Aparecida de Goiânia, 06 de fevereiro de 2016 – O coordenador da Rede Ambulatorial da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Carlos Magno Neves, participou, na última sexta-feira (05), do encontro com o Dr. Eamonn O’Moore, que é liderança nacional em saúde prisional na Inglaterra. Carlos Magno, que está representando a secretária de Saúde de Aparecida, Vânia Cristina Rodrigues, foi conhecer de perto o funcionamento do sistema de saúde britânico, o National Health System (NHS).
O encontro foi realizado no Skipton House, no centro de Londres, onde funciona o departamento de saúde inglês. O coordenador da Rede Ambulatorial, que também é responsável pela saúde pública da população carcerária no município, foi acompanhado por alunos da Universidade Federal de Goiás (UFG), instituição parceira da SMS. A visita na capital inglesa começou no dia 29 de janeiro e se estenderá até 8 de fevereiro.
Com uma população de aproximadamente 5.300 presos, entre condenados, semiabertos e os que aguardam julgamento, Aparecida precisa mesmo discutir políticas de saúde aplicáveis à realidade da sua população. “Todas as consultas, exames, cirurgias dos presos é uma responsabilidade da Secretaria de Saúde. Por isso esse encontro é de extrema importância, porque vai beneficiar diretamente também todas as pessoas que dependem da saúde pública do município”, destacou Carlos Magno Neves, que também é professor da UFG.
Ainda de acordo com o professor universitário, os ingleses estão muito a frente dos brasileiros, porque começaram a realizar um trabalho específico com a população carcerária há dez anos. “Eles possuem ferramentas de avaliação de serviços, prontuários online e um quadro de pessoas treinadas em programas direcionados aos presos. Conseguiram envolver a sociedade, os órgãos competentes e os presos em um modelo que busca identificar, resolver e prevenir demandas de saúde”, avalia Carlos.
Para ele, o modelo inglês é totalmente aplicável no município. “Os britânicos começaram do zero, e possuem um sistema universal de saúde parecido com o nosso. Estamos dando um passo de cada vez, já avançamos muito nos últimos dois anos e é em busca de melhorias que articulamos esse intercâmbio de gestão”, acrescentou o coordenador.
Durante a visita, foi acertado um segundo encontro, que será por videoconferência, e será agendada para os próximos dias. A videoconferência será realizada na UFG. O objetivo é reunir uma equipe maior de saúde de Aparecida e da universidade para conhecer as experiências dos ingleses e adaptar à realidade da cidade, buscando reduzir custos e melhorar o atendimento na saúde pública.
Na próxima quarta-feira (10), Carlos Magno retorna à Aparecida e vai elaborar um relatório completo sobre sua experiência em território britânico. O documento será utilizado pela Secretaria Municipal de Saúde na elaboração de políticas públicas semelhantes às desenvolvidas pelo governo inglês.
Pioneirismo
Aparecida é a primeira cidade de Goiás a usar o sistema de saúde inglês como modelo. A iniciativa da atual gestão também servirá de referência para o governo estadual. “A penitenciária Odenir Guimarães é o maior presídio do estado e acolhe detentos de todos os municípios. Por isso essa ação afeta não apenas a nossa realidade, mas a de todo o estado de Goiás”, completou o coordenador.
O National Health System inspirou a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), modelo brasileiro. Ambos são gratuitos e visam o atendimento universal da população. Na Inglaterra, o NHS é referência mundial pela excelência dos serviços prestados. Assim como o sistema inglês, a Secretaria de Saúde busca desenvolver ações para planejar e melhorar as políticas públicas de saúde, de acordo com as demandas do município e as mudanças que ocorrem com a população.
A comitiva foi recebida pelo Dr. Eamonn O’Moore e sua equipe. Eamonn O’Moore é graduado em medicina pela Universidade de Dublin. Além disso, é liderança nacional de Saúde Pública e Justiça da Inglaterra e coordena o programa de saúde pública prisional.
Ao longo de sua carreira, Eamonn O’Moore trabalhou para atender as necessidades de saúde e assistência social de pessoas e comunidades vulneráveis, marginalizados ou excluídos. Seus estudos e pesquisas incluem saúde prisional, de migrantes, saúde sexual, HIV e as desigualdades na saúde.
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