Prefeitura e UFG debatem parceria para conter erosões em Aparecida

9 de maio de 2017

9 de maio de 2017


Foto: Valdir Antunes

Aparecida de Goiânia, 02 de fevereiro de 2017 –  A Prefeitura de Aparecida de Goiânia por meio da Superintendência da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), realizou na manhã desta quinta-feira, 02, a primeira reunião com a equipe de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Goiás (UFG), para debaterem uma possível parceria afim de solucionar problemas relacionados às erosões espalhadas pelo município. 

Pensando em sanar esses problemas com qualidade e com poucos gastos, a Diretoria de Obras da Seinfra idealizou um convênio com a UFG em que a Universidade disponibiliza um corpo técnico para trazer essas soluções. “A gente tem uma equipe boa e qualificada que foi mantida, porém, não temos mecanismos eficientes. Já a Universidade Federal tem mais profissionais, também capacitados, e laboratórios que podem auxiliar melhor neste diagnóstico”, informou o Superintendente da Seinfra, Roberto Lemes de Freitas Oliveira.

O intuito é oferecer a oportunidade aos alunos de fazerem estudos e experimentos, mas também é de sanar os problemas dos moradores de Aparecida. “Como a prefeitura tem realizado a pavimentação nas ruas dos bairros, toda chuva têm escorrido para riachos, bueiros e pontes, isso tem gerado volume excedente de água nos córregos, ocasionando muitas erosões”, explicou Roberto. 

De acordo com o professor da Faculdade de Engenharia Civil e Ambiental da UFG, Maurício Martines Sales, a universidade já têm experiências neste tipo de parceria, pois já fez convênios com outros municípios. “A universidade vem estudando problemas assimilares há mais de três décadas, então já temos experiência com os solos tropicais aqui da Região Centro-Oeste. Existem algumas facetas particulares com as erosões dessa região. Então, essa experiência local, a UFG coloca à disposição de Aparecida de Goiânia”, contou o professor.

Durante a reunião os engenheiros discutiram sobre algumas novas tecnologias de contenção de erosão que serão possíveis aplicar no município. “O Brasil teve uma experiência desastrosa com a erosão na década de 70 tentando construir grandes barramentos de concreto, e nós percebemos que isso não é a solução. A gente tem que procurar soluções mais flexíveis, e mais baratas com técnicas modernas. A ação de melhorar o solo antes de pavimentar o asfalto em vez de realizar ações paliativas em seqüência; além da utilização de produtos sintéticos e de baixo custo disponíveis que não existia naquele tempo como pneus, bambu e outros,” detalhou o professor e engenheiro Maurício Sales.

O Professor explicou que no primeiro momento será feito um levantamento e um diagnóstico em todos as áreas da cidade, para avaliação de pontos mais críticos, dos tipos de erosões e o que deverá ser feito para resolver cada problema. Por causa da grande extensão de Aparecida o trabalho será dividido em equipes que atuarão em cada região. O prazo pedido pela universidade para conclusão desse diagnóstico é de um ano.

Antes de finalizar o convênio, a UFG vai elaborar uma proposta para apresentar ao prefeito Gustavo Mendanha e ao Secretário de Infraestrutura, Mário Vilela. Serão orçados os investimentos com a mão-de-obra, bolsas para os estagiários e professores que darão auxílio. Além de custeios com combustível e equipamentos. 

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