Saúde de Aparecida realiza testagens e inquérito sobre a malária

Por Polliana Martins

30 de maio de 2023

Por Polliana Martins

30 de maio de 2023


Foto: Jhonney Macena

Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promove, há uma semana, testagens e levantamentos para deter o contágio da doença com o apoio da Prefeitura, do Estado e do Governo Federal

Desde o último dia 23, profissionais da SMS fazem um inquérito sobre a malária na região do Bairro Independência, que teve, neste ano, oito casos confirmados da doença infecciosa. As atividades de campo, que incluem testagem da população, foram intensificadas no último fim-de-semana, quando mais de 300 moradores foram testados. A partir de hoje, 30 de maio, os trabalhos continuam com foco nas orientações à comunidade.

O objetivo da iniciativa é monitorar a situação e prevenir novos casos de malária, que é transmitida por meio da picada de fêmeas do Anopheles, o “mosquito-prego”, infectadas pelo protozoário Plasmodium. As atividades são coordenadas pela superintendência de Vigilância em Saúde da SMS e já mobilizaram dezenas de profissionais em reuniões técnicas e trabalhos de campo com ações educativas, busca ativa nas residências, mapeamento por drones, testagem e levantamentos epidemiológicos. Os exames feitos na população local foram dos tipos “gota-espessa” e também teste rápido para diagnóstico da malária.

Profissional no trabalho de campo no Bairro Independência: Força-tarefa para deter o contágio

A superintendente de Vigilância em Saúde, Daniela Fabiana, contou que os testes rápidos têm resultado em 15 minutos e os de gota espessa (Considerados padrão ouro para diagnóstico de malária) são enviados para o Lacen, que entrega os resultados em cerca de 20 dias. “Testamos nesse fim-de-semana mais de 300 pessoas e os resultados deram negativo, o que é ótimo. Porém, continuaremos fazendo visitas nas residências para conscientizar as pessoas sobre os riscos e como se proteger. Estamos em alerta”, frisou ela.

Já a diretora de Vigilância Ambiental e Epidemiológica, Fabíola Luz, lembrou que as pessoas devem se proteger contra a malária evitando locais muito infestados pelos mosquitos, usando repelente e roupas que cubram braços e pernas, bem como usando telas nas janelas e mosquiteiros nas camas e berços, dentre outras medidas. A coordenadora de Vigilância Ambiental, Deizy Clébia, reforçou a importância da prevenção, não apenas individual, mas também coletiva: “É essencial que as pessoas façam a drenagem, o saneamento e o aterro de locais com água que servem de criadouros do mosquito, controlem a vegetação aquática e possam ter melhores condições de trabalho e moradia”.

No apoio à superintendência de Vigilância em Saúde, Débora Franco destacou que quem tiver alguma suspeita de que pode estar com malária, sobretudo se tiver viajado para a Região Norte do País ou ter tido contato com alguém infectado, deve procurar o quanto antes uma unidade de saúde para avaliação médica, e, se necessário, receber o tratamento adequado. “Se houver sintomas como febre alta, sudorese, calafrios, dor de cabeça e tremores, o alerta deve ser redobrado”, avisou ela.

Informação e apoio fundamentais

Deusa Barbosa da Silva mora numa chácara no Bairro Independência e recebeu algumas vezes a visita do pessoal da Vigilância. Na tarde desta terça-feira, 29, ela foi testada juntamente com os bisnetos, Noah e Sofi. Eles não tinham sintomas, mas moram num lugar com muita água e matas. Aliviada com os resultados negativos para malária, ela afirmou que “achei bom ser testada, e mesmo sem sintoma nenhum fiquei com medo da doença. Agora estou mais tranquila e ciente dos riscos. Os profissionais também me deram dicas de proteção e sei que é uma doença muito perigosa”.  

Teste rápido para a malária: resultado em 15 minutos

Valdeir de Oliveira mora há quatro anos numa chácara vizinha à de Deusa e também foi testado e comemorou o resultado negativo. “Fiquei feliz depois de fazer o teste e aprendi mais coisas sobre a doença, é bom estar informado. Eu me preocupo com a malária, morei no Pará e lá tinha demais, eu nunca peguei mas sei que essa doença não é fácil. Quem mora em chácara fica acostumado com mosquitos e não se preocupa, mas tem uns que são muito perigosos. Eu vou me proteger mais a partir de agora ”, garantiu.     

Estão envolvidos na mobilização representantes das Vigilâncias em Saúde de Aparecida e Estadual (Suvisa); Das secretarias de Desenvolvimento Urbano (SDU) e de Meio Ambiente e Sustentabilidade de (Semma) de Aparecida; Da equipe técnica da coordenação de Eliminação da Malária do Ministério da Saúde (MS); Do Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen); Do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (IPTS) e do 7º Batalhão de Bombeiro Militar de Aparecida (7º BBM).

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