denunciar e notificar os casos para romper com a cadeia de sofrimento dos menores. Quanto mais precoce forem as intervenções, menos sequelas e impactos negativos serão sofridos pelas vítimas”.
Como denunciar
Dayanne orientou que quem suspeitar ou souber de algum caso de violência e exploração sexual de crianças e adolescentes deve denunciar o quanto antes na Delegacia da Criança e do Adolescente ou na Delegacia da Mulher ou mesmo através do Disque 100, “que é um meio de denúncia anônima que pode ser feita por qualquer pessoa. Os profissionais de saúde, quando identificam uma vítima de violência, notificam e trazem para nós essas notificações de modo que possa ser acionada toda a rede de proteção para a vítima”.
A Rede de Atenção às Vítimas de Violência conta com diversas frentes, dentre elas, os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), os Conselhos Tutelares (CT), os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e o Núcleo de Saúde Mental do município, além do Serviço de Atendimento às Vítimas de Violências (SAVV).
O evento reuniu mais de 25 pessoas, dentre conselheiros tutelares e profissionais das áreas envolvidas, como Márcio do Nascimento, do Ministério Público (MP), e João Pedro Carvalho Garcia da Defensoria Pública.
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